Ministro da Cultura inaugurou nova Casa Humberto Delgado
Cultura » 2023-10-08
O ministro da Cultura, Adão e Silva, inaugurou no domingo, dia 1 de Outubro, a requalificação da Casa Humberto Delgado, em Boquilobo, Brogueira, após obras de reabilitação do edifício, agora transformado em Centro Humberto Delgado (CHUDE), um Centro de Estudos e Observatório da Liberdade. Antes de seguir para o Boquilobo, Pedro Adão e Silva esteve também na central do Caldeirão, para visitar o núcleo museológico ali instalado e inaugurado no passado dia 1 de Maio.
A cerimónia em Boquilobo foi acompanhada por dois excelentes grupos de músicos do Choral Phydellius, abrindo e fechando os discursos oficiais que estiveram a cargo de Manuel Júnior, presidente da União das Juntas de Freguesia, que proferiu uma breve mas assertiva e inspirada alocução, bem à altura das circunstâncias, do presidente da Câmara, Pedro Ferreira, de Rita Delgado, a única neta-mulher viva do general Humberto Delgado e do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, que fez um brilhante discurso, mostrando que veio a Boquilobo com inquestionável interesse pessoal. Tratou-se de autêntico discurso de Estado, que valorizou indelevelmente a cerimónia. Estiveram presentes vários membros da família, com destaque para a filha do general, Iva Delgado.
O Centro Humberto Delgado - CHUDE aberto no domingo resulta da requalificação da antiga Casa Memorial Humberto Delgado, inaugurada em 1996 pelo Presidente da República de então, Jorge Sampaio. Os edifícios tinham sido adquiridos pelo engenheiro Jorge Oliveira, cerca de 1990, que os ofereceu à junta da Freguesia de Brogueira, a quem de resto pertencem. Nessa altura, a Casa Memorial Humberto Delgado, assim ficou a chamar-se, ficou sob a tutela de uma associação criada para o efeito e sob a direcção da vereadora Manuel Tolda, já o PS era poder maioritário na Câmara.
Mais tarde, na presidência camarária de António Rodrigues, a Casa esteve sob a gestão da Associação do Património de Riachos – Museu Agrícola, até que acabou por encerrar, ficando anos em qualquer actividade. O actual projecto, que veio resgatar a Casa Humberto Delgado de uma situação de abandono por parte de todas (efectivamente todas) as entidades com responsabilidades na situação, foi concebido e desenvolvido pela técnica superior do Município, Margarida Freire Moleiro, que articulou a produção de conteúdos e o estabelecimento de protocolos com instituições ligadas à história contemporânea. O projecto foi financiado no âmbito do PDR2020, inclui a casa onde nasceu Humberto Delgado, uma área de exposições temporárias e uma biblioteca temática dedicada não só à biografia de Humberto Delgado, mas também aos temas da história e da sociedade contemporâneas.
O CHUDE, assegura o Museu Municipal, parte do legado de Humberto Delgado “para se constituir como um espaço de consciencialização cívica e de estímulo ao pensamento crítico, pugnando pelos valores da Liberdade, da Tolerância e da Pluralidade, de divulgação e de memória da resistência à ditadura portuguesa e ainda como centro de estudos, ligado a universidades e a bibliotecas, arquivos e museus de temáticas congéneres”. No âmbito da salvaguarda da memória, o CHUDE, que é agora um núcleo do Museu Municipal de Torres Novas, tem como missão a recolha e divulgação de fontes documentais relacionadas com Humberto Delgado, a oposição ao Estado Novo e o republicanismo, na freguesia e no concelho.
Exposição “Torrejanos da Liberdade”
A exposição inaugural do Centro Humberto Delgado, “Torrejanos da Liberdade”, representa uma homenagem a todas as pessoas que no concelho de Torres Novas, de algum modo, lutaram pela Liberdade, desde os alvores do republicanismo até à resistência à ditadura do Estado Novo. A primeira exposição do CHUDE é também um apelo à construção conjunta de uma memória de resistência. Sabendo-se que se trata de um trabalho em curso, todos os que passam pela exposição são convidados a contribuir com nomes e histórias da resistência. É de referir ainda que para a construção da exposição “Torrejanos da Liberdade” foi essencial recorrer à pesquisa já realizada por João Carlos Lopes, publicada em livro em 2021 (“Comunistas. Uma história do PCP em Torres Novas”), tendo os conteúdos gerais sido da responsabilidade de Gabriel de Oliveira Feitor que, com Margarida Moleiro, coordenou a exposição e o catálogo.
