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Rodrigues deixa o PS, arrasa a gestão de Pedro Ferreira e abre a porta para 2021

Sociedade  »  2017-07-27 

Ex-autarca diz que será uma voz activa e interventiva

Ao contrário do que aconteceu até agora, Rodrigues diz que será “uma voz activa e interventiva, destacada de quaisquer forças partidárias” – é o abandono do Partido Socialista e a emergência de uma candidatura independente para daqui a quatro anos. Pelo meio, diz que Torres Novas perdeu prestígio e que a actual gestão não fez uma única obra.

Há muito que se esperava que António Rodrigues viesse quebrar o silêncio depois dos episódios que rodearam a sua demissão de presidente da assembleia municipal, em rota de colisão com Pedro Ferreira e a renúncia ao cargo de líder da concelhia socialista depois, quando a direcção nacional do PS avocou a escolha do cabeça de lista à câmara de Torres Novas sem ouvir a estrutura local, diz o antigo presidente da autarquia torrejana.

Em documento enviado às redacções a pouco mais de dois meses das autárquicas, Rodrigues descola claramente da gestão protagonizada por Pedro Ferreira e Luís Silva e diz que “não tem sido fácil ouvir, de há muito tempo a esta parte, as recorrentes chamadas de atenção sobre o decair do prestígio de Torres Novas e da sua continuada perda de liderança na região (a favor de outros) e da falta de capacidade da autarquia no cuidar do que é de todos”, acrescentado que desta forma “mais difícil tem sido a insistência com que, ultimamente, vem sendo abordado para uma nova candidatura à Câmara de Torres Novas”.

Foi ao se aperceberem de todas estas circunstâncias que muitos torrejanos e torrejanas têm vindo a interpelar-me, no sentido da construção de uma lista independente à Câmara de Torres Novas. Um gesto que agradeço e que constitui o reconhecimento dos laços e da confiança de que falava atrás. É, muito especialmente, a esses conterrâneos que devo esta intervenção hoje aqui. Porque há, de facto, quem se tenha convencido que o António Rodrigues seria candidato à Câmara este ano, nem que fosse como independente. As manifestações de apoio e de desapontamento têm vindo a suceder-se com o aproximar das eleições e, como tal, entendi ser meu dever justificar a minha decisão.  

Gestão incompetente

António Rodrigues não é parco em palavras para criticar o desempenho destes quatro últimos anos de gestão socialista na autarquia torrejana, considerando que “o concelho parou” e que as obras, incluindo a recente do antigo hospital “foram, na totalidade, as que ficaram por concluir do mandato anterior” e que “os fundos comunitários deixaram de ser aplicados na qualidade de vida dos torrejanos, para serem captados pelos concelhos à volta”.

“Pela primeira vez na história do município”, nota Rodrigues, “conseguiu-se fazer um mandato de 4 anos sem a execução de uma obra da responsabilidade directa da Câmara” com apoios comunitários. E lança uma farpa valente “aos mesmos que evocam hoje a dívida herdada, quando eles mesmos foram parceiros dos investimentos que a provocaram durante 20 anos de transformação no concelho, e que tanto jeito eleitoral lhes deu na campanha eleitoral de há 4 anos”. 

Por tudo isto, considera Rodrigues que o actual executivo PS “não se constituiu como uma alternativa válida” e que “Torres Novas está a perder terreno, e o brio e o reconhecimento que demorou a conquistar na região e no país”.

Eleições: perigo à vista

As eleições de Outubro não estão livres de escolhos para o actual PS torrejano e Rodrigues acha que Torres Novas “depara-se, hoje, com um cenário pré-eleitoral nunca antes visto, em que “partidos outrora com uma percentagem muito residual de apoio junto dos torrejanos, apresentam-se hoje, como candidatos, com uma dinâmica e uma possibilidade concreta de vitória, (se não nestas eleições, eventualmente nas que se seguem)”.

