Aldeia de Porto de Mós recebe 500 tocadores de concertina
Cultura » 2019-09-23
Mais de 500 tocadores de concertina são esperados no dia 28 de Setembro na 18.ª edição do Encontro da Barrenta, uma pequena aldeia situada no coração da Serra de Aire, no concelho de Porto de Mós.
Oriundos de todo o país, mas sobretudo do norte, os tocadores "peregrinam" até esta celebração da cultura tradicional e popular, transformando totalmente a aldeia onde vivem apenas 39 habitantes.
O cartaz de promoção do Encontro de Tocadores da Barrenta assinala que serão 400, reflectindo, por baixo, a expectativa dos organizadores. Muitos mais vão passar pelos dois palcos. "Posso garantir que foram 560 no ano passado. Este ano, abaixo disso não será. Todos os anos tem crescido", conta um dos responsáveis da organização.
Ricardo Pereira lembra-se ainda da primeira edição e do cepticismo com que foi recebido o anúncio de que 40 tocadores iam à Barrenta. "Dizia-se que era impossível, que no país não havia 40 concertinas". Mas, logo nesse ano de estreia, em 2001, a curiosidade levou à aldeia "uma avalanche de gente", que nunca mais parou de crescer.
Este ano são esperados muitos milhares de visitantes e mais de meio milhar de músicos, além dos cantadores ao desafio, que surpreendem nas ruas. Para ajudar, há 100 voluntários mobilizados.
"O encontro surgiu da necessidade de criar algo que desse visibilidade à aldeia", recorda Ricardo Pereira. A aposta foi ganha: por um lado, onde quer que se fale de concertinas, o nome da Barrenta vem à baila. Por outro, milhares de pessoas - "quatro mil, cinco mil" - têm a aldeia como destino uma vez por ano. "As pessoas vêm com gosto à festa", sublinha.
Sem par no país, o Encontro de Tocadores combina música, paisagem e gastronomia. "Não há nenhum igual. Há as romarias do Minho, mas aqui é mesmo e só um encontro de concertinas. Lá não. Não nos queremos por num patamar acima de ninguém, mas é o que é. Não dá para negar".
O sucesso não se restringe à fama e ao dia de festa. Três anos após o lançamento do Encontro de Tocadores da Barrenta, nasceu uma escola. "Fomos evoluindo e depois criámos um grupo que já está a actuar", diz o organizador, que é também professor. No Grupo de Concertinas da Barrenta estão 16 elementos - "dez abaixo dos 35 anos" - e a escola tem 60 inscritos e uma extensão à Gracieira, em Óbidos, onde Ricardo ensina outros 30 alunos.
À conta dos ensaios e das aulas, há um movimento semanal na aldeia que não existia antes. "Temos cerca de 70 pessoas que vêm aqui de vários pontos da região". Como muitas aldeias do país, a Barrenta "estava completamente esquecida". "Com os tocadores, conseguiu ganhar visibilidade e, com a ajuda de instituições, como a junta e a câmara, há condições para que quem venha de fora se fixe".
Ricardo Pereira lamenta as restrições do Plano Director Municipal, que "impedem a construção e a fixação de famílias", mas lembra que, mesmo assim, duas já se mudaram para lá, "à procura da tranquilidade e de qualidade de vida".
Hoje, a aldeia tem seis crianças com menos de dez anos, o que não acontecia há muito. "É uma aldeia pequena, mas tem condições e está próxima de tudo". E uma vez por ano ganha uma vida especial. Em 2019 é dia 28 de setembro.
Aldeia de Porto de Mós recebe 500 tocadores de concertina
Cultura » 2019-09-23Mais de 500 tocadores de concertina são esperados no dia 28 de Setembro na 18.ª edição do Encontro da Barrenta, uma pequena aldeia situada no coração da Serra de Aire, no concelho de Porto de Mós.
Oriundos de todo o país, mas sobretudo do norte, os tocadores "peregrinam" até esta celebração da cultura tradicional e popular, transformando totalmente a aldeia onde vivem apenas 39 habitantes.
O cartaz de promoção do Encontro de Tocadores da Barrenta assinala que serão 400, reflectindo, por baixo, a expectativa dos organizadores. Muitos mais vão passar pelos dois palcos. "Posso garantir que foram 560 no ano passado. Este ano, abaixo disso não será. Todos os anos tem crescido", conta um dos responsáveis da organização.
Ricardo Pereira lembra-se ainda da primeira edição e do cepticismo com que foi recebido o anúncio de que 40 tocadores iam à Barrenta. "Dizia-se que era impossível, que no país não havia 40 concertinas". Mas, logo nesse ano de estreia, em 2001, a curiosidade levou à aldeia "uma avalanche de gente", que nunca mais parou de crescer.
Este ano são esperados muitos milhares de visitantes e mais de meio milhar de músicos, além dos cantadores ao desafio, que surpreendem nas ruas. Para ajudar, há 100 voluntários mobilizados.
"O encontro surgiu da necessidade de criar algo que desse visibilidade à aldeia", recorda Ricardo Pereira. A aposta foi ganha: por um lado, onde quer que se fale de concertinas, o nome da Barrenta vem à baila. Por outro, milhares de pessoas - "quatro mil, cinco mil" - têm a aldeia como destino uma vez por ano. "As pessoas vêm com gosto à festa", sublinha.