Casa onde nasceu Humberto Delgado
Assim, nesta casa de arquitectura tradicional, onde nasceu Humberto Delgado, cujo projecto de restauro foi da responsabilidade do arquitecto Nuno Santana, estão disponíveis, segundo informação do Museu Municipal de Torres Novas, conteúdos sobre Humberto Delgado (vídeo e áudio), conteúdos sobre a Homenagem realizada a Humberto Delgado, na Brogueira e no Boquilobo, em 22 de setembro de 1976 (vídeo), sobre a arquitetura da casa (parede descoberta para observação das técnicas utilizadas e painéis explicativos), Centro de Documentação/Biblioteca dedicada aos temas da História Contemporânea de Portugal, Humberto Delgado, Oposição e resistência à ditadura portuguesa, um mupi interativo com conteúdos (em português) sobre Humberto Delgado, Republicanismo (Torres Novas), Biografias breves de presos políticos torrejanos (a partir da exposição “Torrejanos da Liberdade”), Observatório da Liberdade (em construção).
O CHUDE - Centro Humberto Delgado está aberto ao público, nos seguintes horários: de terça a domingo, Outubro a Março, 9h-13h/14h-17h; Abril a Setembro, 10h-13h/14h-18h.
Ministro da Cultura inaugurou nova Casa Humberto Delgado
Cultura » 2023-10-08O ministro da Cultura, Adão e Silva, inaugurou no domingo, dia 1 de Outubro, a requalificação da Casa Humberto Delgado, em Boquilobo, Brogueira, após obras de reabilitação do edifício, agora transformado em Centro Humberto Delgado (CHUDE), um Centro de Estudos e Observatório da Liberdade. Antes de seguir para o Boquilobo, Pedro Adão e Silva esteve também na central do Caldeirão, para visitar o núcleo museológico ali instalado e inaugurado no passado dia 1 de Maio.
A cerimónia em Boquilobo foi acompanhada por dois excelentes grupos de músicos do Choral Phydellius, abrindo e fechando os discursos oficiais que estiveram a cargo de Manuel Júnior, presidente da União das Juntas de Freguesia, que proferiu uma breve mas assertiva e inspirada alocução, bem à altura das circunstâncias, do presidente da Câmara, Pedro Ferreira, de Rita Delgado, a única neta-mulher viva do general Humberto Delgado e do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, que fez um brilhante discurso, mostrando que veio a Boquilobo com inquestionável interesse pessoal. Tratou-se de autêntico discurso de Estado, que valorizou indelevelmente a cerimónia. Estiveram presentes vários membros da família, com destaque para a filha do general, Iva Delgado.
O Centro Humberto Delgado - CHUDE aberto no domingo resulta da requalificação da antiga Casa Memorial Humberto Delgado, inaugurada em 1996 pelo Presidente da República de então, Jorge Sampaio. Os edifícios tinham sido adquiridos pelo engenheiro Jorge Oliveira, cerca de 1990, que os ofereceu à junta da Freguesia de Brogueira, a quem de resto pertencem. Nessa altura, a Casa Memorial Humberto Delgado, assim ficou a chamar-se, ficou sob a tutela de uma associação criada para o efeito e sob a direcção da vereadora Manuel Tolda, já o PS era poder maioritário na Câmara.
Mais tarde, na presidência camarária de António Rodrigues, a Casa esteve sob a gestão da Associação do Património de Riachos – Museu Agrícola, até que acabou por encerrar, ficando anos em qualquer actividade. O actual projecto, que veio resgatar a Casa Humberto Delgado de uma situação de abandono por parte de todas (efectivamente todas) as entidades com responsabilidades na situação, foi concebido e desenvolvido pela técnica superior do Município, Margarida Freire Moleiro, que articulou a produção de conteúdos e o estabelecimento de protocolos com instituições ligadas à história contemporânea. O projecto foi financiado no âmbito do PDR2020, inclui a casa onde nasceu Humberto Delgado, uma área de exposições temporárias e uma biblioteca temática dedicada não só à biografia de Humberto Delgado, mas também aos temas da história e da sociedade contemporâneas.
O CHUDE, assegura o Museu Municipal, parte do legado de Humberto Delgado “para se constituir como um espaço de consciencialização cívica e de estímulo ao pensamento crítico, pugnando pelos valores da Liberdade, da Tolerância e da Pluralidade, de divulgação e de memória da resistência à ditadura portuguesa e ainda como centro de estudos, ligado a universidades e a bibliotecas, arquivos e museus de temáticas congéneres”. No âmbito da salvaguarda da memória, o CHUDE, que é agora um núcleo do Museu Municipal de Torres Novas, tem como missão a recolha e divulgação de fontes documentais relacionadas com Humberto Delgado, a oposição ao Estado Novo e o republicanismo, na freguesia e no concelho.
Exposição “Torrejanos da Liberdade”
A exposição inaugural do Centro Humberto Delgado, “Torrejanos da Liberdade”, representa uma homenagem a todas as pessoas que no concelho de Torres Novas, de algum modo, lutaram pela Liberdade, desde os alvores do republicanismo até à resistência à ditadura do Estado Novo. A primeira exposição do CHUDE é também um apelo à construção conjunta de uma memória de resistência. Sabendo-se que se trata de um trabalho em curso, todos os que passam pela exposição são convidados a contribuir com nomes e histórias da resistência. É de referir ainda que para a construção da exposição “Torrejanos da Liberdade” foi essencial recorrer à pesquisa já realizada por João Carlos Lopes, publicada em livro em 2021 (“Comunistas. Uma história do PCP em Torres Novas”), tendo os conteúdos gerais sido da responsabilidade de Gabriel de Oliveira Feitor que, com Margarida Moleiro, coordenou a exposição e o catálogo.