O ex-autarca assinala que “é a fraqueza de uns que evidencia a ambição de outros, e é a incompetência dos primeiros que reforça o engenho dos segundos”, aludindo à possível progressão eleitoral do Bloco de Esquerda, nomeadamente.

A intromissão de Lisboa

Para Rodrigues, o actual estado desgraça do PS local deve-se em primeiro lugar à direcção nacional do partido: “Quando se começou a perspectivar a criação de um projecto para o mandato que se avizinha, de 2017 a 2021, sonhou-se retomar essa energia, o compromisso e a dinâmica que haviam sido interrompidos. Em primeira instância, seriam os militantes do Partido Socialista de Torres Novas a tomar a decisão sobre que projecto desejam para o concelho e qual a melhor liderança para o fazer cumprir. Depois, pronunciar-se-iam os torrejanos em geral”, regista, para concluir que “no momento em que essa discussão se começava a fazer, na tradição democrática que sempre presidiu ao PS e no princípio estatutário da autonomia das estruturas concelhias, é a própria liderança nacional do Partido Socialista que faz letra morta dos seus regulamentos e impõe aos militantes a nomeação tácita dos actuais presidentes que se disponibilizem para uma recandidatura e, mais grave, proibindo os ex-presidentes de Câmara do PS de se disponibilizarem para voltarem a concorrer”, para se chegar “à situação caricata do, agora, novamente candidato do PS de Torres Novas, ser convidado por ofício vindo de Lisboa, em desprezo absoluto pela estrutura local”.

Esperem por mim em 2021

Postas as coisas nestes termos pela direcção do PS, diz Rodrigues que lhe restava apenas “e uma vez mais, agir em coerência”, expressando “a sua liberdade” e o seu “direito a não se conformar com as opções tomadas”, deixando de ser militante do Partido Socialista e requerendo a anulação da inscrição de militante.

Rodrigues diz que até agora foi observado, mas que agora não vai remeter-se ao silêncio e muito menos “deixar de zelar e de exigir o melhor” para a sua terra. O actual assessor do governo de Timor Leste termina assegurando que de ora em diante, será “uma voz activa e interventiva, destacada de quaisquer forças partidárias” e que “se essa actividade cívica pode vir a dar origem a um movimento independente que se possa apresentar aos torrejanos para eleições, é um assunto a pensar, em devido tempo e com o pragmatismo e a força das convicções”. Rodrigues diz contar com “um grupo alargado de torrejanos que não se conforma com esta realidade” e que esse grupo “está a crescer”, deixando praticamente explícito que em 2021 se apresentará a eleições liderando uma lista independente.

Socialistas em pânico

Uma fuga de informação sobre o conteúdo do documento que Rodrigues enviara às redacções foi responsável pelo equívoco gerado logo no início da semana e segundo o qual Rodrigues iria candidatar-se ainda este ano. O falso rumor parece ter causado uma onda de pânico entre as hostes socialistas, que se reuniram de emergência, ontem quarta-feira, no gabinete do vereador do urbanismo, Luís Silva, encontrando-se presentes vários elementos da lista do PS, alguns não autarcas, bem como alguns presidentes de juntas de freguesia.

A situação, observada por alguns funcionários da câmara, causou alguma estranheza e o JT não conseguiu apurar se, nessa altura, os dirigentes socialistas ainda estavam convencidos que Rodrigues ia concorrer este ano ou se já conheciam o conteúdo do documento e apenas preparavam a estratégia para atenuar os danos. Seja como for, o corropio ao gabinete do vereador Luís Silva tem-se mantido hoje, pelo que deverá estar em preparação uma resposta política à iniciativa de Rodrigues, que rompe com esta gestão socialista, afronta definitivamente o seu parceiro e braço direito de 22 anos e entra em ruptura com o próprio PS, preprando para mudar o cenário político local a partir deste momento, como o próprio ex-presidente fez questão de vincar no seu documento.

 

 

 

 

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