• SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Terça, 23 Abril 2024    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Sex.
 19° / 11°
Céu nublado com chuva fraca
Qui.
 20° / 11°
Céu nublado
Qua.
 24° / 10°
Períodos nublados
Torres Novas
Hoje  24° / 10°
Céu limpo
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Fabrióleo: IAPMEI propõe encerramento, empresa vai contestar

Sociedade  »  2018-02-15 

Vistorias do passado mês de Janeiro foram conclusivas:

A edição on-line do semanário Expresso, de 30 de Janeiro, lançou a confusão generalizada ao dar como certa a ordem de encerramento da Fabrióleo por parte
do Governo. Na sua edição de papel, alguns dias depois, o semanário de Balsemão não escreveu uma única linha sobre tão badalada “notícia”, focando-se apenas no
“caso Celtejo”. Mas o relatório do IAPMEI propõe mesmo o encerramento da empresa, que nos últimos dias distribuíu milhares de cartas pelo concelho a querer demonstrar as suas razões.

O Expresso, jornal de Lisboa, citava fontes do governo e da APA, Agência Portuguesa do Ambiente, e adiantava que a ordem de encerramento se devia a falta de licença de laboração por parte da empresa sediada em Carreiro da Areia, Torres Novas. O Expresso tinha tido acesso, afinal, ao relatório final o IAPMEI relacionado com as diversas vistorias realizadas nesse mês de Janeiro, relatório com data de 29 de Janeiro, e que propõe, efectivamente, o encerramento da Fabrióleo.

Tendo o relatório, documento interno e então ainda longe de ser tornado público, a data de 29 de Janeiro, é claro como a água que qualquer garganta funda de corredor soprou para o Expresso o teor do mesmo, e que o semanário extravazou o alcance do seu conteúdo concreto, levando jornais nacionais e televisões ao engano, quando anunciaram, uns mais assertivos que outros, que o Governo tinha encerrado a Fabrióleo. Nada de mais exagerado.

Aliás, e como o JT alertou na sua edição on-line, os contornos da notícia não eram claros, “até porque não se adiantava o modo como a decisão do Governo se materializaria, nomeadamente se ela teria efeitos antes de uma decisão judicial ou se o executivo iria impor uma medida arbitrária, alegando a gravidade da situação em que labora parte das instalações sem licença”, como então se escreveu.

A empresa veio logo afirma que não tinha recebido qualquer ordem de encerramento e que tudo fazia parte de uma campanha discriminatória contra a Fabrióleo, adiantando que, ao contrário do que dizia a notícia do Expresso, “tem todas as licenças necessárias para laboração”. Nesse dia, 30 de Janeiro, é bastante provável que a empresa não tivesse ainda recebido qualquer notificação acerca do relatório com data do dia anterior, o que lhe permitiu reagir sem negar o essencial.

Proposta: encerrar


Na verdade, o relatório do IAPMEI, organismo público a quem compete propor medidas como o encerramento de unidades fabris, reunia uma série de informação e argumentário de vistorias de outras entidades, realizadas nesse mês de Janeiro, da área da saúde, do ambiente, da administração dos recursos hídricos, entre outras, e, é claro, da autarquia local, a câmara de Torres Novas.

Na sua vistoria realizada no dia 23 de Janeiro, a pedido do IAPMEI, os serviços camarários constataram “o aumento da área edificada do estabelecimento industrial desde as vistorias realizadas em 2015”, realçando que a Câmara Municipal não licenciou quaisquer operações urbanísticas referentes ao estabelecimento industrial existente, localizado na povoação de carreiro da Areia e que é atravessado por uma via pública, Rua Pinhal do Conde, vincando que a povoação “sofre impactes significativos inerentes ao tráfego de veículos pesados, quer associado às operações de carga e descarga, quer das movimentações internas do próprio estabelecimento situadas de um e outro lado da citada rua.

A autarquia torrejana adianta claramente que nos termos do disposto no Plano Diretor Municipal de Torres Novas (PDMTN) não é viável o licenciamento ou legalização do estabelecimento industrial existente, salientando que ele está maloritariamente integrado em Reserva Agrícola Nacional e parte da área está simultaneamente incluída em Reserva Ecológica Nacional (REN) que corresponde à zona onde se situam as lagoas e parte das ETAR’s.

Os serviços municipais concluem, categoricamente, “que o licenciamento/legalização do estabelecimento industrial existente, dado o incumprimento do disposto no Plano Director Municipal de Torres Novas (PDMTN), não é resolúvel”, sendo aplicáveis as medidas adequadas de tutela e restauração da legalidade urbanística, por outras palavra, o desmantelamento das construções fabris não licenciadas.

