Mação: município avança com participação à IGAI para apuramento de responsabilidades nos incêndios florestais
Sociedade » 2017-09-13
A Câmara de Mação decidiu hoje avançar com uma participação à InsJeção Geral de Administração Interna (IGAI) para apuramento de responsabilidades no incêndio de julho, considerando "insatisfatório" o relatório que recebeu do Governo, noticia a Agência Lusa.
"Recebemos o relatório dentro do prazo que havíamos estipulado, que terminava hoje, e agradeço ao secretário de Estado [da Administração Interna, Jorge Gomes] por ter cumprido com a sua palavra mas, efectivamente, é um documento insatisfatório”, disse à Lusa o presidente da autarquia.
Vasco Estrela afirmou que o documento “é um conjunto muito incompleto, pouco detalhado, sem referência a quem tomou as decisões em cada momento relativamente às movimentações operacionais no terreno”, pelo que a assembleia municipal aprovou por unanimidade avançar com uma participação à IGAI, segundo o autarca, “para um apuramento cabal do que sucedeu e para apuramento de responsabilidades, se as houver".
A acção refere-se ao incêndio que lavrou em Mação entre os dias 23 e 27 de Julho, e que consumiu cerca de 18 mil hectares de floresta, atingiu 14 casas de primeira habitação e obrigou à evacuação de cerca de 30 aldeias, além de dez pessoas feridas e inúmeros bens destruídos, como barracões, palheiros, material agrícola e viaturas.
"Não podem arder 18 mil hectares sem que sejam apuradas todas as responsabilidades e este relatório não satisfaz, não indica quem tomou determinadas decisões sobre uma cada vez mais evidente retirada de meios de Mação, sobre quem os posicionou e porque motivos, e não nos dá acesso à fita do tempo”, critica Vasco Estrela, assinalando o pedido à IGAI com o objetivo de ser “uma entidade independente a explicar tudo o que se passou”.
No relatório, a que a Lusa teve acesso, a ANPC justifica as dificuldades no combate ao incêndio em Mação com a dispersão de meios por outras ocorrências na região e um quadro meteorológico "extremamente agressivo".
Nesse dia, segundo o documento, houve 108 fogos, quase metade entre as 12 e as 18 horas, 17 dos quais no distrito de Castelo Branco.
Mação: município avança com participação à IGAI para apuramento de responsabilidades nos incêndios florestais
Sociedade » 2017-09-13A Câmara de Mação decidiu hoje avançar com uma participação à InsJeção Geral de Administração Interna (IGAI) para apuramento de responsabilidades no incêndio de julho, considerando "insatisfatório" o relatório que recebeu do Governo, noticia a Agência Lusa.
"Recebemos o relatório dentro do prazo que havíamos estipulado, que terminava hoje, e agradeço ao secretário de Estado [da Administração Interna, Jorge Gomes] por ter cumprido com a sua palavra mas, efectivamente, é um documento insatisfatório”, disse à Lusa o presidente da autarquia.
Vasco Estrela afirmou que o documento “é um conjunto muito incompleto, pouco detalhado, sem referência a quem tomou as decisões em cada momento relativamente às movimentações operacionais no terreno”, pelo que a assembleia municipal aprovou por unanimidade avançar com uma participação à IGAI, segundo o autarca, “para um apuramento cabal do que sucedeu e para apuramento de responsabilidades, se as houver".
A acção refere-se ao incêndio que lavrou em Mação entre os dias 23 e 27 de Julho, e que consumiu cerca de 18 mil hectares de floresta, atingiu 14 casas de primeira habitação e obrigou à evacuação de cerca de 30 aldeias, além de dez pessoas feridas e inúmeros bens destruídos, como barracões, palheiros, material agrícola e viaturas.
"Não podem arder 18 mil hectares sem que sejam apuradas todas as responsabilidades e este relatório não satisfaz, não indica quem tomou determinadas decisões sobre uma cada vez mais evidente retirada de meios de Mação, sobre quem os posicionou e porque motivos, e não nos dá acesso à fita do tempo”, critica Vasco Estrela, assinalando o pedido à IGAI com o objetivo de ser “uma entidade independente a explicar tudo o que se passou”.
No relatório, a que a Lusa teve acesso, a ANPC justifica as dificuldades no combate ao incêndio em Mação com a dispersão de meios por outras ocorrências na região e um quadro meteorológico "extremamente agressivo".
Nesse dia, segundo o documento, houve 108 fogos, quase metade entre as 12 e as 18 horas, 17 dos quais no distrito de Castelo Branco.
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