“A Força de Sentir”, o novo livro de António Rodrigues
Cultura » 2020-06-12
Não é um livro de memórias, mas é um livro cheio delas. António Rodrigues, nome que não precisa de maiores apresentações, apresentou na segunda-feira o seu mais recente livro, “A Força do Sentir”, numa cerimónia limitada pelas circunstâncias actuais, mas que teve honras de livreiro.
Com prefácio de Edite Estrela, sua amiga, e saudações de Xanana Gusmão, líder timorense, e de Jorge Santos, actual presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, o livro de António Rodrigues faz uma viagem pela sua história e pela história dos últimos anos de Torres Novas, duas linhas que inevitavelmente se cruzam e se acompanham.
“É um livro escrito por um torrejano para os torrejanos”, conta o antigo presidente da Câmara Municipal de Torres Novas. Como tal, um livro onde encontramos muito da sua história pessoal desde a infância, da história do Clube Desportivo de Torres Novas, do qual foi dirigente, da câmara a que presidiu durante vinte anos e de todos os amigos que o ajudaram a ser o que é hoje: “É um testemunho que tenho de deixar. Não é um livro de memórias, mas também tem memórias. Não é um livro sobre a câmara, mas também falo dela, pois estive lá vinte anos. Foi um livro que deu muito trabalho a fazer, mas mais trabalho ainda deu a fazer o seu conteúdo”.
Consciente de que somos o que vivemos e de que nos vamos construíndo com as nossas experiências, vivências e até com quem nos rodeia, o livro de António Rodrigues começou por ser uma ode a todos quantos o ajudaram ao longo da sua vida: “O meu livro começou por ser um conjunto de micro-biografias das pessoas que me ajudaram ao longo da minha vida, porque nada se consegue sozinho. Uma coisa começou a puxar a outra”.
A apresentação da obra decorreu no espaço do alfarrabista “D’Outro Tempo”, em Torres Novas, propriedade de Adelino Pires, que deixou a sua apreciação sobre o livro do ex-autarca: “Estamos perante um ensaio auto-biográfico. É a narrativa na primeira pessoa, que se vai cruzando no tempo e no espaço com os outros. As melhores páginas acontecem quando António Rodrigues se retira da narrativa (...). Foge-lhe o pé quando fala dele próprio e emerge quando fala dos outros”.
Histórias e personagens
Gente ligada à autarquia (Pedro Lobo Antunes ou Carlos Tomé, Conceição Almeida ou Manuel Piranga), amigos do futebol (Joaquim Matias Pedro, Joaquim Canais Rocha, José Maria Zuzarte Reis, Joaquim Godinho), da política, da família e amigos (Joaquim Rodrigues Bicho, Rui Hortênsio, Amílcar Fialho, Joaquim Paiva), são alguns dos muitos nomes de pessoas que merecem destaque próprio nas páginas do livro, em jeito de agradecimento e amizade.
Mas o livro tem início com dois capítulos que memorizam a infância e a adolescência do antigo autarca, com bastante informação sobre o bairro de Santo António, o seu movimento antigo cheio de lojas e ofícios, as personagens da época, a presença da feira de Março, a periferia rural da eira do Barrará. Dois capítulos, também com muita informação detalhada, dizem respeito à passagem de Rodrigues pelo Clube Desportivo de Torres Novas, com algumas histórias bem curiosas, e obviamente pela Câmara Municipal, onde o autor descreve em pormenor as vitórias eleitorais e o ciclo das obras autárquicas que marcaram os 20 anos entre 1994 e 2013.
Finalmente, surgem dois capítulos dedicados a Cabo Verde e Timor, com exuberantes descrições das belezas paisagísticas e da realidade humana daqueles países, ponteadas por retratos de personagens que Rodrigues foi encontrando nas deambulações por aqueles territórios.
A fechar, um pequeno capítulo com algumas considerações sobre “o futuro para Torres Novas”, sem qualquer indicação explícita de que o ex-autarca esteja ou não a ponderar o seu regresso à política local.