E foi com base na vistoria da câmara e das outras entidades que o IAPMEI formulou finalmente a sua proposta, considerando as pronúncias das entidades presentes em vistoria, das quais releva as posições, vinculativas, da Cãmara e da APA/ARH Tejo.

Conclui o IAPMEI “que impendem sobre a localização do estabelecimento desconformidades que, nos termos do disposto no Plano Diretor Municipal de Torres Novas (PDMTN) não é viável o licenciamento/legalização do estabelecimento industrial existente, reconhecendo a tese da câmara que o licenciamento/legalização do estabelecimento industrial existente não é resolúvel.
Conclui ainda o IAPMEI que a entidade com competência em razão da utilização dos recursos hídricos, “a APA-ARH Tejo considera, com os fundamentos que constam do respectivo parecer, não estarem reunidas condições para que a Fabrióleo continue a operar a instalação”.

O organismo governamental admite estarmos perante uma situação que conduzirá o IAPMEI a determinar a aplicação de medidas cautelares, “nomeadamente a determinação do encerramento da exploração da instalação industrial”, devendo no entanto ser ouvido o operador em audiência prévia nos termos da legislação aplicável.

Fabrióleo vai contestar

Entretanto, a Fabrióleo, anunciou de imediato que vai contestar as medidas cautelares que incluem o encerramento da exploração, determinadas na sequência das vistorias.
A empresa disse logo que, contrariamente a informações que foram veiculadas publicamente, a unidade não foi encerrada e vai exercer o direito de contraditório, “estando a preparar a argumentação, com o apoio dos especialistas que a têm assessorado no esforço de melhorar o seu desempenho ambiental”, para “desconstruir” o processo e “minimizar os impactos negativos” que a forma como foi divulgado provocou.

Em comunicado, a Fabrióleo recorda não existir “nenhuma decisão que ordene a suspensão, o encerramento ou a cessação da sua actividade industrial”, informação que afirma ser “falsa e muito prejudicial ao exercício da sua indústria e ao seu bom nome”.

A empresa reafirma a legalidade da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) biológica, cuja construção foi recomendada pelo IAPMEI, citando uma sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria que confirma a emissão da licença, versão contestada pela cãmara que diz nunca ter passado semelhença licença e tendo a juiz dado como existente o documento com base no testemunho oral de uma técnica da câmara, assunto que se esfumou entretanto sem mais esclarecimentos.

A empresa garante ainda ser “falso que a Fabrióleo seja a responsável pelos maus cheiros e poluição. A empresa já comprovou que há, pelo menos, 50 fontes poluentes de várias empresas da região e quanto a isto nada tem sido feito pelas entidades competentes e pela própria Câmara Municipal de Torres Novas”, afirma a nota.

A Fabrióleo considera, ainda, “muito grave o tratamento discriminatório” de que se considera alvo “por parte das autoridades pelas quais a empresa é regulada, principalmente em relação a outras empresas da mesma região que passam incólumes e não estão sujeitas ao mesmo escrutínio e exigências”, com “distorção do normal funcionamento de uma economia de mercado”. No estudo que promoveu, a Fabrióleo diz ter identificadas mais de 50 fontes poluentes de diversas empresas da região, adiantando que é a “única empresa no concelho, além da Renova, com licença de utilização dos recursos hídricos – Rejeição de Águas Residuais, emitida pela APA”.

Próximos episódios

O prazo dado pelo IAPMEI para contestação da proposta de encerramento, por parte da empresa, terá acabado na passada terça-feira. A partir de agora, os organismos governamentais da tutela, em posse dos argumentos apresentados pela empresa, decidirão se mantém a decisão, sendo as instalações encerradas e o assunto encaminhado para os tribunais. Pode também a contestação da empresa ser suficientemente forte e levar administração a recuar e a repensar uma nova forma de abordagem. Mas a verdade é que, parece, impedem sobre a empresa questões de difícil resolução, dados que as instalações em causa, diz a câmara com carácter vinculativo, não serão legalizadas. E este éum argumento imbatível.

A empresa, que tem jogado todo o tipo de trunfos desde que contratou a empresa de advogados da antiga ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cunha, fez distribuir pelo concelho milhares de cartas onde apresenta as suas razões perante todo este imbróglio.

 

 

 Outras notícias - Sociedade


Torres Novas: “Comemorações Populares” do 25 de Abril »  2024-04-22 

Em simultâneo com as comemorações levadas a efeito pelo município, realizam-se também no concelho outras iniciativas: no dia 23 há um debate sobre mediação cultural no Museu Agrícola de Riachos, às 11 horas, às 19 uma sessão musical no auditório da biblioteca de Torres Novas, com a participação do coro de Alcorriol e da Banda Operária, no dia 25 de Abril um almoço comemorativo no Hotel dos Cavaleiros, uma arruada com desfile popular da praça 5 de Outubro para o Parque da Liberdade, às 15H0 e pelas 17H, no largo da Igreja Velha, em Riachos, uma sessão musical promovida pelo Paralelo 39.
(ler mais...)


