Torres Novas, todos os resultados: PS elege cinco em sete vereadores, Ramos põe Filipa fora da vereação
Sociedade » 2017-10-04PS reforçou votação de há quatro anos, mas longe de Rodrigues
A oposição não conseguiu atingir o seu objectivo mais que confessado: retirar a maioria absoluta ao PS. O Bloco de Esquerda foi o único partido da oposição a aumentar razoavelmente o seu resultado eleitoral, enquanto o PSD desceu aos infernos e a CDU ficou sem vereadores no executivo após 41 anos de presença ininterrupta. Filipa Rodrigues fica fora do executivo por 170 votos e em vez dela entra Carlos Ramos, do PS.
O Partido Socialista foi o grande vencedor das eleições autárquicas de 1 de Outubro no país, na região e em Torres Novas, e Pedro Ferreira continua à frente dos destinos da autarquia torrejana com uma maioria reforçada (51%): o PS elegeu cinco mandatos em sete, feito que só António Rodrigues tinha conseguido por quatro vezes. Mas o score eleitoral de Pedro Ferreira fica longe das quatro maiorias mais amplas de Rodrigues, mesmo com os efeitos do estado de graça do PS/António Costa e da geringonça, que deram um empurrão às candidaturas locais do PS e prejudicaram sobretudo o PCP e o PSD.
Ficam no executivo camarário pelo PS, além de Pedro Ferreira, Luís Silva, Elvira Sequeira, Joaquim Cabral e Carlos Ramos. O Partido Socialista venceu para a câmara em todas as freguesias, com particular destaque na Chancelaria (62,5%), UF Brogueira/Alcorochel/Parceiros (58,8%) e ainda Pedrógão (56%) e Riachos (54%). Aliás, Pedro Ferreira teve as suas votações mais fracas nas freguesias da cidade. Há quem diga que estes números contradizem a teoria de que a câmara governa mais para a cidade e esquece as aldeias, há os que dizem que na cidade é maior o espírito crítico.
Do lado da oposição, o Bloco de Esquerda (14,5%) foi o único partido a aumentar a sua votação, tendo ficado colado ao PSD por escassas décimas e tendo sido o segundo partido em algumas freguesias. Elegeu uma vereadora, Helena Pinto, e obteve mais mandatos nas assembleias de freguesia do que há quatro anos. Em Torres Novas, os bloquistas tiveram a maior votação a nível nacional, se exceptuarmos o filme negro de Salvaterra de Magos, com contornos muito próprios. Mas os incentivos dos dirigentes nacionais do BE, fazendo crer que o Bloco estava a disputar a vitória em Torres Novas revelaram-se exagerados e os bloquistas não lograram o objectivo máximo, que era acabar com a maioria absoluta do PS, embora para esse falhanço tenham contribuído mais os desaires do PSD e da CDU.
O PSD, justamente, averbou o seu pior resultado de sempre em mais de 40 anos de democracia. Esperava-se que os social-democratas fizessem esquecer o resultado de há quatro anos, quando Henrique Reis tinha levado o partido ao seu pior resultado, mas a lista liderada por João Quaresma desceu ainda mais baixo, atirando o partido laranja para um registo nunca imaginado, cerca de 2500 votos, umas dezenas a mais que o Bloco de Esquerda. Ainda assim, João Quaresma será vereador, mas a derrota clamorosa do PSD impõe uma travessia no deserto difícil de compaginar com o historial autárquico do PSD, que foi poder em Torres Novas entre 1979 e 1993.
A derrota maior da noite foi para a CDU, que deixou de ter representação camarária, que tinha desde 1976. O desaire comunista foi nacional, com perda de várias câmaras importantes, tendo o PCP atingido o pior resultado de sempre em 41 anos de eleições autárquicas em Torres Novas, tal como o PSD. Filipa Rodrigues, a cabeça de lista em Torres Novas, não vai ter assim assento no executivo camarário. E o PCP, sempre tão cauteloso com tudo o que diz respeito à igreja católica, viu, por ironia do destino, o antigo padre das paróquias de Torres Novas retirar-lhe a vereadora. Na prática e objectivamente, Carlos Ramos entrou no executivo com uma fracção de 1770 votos do PS, arredando Filipa Rodrigues e os 1606 totais votos da CDU. A CDU elegeria o sétimo vereador se lograsse amealhar mais uns escassos 170 votos. Mas perdeu cerca de 1000 face a 2013.
O CDS/PP subiu ligeiramente os votos face a 2013, mas está muito longe de poder almejar representação no executivo municipal.
Assembleia Municipal
Para a assembleia municipal, o PS venceu confortavelmente, mas com um score abaixo da votação para câmara, ao contrário de todos os noutros partidos: BE, PSD, CDU e CDS tiveram mais votos para a assembleia municipal do que os seus candidatos à câmara. Os socialistas ficaram-se pelos 46% dos votos para a assembleia, menos 5% do que para a câmara. Também no caso da assembleia municipal, o PS obteve os resultados mais baixos nas freguesias da cidade. Os socialistas elegeram 11 vogais, o PSD 4, o BE 3, a CDU 2 e o CDS 1.