Casa onde nasceu Humberto Delgado
Assim, nesta casa de arquitectura tradicional, onde nasceu Humberto Delgado, cujo projecto de restauro foi da responsabilidade do arquitecto Nuno Santana, estão disponíveis, segundo informação do Museu Municipal de Torres Novas, conteúdos sobre Humberto Delgado (vídeo e áudio), conteúdos sobre a Homenagem realizada a Humberto Delgado, na Brogueira e no Boquilobo, em 22 de setembro de 1976 (vídeo), sobre a arquitetura da casa (parede descoberta para observação das técnicas utilizadas e painéis explicativos), Centro de Documentação/Biblioteca dedicada aos temas da História Contemporânea de Portugal, Humberto Delgado, Oposição e resistência à ditadura portuguesa, um mupi interativo com conteúdos (em português) sobre Humberto Delgado, Republicanismo (Torres Novas), Biografias breves de presos políticos torrejanos (a partir da exposição “Torrejanos da Liberdade”), Observatório da Liberdade (em construção).
O CHUDE - Centro Humberto Delgado está aberto ao público, nos seguintes horários: de terça a domingo, Outubro a Março, 9h-13h/14h-17h; Abril a Setembro, 10h-13h/14h-18h.
![]() Edita-se este ano o n.º 36 da “Nova Augusta”, revista de cultura do Município de Torres Novas. A sessão de lançamento será realizada na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, no próximo dia 28 de Dezembro, pelas 15h30. |
![]() No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o CHUDE – Centro Humberto Delgado vai receber, no dia 15 de Dezembro, a partir das 15h30, a apresentação do livro «Semeador de Palavras - Entrevistas a José Afonso», da autoria da Associação José Afonso. |
![]() “Caminho Livre”, assim se intitula o livro que vai ser apresentado dia 8 de Dezembro, pelas 16 horas, no auditório municipal, sito na biblioteca, da autoria de José Trincão Marques. A publicação reúne uma vasta colectânea de artigos publicados pelo autor na imprensa local sobretudo a partir de meados dos anos 90 do século passado, mas integra igualmente textos de intervenção política, sempre com o ambiente como tema, em fóruns como a assembleia municipal de Torres Novas, de que o autor é presidente. |
![]() O escritor Manuel Fernandes Vicente apresenta no próximo domingo, no feriado do Primeiro de Dezembro, pelas 16 horas, no Cineteatro São João do Entroncamento, o seu primeiro livro de contos – Contos de um Futuro Antigo – uma obra com o selo das Edições Vieira da Silva. |
![]() Carlota Marques, natural da freguesia de Chancelaria, vai publicar brevemente o seu primeiro livro, intitulado “A natureza e o jardineiro da vida”. Os escritos estavam guardados desde 2014 e foram o resultado de uma reflexão e superação de um dramático acontecimento da sua vida pessoal pelo que, dizer que se trata de um romance, será redutor. |
![]() José Pedro Maia, Pedro Olaia na arte das letras, é residente em Lisboa, mas os seus pais e quase toda a sua família são naturais do concelho de Torres Novas, freguesia de Olaia, aldeia de Árgea. O seu avô paterno, falecido já no distante ano de 1974, combateu na Flandres durante a Grande Guerra, com o posto de sargento (miliciano) e foi condecorado com a medalha de Cruz de Guerra. |
![]() A vinda de uma comitiva timorense a Portugal para contactos bilaterais com a administração portuguesa foi o pretexto para António Rodrigues apresentar, também em Torres Novas, o seu livro “Que modelo de municipalismo para Timor Leste?” em sessão que decorreu ontem, terça-feira, no auditório municipal. |
![]() A programação do Teatro Virgínia até ao final do ano inclui música, dança, teatro, cinema e stand up comedy. Afonso Padilha, Ricardo Ribeiro, Luana do Bem, Elmano Sancho, Tim, Teatro Nacional de São Carlos, bem como diversos espectáculos no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, integram a agenda de Setembro a Dezembro. |
![]() É uma novidade da programação do festival Bons Sons deste ano: o festival vai nesta 12.ª edição celebrar os 50 anos do 25 de Abril com a apresentação do espectáculo "Quis Saber Quem Sou", uma produção artística que, segundo a organização, “se situa entre um concerto e uma peça de teatro e faz uma homenagem às canções da revolução e ao cancioneiro de teor político e de protesto dos séculos XX e XXI”. |
![]() As “Festas do Almonda”, que assinalam anualmente a elevação de Torres Novas à condição de cidade, estão de regresso aos jardins da Fontinha (e não ao “jardim das Rosas”, como erradamente se anuncia), entre 28 a 30 de junho e de 4 a 8 julho de 2024. |