Concelho tem mais uma
Sociedade » 2018-07-17
Desde hoje, dia 18 de Julho, Torres Novas tem mais uma mulher a atingir a idade de 100 anos: trata-se de Amália Moita, natural de Alcorochel, aldeia onde sempre viveu, apesar de nas últimas décadas passar temporadas também em Torres Novas, em casa de uma das filhas.
Nascida no ano em que acabava a Grande Guerra e num momento em que o país era assolado pela pneumónica, que ceifou milhares de portugueses, Amália Moita atingiu a idade escolar ainda vigorava a Primeira República. Mas, com grande pena, e aliás como acontecera com as suas irmãs, não foi à escola. «Tentei ensiná-la a ler e escrever e era frequente encontrá-la a "ler" o jornal do meu pai...», conta Ana Teresa, uma das netas, para quem a sua avó Amália «é especial por ter sido sempre autêntica e nunca ter querido ser outra coisa que não ela própria. Marcou-nos, porque adorava ir à vila, ao invés das mulheres da sua geração, que não viam mais que a aldeia».
Mas, na aldeia da sua infância não havia automóveis, como não havia nas redondezas, e nos céus apareciam os primeiros aeroplanos. Amália Moita assistiu à implantação da electricidade, ao aparecimento da rádio e de todo o desenvolvimento tecnológico posterior, ouviu falar dos horrores da II Guerra Mundial, sobreviveu até à era da televisão, assistiu à conquista do espaço e, mais recentemente, terá vislumbrado o mundo dos telefones móveis, dos computadores e da internet.
Foi casada com Ezequiel Fazenda, um dos últimos senão o último boieiro de Alcorochel, que também era agricultor. Tem três filhos: José Manuel, Maria Alice e Helena, com quem se encontra por estes dias e que é proprietária, com o marido, do restaurante Adega Regional (“Manel Dias”). Destes três filhos, Amália Moita assistiu ao nascimento de 8 netos e 12 bisnetos.
Apesar nunca ter ido à escola, sempre foi mulher dotada de muita inteligência, diz uma outra neta, Inês Fazenda. «Gostava de ter sido jornalista. Foi uma mulher do campo que, mal pôde, o trocou pela “vila”. Vinha na carreira das 8h30 para Torres Novas e voltava às 17h para junto do seu marido, que cultivava a terra. Em Torres Novas, falava com quem encontrava, criava os netos e passeava no jardim, de que tanto gostava». Inês recorda que a muitos a sua avó deliciou com o seu arroz doce, com as visitas aos doentes, que tanto gostava de fazer. «Uma mulher simples, que gostava de repartir tudo o que tinha, fossem uvas, maçãs ou nêsperas. Tudo o que tivesse».
Outro aspecto curioso da vida Amália Moita é o facto de ser a mais nova de nove irmãos que, por terem, sete deles, construído casas no mesmo local, deram origem ao Bairro dos Moitas, em Alcorochel, onde por junto criaram 25 filhos. José Moita (“polícia”), Maria do Rosário, Manuel, Joaquim, Antónia, Rosária, Alice e Conceição, eram os seus irmãos e irmãs, todos eles nascidos antes da gripe espanhola e todos sobreviventes a esse período difícil. Todos morreram bastante idosos, mas Amália, a mais nova, teve a felicidade de chegar aos 100 anos de vida. Diz que «ainda está para durar e para cumprir a vontade de Deus».
Segundo o último censo, Portugal tinha cerca de 4000 pessoas com 100 anos ou mais e no concelho de Torres Novas, não sendo possível apurar esses dados com certeza, não existirão mais de uma dezena de “centenários”. Amália Moita entrou nesse clube a que (ainda) poucos acedem. Parabéns, Amália Moita!
Concelho tem mais uma
Sociedade » 2018-07-17Desde hoje, dia 18 de Julho, Torres Novas tem mais uma mulher a atingir a idade de 100 anos: trata-se de Amália Moita, natural de Alcorochel, aldeia onde sempre viveu, apesar de nas últimas décadas passar temporadas também em Torres Novas, em casa de uma das filhas.
Nascida no ano em que acabava a Grande Guerra e num momento em que o país era assolado pela pneumónica, que ceifou milhares de portugueses, Amália Moita atingiu a idade escolar ainda vigorava a Primeira República. Mas, com grande pena, e aliás como acontecera com as suas irmãs, não foi à escola. «Tentei ensiná-la a ler e escrever e era frequente encontrá-la a "ler" o jornal do meu pai...», conta Ana Teresa, uma das netas, para quem a sua avó Amália «é especial por ter sido sempre autêntica e nunca ter querido ser outra coisa que não ela própria. Marcou-nos, porque adorava ir à vila, ao invés das mulheres da sua geração, que não viam mais que a aldeia».
Mas, na aldeia da sua infância não havia automóveis, como não havia nas redondezas, e nos céus apareciam os primeiros aeroplanos. Amália Moita assistiu à implantação da electricidade, ao aparecimento da rádio e de todo o desenvolvimento tecnológico posterior, ouviu falar dos horrores da II Guerra Mundial, sobreviveu até à era da televisão, assistiu à conquista do espaço e, mais recentemente, terá vislumbrado o mundo dos telefones móveis, dos computadores e da internet.
Foi casada com Ezequiel Fazenda, um dos últimos senão o último boieiro de Alcorochel, que também era agricultor. Tem três filhos: José Manuel, Maria Alice e Helena, com quem se encontra por estes dias e que é proprietária, com o marido, do restaurante Adega Regional (“Manel Dias”). Destes três filhos, Amália Moita assistiu ao nascimento de 8 netos e 12 bisnetos.
Apesar nunca ter ido à escola, sempre foi mulher dotada de muita inteligência, diz uma outra neta, Inês Fazenda. «Gostava de ter sido jornalista. Foi uma mulher do campo que, mal pôde, o trocou pela “vila”. Vinha na carreira das 8h30 para Torres Novas e voltava às 17h para junto do seu marido, que cultivava a terra. Em Torres Novas, falava com quem encontrava, criava os netos e passeava no jardim, de que tanto gostava». Inês recorda que a muitos a sua avó deliciou com o seu arroz doce, com as visitas aos doentes, que tanto gostava de fazer. «Uma mulher simples, que gostava de repartir tudo o que tinha, fossem uvas, maçãs ou nêsperas. Tudo o que tivesse».
Outro aspecto curioso da vida Amália Moita é o facto de ser a mais nova de nove irmãos que, por terem, sete deles, construído casas no mesmo local, deram origem ao Bairro dos Moitas, em Alcorochel, onde por junto criaram 25 filhos. José Moita (“polícia”), Maria do Rosário, Manuel, Joaquim, Antónia, Rosária, Alice e Conceição, eram os seus irmãos e irmãs, todos eles nascidos antes da gripe espanhola e todos sobreviventes a esse período difícil. Todos morreram bastante idosos, mas Amália, a mais nova, teve a felicidade de chegar aos 100 anos de vida. Diz que «ainda está para durar e para cumprir a vontade de Deus».
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