Morreu Martinho “Ginete”, um dos fundadores do rancho folclórico de Riachos
Sociedade » 2017-10-16
Faleceu, esta manhã, Martinho Serra de Oliveira (Martinho Ginete), um dos fundadores do rancho folclórico de Riachos, aos 93 anos. Nos anos 1957/58, juntamente com Joaquim Santana, ajudou a fundar aquele rancho que hoje ainda mantém a actividade, tendo ocupado o cargo de flautista. Ex-ferroviário, Martinho de Oliveira foi um auto-didacta, como descreve o seu amigo de sempre Joaquim Santana.
“Muito cedo começou a interessar-se pelas coisas de Riachos, por isso, quando ainda tinha quinze anos começou a aprender música e a tocar clarinete na Sociedade Velha Filarmónica Riachense, para no dia 1 de Janeiro de 1940, com mais uma dúzia de outros rapazes da sua idade, revitalizar a banda que na altura passava grande crise de músicos, tocando pela primeira vez nas ruas de Riachos”.
No início dos anos 60 do século passado Martinho zangou-se e abandonou a filarmónica riachense “com grande mágoa”, descreve ainda Santana, que lembra a sua posterior ligação a outras filarmónicas, onde durante muitos anos tocou, destacando-se as de Torres Novas, Meia Via, Entroncamento, Golegã, Cartaxo, da CP, em Lisboa, e Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha, onde tocou imensos anos e onde terminou a sua missão como filarmónico.
Esteve na fundação do ranchos de Riachos onde foi tocador de clarinete e director. “Esteve ao serviço do d` “Os Camponeses” de Riachos desde a primeira hora, durante 57 anos, sempre como vice-presidente. Aos 90, e por motivos de saúde, deixou o grupo e passou a vice-presidente Honorário, como reconhecimento de todo o seu trabalho ao serviço da cultura popular de Riachos.
Martinho foi também um apaixonado pela fotografia e, com a sua velha máquina, tirou imensos apontamentos fotográficos de todas as viagens que fez com o rancho de Riachos.
“Focou todos os recantos de Riachos, de todos os portões e de todas as velhas chaminés, das velhas casas de habitação, de trabalhos agrícolas e de tudo o que tinha interesse na nossa terra”, continua Joaquim Santana, num dos seus escritos. Martinho de Oliveira chegou a fazer uma exposição de fotografias no Museu Agrícola de Riachos, que teve a sua inauguração no dia 22 de Julho de 1995.
“Eu devo-lhe a grande amizade que sempre me dispensou. Nunca esquecerei a sua companhia”, refere Joaquim Santana, seu amigo, companheiro e confidente.
Morreu Martinho “Ginete”, um dos fundadores do rancho folclórico de Riachos
Sociedade » 2017-10-16Faleceu, esta manhã, Martinho Serra de Oliveira (Martinho Ginete), um dos fundadores do rancho folclórico de Riachos, aos 93 anos. Nos anos 1957/58, juntamente com Joaquim Santana, ajudou a fundar aquele rancho que hoje ainda mantém a actividade, tendo ocupado o cargo de flautista. Ex-ferroviário, Martinho de Oliveira foi um auto-didacta, como descreve o seu amigo de sempre Joaquim Santana.
“Muito cedo começou a interessar-se pelas coisas de Riachos, por isso, quando ainda tinha quinze anos começou a aprender música e a tocar clarinete na Sociedade Velha Filarmónica Riachense, para no dia 1 de Janeiro de 1940, com mais uma dúzia de outros rapazes da sua idade, revitalizar a banda que na altura passava grande crise de músicos, tocando pela primeira vez nas ruas de Riachos”.
No início dos anos 60 do século passado Martinho zangou-se e abandonou a filarmónica riachense “com grande mágoa”, descreve ainda Santana, que lembra a sua posterior ligação a outras filarmónicas, onde durante muitos anos tocou, destacando-se as de Torres Novas, Meia Via, Entroncamento, Golegã, Cartaxo, da CP, em Lisboa, e Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha, onde tocou imensos anos e onde terminou a sua missão como filarmónico.
Esteve na fundação do ranchos de Riachos onde foi tocador de clarinete e director. “Esteve ao serviço do d` “Os Camponeses” de Riachos desde a primeira hora, durante 57 anos, sempre como vice-presidente. Aos 90, e por motivos de saúde, deixou o grupo e passou a vice-presidente Honorário, como reconhecimento de todo o seu trabalho ao serviço da cultura popular de Riachos.
Martinho foi também um apaixonado pela fotografia e, com a sua velha máquina, tirou imensos apontamentos fotográficos de todas as viagens que fez com o rancho de Riachos.
“Focou todos os recantos de Riachos, de todos os portões e de todas as velhas chaminés, das velhas casas de habitação, de trabalhos agrícolas e de tudo o que tinha interesse na nossa terra”, continua Joaquim Santana, num dos seus escritos. Martinho de Oliveira chegou a fazer uma exposição de fotografias no Museu Agrícola de Riachos, que teve a sua inauguração no dia 22 de Julho de 1995.
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