Curiosidades
Por curiosidade, e em termos de números absolutos, o PS conseguiu a sua maior votação na eleição da câmara e na freguesia de Chancelaria, com 62,5% dos votos. O Bloco obteve o seu maior score na eleição para a assembleia municipal e na freguesia de São Pedro/Lapas/Ribeira, com 19,2%. O PSD teve o seu valor mais alto também na votação para a AM, na freguesia de Chancelaria (22,2%), a CDU também para a AM em São Pedro/Lapas/Ribeira (14%) e o CDS em Santa Maria (6,5%), também para a AM. Os valores mais baixos do PS verificaram-se nas freguesias da cidade e na votação para a assembleia municipal, o valor mais baixo do PSD foi em Riachos para a câmara e do BE na freguesia de Chancelaria, para a câmara, com 6,4%.
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A oposição não conseguiu atingir o seu objectivo mais que confessado: retirar a maioria absoluta ao PS. O Bloco de Esquerda foi o único partido da oposição a aumentar razoavelmente o seu resultado eleitoral, enquanto o PSD desceu aos infernos e a CDU ficou sem vereadores no executivo após 41 anos de presença ininterrupta. Filipa Rodrigues fica fora do executivo por 170 votos e em vez dela entra Carlos Ramos, do PS.
O Partido Socialista foi o grande vencedor das eleições autárquicas de 1 de Outubro no país, na região e em Torres Novas, e Pedro Ferreira continua à frente dos destinos da autarquia torrejana com uma maioria reforçada (51%): o PS elegeu cinco mandatos em sete, feito que só António Rodrigues tinha conseguido por quatro vezes. Mas o score eleitoral de Pedro Ferreira fica longe das quatro maiorias mais amplas de Rodrigues, mesmo com os efeitos do estado de graça do PS/António Costa e da geringonça, que deram um empurrão às candidaturas locais do PS e prejudicaram sobretudo o PCP e o PSD.
Ficam no executivo camarário pelo PS, além de Pedro Ferreira, Luís Silva, Elvira Sequeira, Joaquim Cabral e Carlos Ramos. O Partido Socialista venceu para a câmara em todas as freguesias, com particular destaque na Chancelaria (62,5%), UF Brogueira/Alcorochel/Parceiros (58,8%) e ainda Pedrógão (56%) e Riachos (54%). Aliás, Pedro Ferreira teve as suas votações mais fracas nas freguesias da cidade. Há quem diga que estes números contradizem a teoria de que a câmara governa mais para a cidade e esquece as aldeias, há os que dizem que na cidade é maior o espírito crítico.
Do lado da oposição, o Bloco de Esquerda (14,5%) foi o único partido a aumentar a sua votação, tendo ficado colado ao PSD por escassas décimas e tendo sido o segundo partido em algumas freguesias. Elegeu uma vereadora, Helena Pinto, e obteve mais mandatos nas assembleias de freguesia do que há quatro anos. Em Torres Novas, os bloquistas tiveram a maior votação a nível nacional, se exceptuarmos o filme negro de Salvaterra de Magos, com contornos muito próprios. Mas os incentivos dos dirigentes nacionais do BE, fazendo crer que o Bloco estava a disputar a vitória em Torres Novas revelaram-se exagerados e os bloquistas não lograram o objectivo máximo, que era acabar com a maioria absoluta do PS, embora para esse falhanço tenham contribuído mais os desaires do PSD e da CDU.
O PSD, justamente, averbou o seu pior resultado de sempre em mais de 40 anos de democracia. Esperava-se que os social-democratas fizessem esquecer o resultado de há quatro anos, quando Henrique Reis tinha levado o partido ao seu pior resultado, mas a lista liderada por João Quaresma desceu ainda mais baixo, atirando o partido laranja para um registo nunca imaginado, cerca de 2500 votos, umas dezenas a mais que o Bloco de Esquerda. Ainda assim, João Quaresma será vereador, mas a derrota clamorosa do PSD impõe uma travessia no deserto difícil de compaginar com o historial autárquico do PSD, que foi poder em Torres Novas entre 1979 e 1993.
A derrota maior da noite foi para a CDU, que deixou de ter representação camarária, que tinha desde 1976. O desaire comunista foi nacional, com perda de várias câmaras importantes, tendo o PCP atingido o pior resultado de sempre em 41 anos de eleições autárquicas em Torres Novas, tal como o PSD. Filipa Rodrigues, a cabeça de lista em Torres Novas, não vai ter assim assento no executivo camarário. E o PCP, sempre tão cauteloso com tudo o que diz respeito à igreja católica, viu, por ironia do destino, o antigo padre das paróquias de Torres Novas retirar-lhe a vereadora. Na prática e objectivamente, Carlos Ramos entrou no executivo com uma fracção de 1770 votos do PS, arredando Filipa Rodrigues e os 1606 totais votos da CDU. A CDU elegeria o sétimo vereador se lograsse amealhar mais uns escassos 170 votos. Mas perdeu cerca de 1000 face a 2013.
O CDS/PP subiu ligeiramente os votos face a 2013, mas está muito longe de poder almejar representação no executivo municipal.
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Curiosidades
Por curiosidade, e em termos de números absolutos, o PS conseguiu a sua maior votação na eleição da câmara e na freguesia de Chancelaria, com 62,5% dos votos. O Bloco obteve o seu maior score na eleição para a assembleia municipal e na freguesia de São Pedro/Lapas/Ribeira, com 19,2%. O PSD teve o seu valor mais alto também na votação para a AM, na freguesia de Chancelaria (22,2%), a CDU também para a AM em São Pedro/Lapas/Ribeira (14%) e o CDS em Santa Maria (6,5%), também para a AM. Os valores mais baixos do PS verificaram-se nas freguesias da cidade e na votação para a assembleia municipal, o valor mais baixo do PSD foi em Riachos para a câmara e do BE na freguesia de Chancelaria, para a câmara, com 6,4%.
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