Sem par no país, o Encontro de Tocadores combina música, paisagem e gastronomia. "Não há nenhum igual. Há as romarias do Minho, mas aqui é mesmo e só um encontro de concertinas. Lá não. Não nos queremos por num patamar acima de ninguém, mas é o que é. Não dá para negar".
O sucesso não se restringe à fama e ao dia de festa. Três anos após o lançamento do Encontro de Tocadores da Barrenta, nasceu uma escola. "Fomos evoluindo e depois criámos um grupo que já está a actuar", diz o organizador, que é também professor. No Grupo de Concertinas da Barrenta estão 16 elementos - "dez abaixo dos 35 anos" - e a escola tem 60 inscritos e uma extensão à Gracieira, em Óbidos, onde Ricardo ensina outros 30 alunos.
À conta dos ensaios e das aulas, há um movimento semanal na aldeia que não existia antes. "Temos cerca de 70 pessoas que vêm aqui de vários pontos da região". Como muitas aldeias do país, a Barrenta "estava completamente esquecida". "Com os tocadores, conseguiu ganhar visibilidade e, com a ajuda de instituições, como a junta e a câmara, há condições para que quem venha de fora se fixe".
Ricardo Pereira lamenta as restrições do Plano Director Municipal, que "impedem a construção e a fixação de famílias", mas lembra que, mesmo assim, duas já se mudaram para lá, "à procura da tranquilidade e de qualidade de vida".
Hoje, a aldeia tem seis crianças com menos de dez anos, o que não acontecia há muito. "É uma aldeia pequena, mas tem condições e está próxima de tudo". E uma vez por ano ganha uma vida especial. Em 2019 é dia 28 de setembro.
Música: “Rocket”, sexta à noite na praça » 2025-07-17 A “Vila Bairro Comercial Digital” é um projecto que visa promover a dinamização do centro histórico de Torres Novas, tornando o comércio local mais competitivo, conectado e digital” – assegura uma nota da autarquia. |
![]() É o regresso do VOLver, programação cultural em rede entre os municípios de Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, um convite à livre participação num vasto programa cultural diversificado, que decorrerá de Julho e Dezembro, em Torres Novas e em Vila Nova da Barquinha. |
![]() O Município de Torres Novas vai promover, hoje e amanhã, um fim de semana aberto em Villa Cardílio. Após a conclusão dos trabalhos de reconstrução do ninfeu e o início de uma nova campanha de escavações arqueológicas, esta será uma rara oportunidade de visitar os mosaicos do peristilo, que não se encontram acessíveis ao público desde 2022, e que estarão excepcionalmente a descoberto durante estes dias. |
![]() João Canuto é o curador e organizador, numa co-produção com Paralelo 39 -Associação de saberes e arte, do Festival Silenzio - Cinema Independente, que se realizará no dia 26 de Julho, no Estúdio Alfa, em Torres Novas, com entrada livre. |
![]() A emblemática Festa da Bênção do Gado regressa em 2026 com data marcada entre 24 de Julho a 3 de Agosto, prometendo ser um reencontro emotivo com as tradições, a fé e a identidade rural da vila de Riachos. |
Palestra sobre arqueologia » 2025-07-11 Sob o mote “Falar à Cerca”, o auditório exterior do Núcleo de Arqueologia do Museu Carlos Reis - Cerca da Vila recebe, no próximo dia 14 de Julho, pelas 18 horas, uma sessão dedicada à temática da Arqueologia. |
![]() No próximo dia 8 de julho, o Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal Carlos Reis - Cerca da Vila comemora o seu 1.º aniversário. Para celebrar esta data, o Município de Torres Novas fará pelas 18 horas a apresentação pública da “visita 360º à Gruta do Almonda”, que ficará disponível na sala da exposição temporária “Arqueologia do Almonda: uma janela sobre meio milhão de anos de história”. |
![]() No emblemático cenário do Convento de Cristo em Tomar, o pintor Sam Abercromby apresenta uma mostra inédita de 100 quadros, numa exposição que se revela uma poderosa viagem visual ao coração do mito português. |
![]() Os museus de Sesimbra, Torres Novas e Soares dos Reis, do Porto, foram os museus que mais distinções obtiveram na sessão anual de entrega de prémios APOM (Associação Portuguesa de Museologia), que se realizou ontem, segunda-feira, em Loulé. |
Poezz, espectáculo de jazz e poesia na Biblioteca » 2025-05-17 No âmbito das comemorações do Dia do Autor Português, a Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes (BMGPL) promove, no dia 22 de Maio, quinta-feira, às 21h30, um espectáculo de jazz e poesia pela voz e interpretação de Pedro Freitas (O Poeta da Cidade) e pelo improviso do saxofone de Kenny Caetano. |
» 2025-07-12
Silenzio, Festival de cinema independente, dia 26 |
» 2025-07-05
Núcleo de Arqueologia - Cerca da Vila assinala um ano |
» 2025-07-12
Hoje e amanhã, fim de semana aberto em Villa Cardílio |
» 2025-07-11
Festa da Bênção do Gado está de volta em 2026 |
» 2025-07-11
Palestra sobre arqueologia |