25 de Abril em Alcanena: Ana Lains com António Saiote »  2024-04-22 

O programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril terá início no dia 24 de Abril, quarta-feira, com o concerto comemorativo “António Saiote convida Ana Laíns, às 21:30h, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, seguido da atuação do DJ Pedro Galinha, às 23:30h (ambos de entrada livre).
(ler mais...)


MÚSICA: Rui Veloso em Alcanena »  2024-04-22 

Integrado no programa de comemorações do 110.º aniversário da Fundação do Concelho de Alcanena, terá lugar, no dia 8 de Maio, quarta-feira, às 21h30, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, um concerto de Rui Veloso, um dos grandes nomes da música portuguesa e um dos mais influentes, com uma carreira repleta de sucessos, que atravessam gerações.
(ler mais...)


Comemorações do 50.º aniversário do 25 de abril, em Torres Novas »  2024-04-22 

O Município de Torres Novas assinala o Dia da Liberdade com um programa comemorativo do 50.º aniversário do 25 de abril de 1974, que inclui a sessão solene, a decorrer pela manhã, no Parque da Liberdade, onde à tarde serão homenageados os presos políticos naturais e residentes em Torres Novas à altura em que foram detidos.
(ler mais...)


Renova: arquivado processo contra cidadãos que passaram dia da Espiga junto à nascente do rio Almonda »  2024-04-22 

O Ministério Público mandou arquivar, por falta de provas, a participação movida pela empresa Renova contra vários cidadãos que passaram o ‘Dia da Espiga’ junto à nascente do Rio Almonda, alegando “danos e invasão de propriedade privada”.
(ler mais...)


PUBLICIDADE INSTITUCIONAL - Centro Social Santa Eufémia – Chancelaria Assembleia Geral CONVOCATÓRIA »  2024-04-10 

Centro Social Santa Eufémia – Chancelaria

Assembleia Geral

CONVOCATÓRIA

Nos termos do artigo 29.º, alínea a, do número 2, convoco as/os Exma(o)s associada(o)s para uma Assembleia Geral ordinária, a realizar no próximo dia 28 de abril de 2024, pelas 15H00, nas instalações do Centro.
(ler mais...)


Espectáculo de porcos em Riachos causa estranheza »  2024-04-08 

Anunciava-se no cartaz das actividades do dia 7 de Abril, domingo, da Associação Equestre Riachense, como “porcalhada”. Mas estaria longe de imaginar-se que o espectáculo prometido seria um exercício de perseguição a um leitão, num chiqueiro, até o animal, aterrorizado, ser atirado para dentro de um recipiente situado no meio do recinto.
(ler mais...)


Bombeiros: nova direcção, velhos hábitos »  2024-03-21 

 Chegou ao fim a guerra nos Bombeiros Voluntários Torrejanos. Pelo menos, para já.

A nova direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos tomou posse ao fim da tarde de hoje, 21 de Março, Dia Mundial da Poesia.
(ler mais...)


Paulo Ganhão Simões, presidente da Junta de Pedrógão: “Só se consegue tentar reverter a desertificação com mais investimento público” »  2024-03-21 

Diz que é uma pessoa diferente após esta já longa carreira de autarca e que também ficou com uma percepção mais rica do que é o território da sua freguesia. Considera que contribuiu para mitigar antigos antagonismos, faz um balanço positivo da sua acção, mas ainda tem projectos por finalizar, entre eles uma melhor ligação à sede do concelho.
(ler mais...)


Bombeiros: a saga continua, agora para destituição da mesa da assembleia geral »  2024-03-20 

Quando se pensava que as eleições para a direcção da AHBVT iriam dar lugar a um momento de acalmia na vida da associação, eis que um grupo de associados pediu a Arnaldo Santos, presidente da assembleia geral, a convocação de uma assembleia geral extraordinária para destituir, note-se, a própria mesa da assembleia geral.
(ler mais...)

 Mais lidas - Sociedade (últimos 30 dias)
»  2024-04-08  Espectáculo de porcos em Riachos causa estranheza
»  2024-04-22  Renova: arquivado processo contra cidadãos que passaram dia da Espiga junto à nascente do rio Almonda
»  2024-04-10  PUBLICIDADE INSTITUCIONAL - Centro Social Santa Eufémia – Chancelaria Assembleia Geral CONVOCATÓRIA
»  2024-04-22  Comemorações do 50.º aniversário do 25 de abril, em Torres Novas
»  2024-04-22  Torres Novas: “Comemorações Populares” do 25 de Abril