O lançamento oficial de “A Força do Sentir” ficará para depois quando, estados de calamidade à parte, for possível juntar numa sala todos aqueles que Rodrigues gostaria de ter presentes. Inês Vidal
foto de Luís Miguel Lopes
“A Força de Sentir”, o novo livro de António Rodrigues
Cultura » 2020-06-12Não é um livro de memórias, mas é um livro cheio delas. António Rodrigues, nome que não precisa de maiores apresentações, apresentou na segunda-feira o seu mais recente livro, “A Força do Sentir”, numa cerimónia limitada pelas circunstâncias actuais, mas que teve honras de livreiro.
Com prefácio de Edite Estrela, sua amiga, e saudações de Xanana Gusmão, líder timorense, e de Jorge Santos, actual presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, o livro de António Rodrigues faz uma viagem pela sua história e pela história dos últimos anos de Torres Novas, duas linhas que inevitavelmente se cruzam e se acompanham.
“É um livro escrito por um torrejano para os torrejanos”, conta o antigo presidente da Câmara Municipal de Torres Novas. Como tal, um livro onde encontramos muito da sua história pessoal desde a infância, da história do Clube Desportivo de Torres Novas, do qual foi dirigente, da câmara a que presidiu durante vinte anos e de todos os amigos que o ajudaram a ser o que é hoje: “É um testemunho que tenho de deixar. Não é um livro de memórias, mas também tem memórias. Não é um livro sobre a câmara, mas também falo dela, pois estive lá vinte anos. Foi um livro que deu muito trabalho a fazer, mas mais trabalho ainda deu a fazer o seu conteúdo”.
Consciente de que somos o que vivemos e de que nos vamos construíndo com as nossas experiências, vivências e até com quem nos rodeia, o livro de António Rodrigues começou por ser uma ode a todos quantos o ajudaram ao longo da sua vida: “O meu livro começou por ser um conjunto de micro-biografias das pessoas que me ajudaram ao longo da minha vida, porque nada se consegue sozinho. Uma coisa começou a puxar a outra”.
A apresentação da obra decorreu no espaço do alfarrabista “D’Outro Tempo”, em Torres Novas, propriedade de Adelino Pires, que deixou a sua apreciação sobre o livro do ex-autarca: “Estamos perante um ensaio auto-biográfico. É a narrativa na primeira pessoa, que se vai cruzando no tempo e no espaço com os outros. As melhores páginas acontecem quando António Rodrigues se retira da narrativa (...). Foge-lhe o pé quando fala dele próprio e emerge quando fala dos outros”.
Histórias e personagens
Gente ligada à autarquia (Pedro Lobo Antunes ou Carlos Tomé, Conceição Almeida ou Manuel Piranga), amigos do futebol (Joaquim Matias Pedro, Joaquim Canais Rocha, José Maria Zuzarte Reis, Joaquim Godinho), da política, da família e amigos (Joaquim Rodrigues Bicho, Rui Hortênsio, Amílcar Fialho, Joaquim Paiva), são alguns dos muitos nomes de pessoas que merecem destaque próprio nas páginas do livro, em jeito de agradecimento e amizade.
Mas o livro tem início com dois capítulos que memorizam a infância e a adolescência do antigo autarca, com bastante informação sobre o bairro de Santo António, o seu movimento antigo cheio de lojas e ofícios, as personagens da época, a presença da feira de Março, a periferia rural da eira do Barrará. Dois capítulos, também com muita informação detalhada, dizem respeito à passagem de Rodrigues pelo Clube Desportivo de Torres Novas, com algumas histórias bem curiosas, e obviamente pela Câmara Municipal, onde o autor descreve em pormenor as vitórias eleitorais e o ciclo das obras autárquicas que marcaram os 20 anos entre 1994 e 2013.
Finalmente, surgem dois capítulos dedicados a Cabo Verde e Timor, com exuberantes descrições das belezas paisagísticas e da realidade humana daqueles países, ponteadas por retratos de personagens que Rodrigues foi encontrando nas deambulações por aqueles territórios.
A fechar, um pequeno capítulo com algumas considerações sobre “o futuro para Torres Novas”, sem qualquer indicação explícita de que o ex-autarca esteja ou não a ponderar o seu regresso à política local.
O lançamento oficial de “A Força do Sentir” ficará para depois quando, estados de calamidade à parte, for possível juntar numa sala todos aqueles que Rodrigues gostaria de ter presentes. Inês Vidal
foto de Luís Miguel Lopes
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