Bons Sons: festival mais português de Portugal não defraudou expectativas
Cultura » 2016-08-16
Foi com um Jorge Palma a fazer lembrar os tempos de Palma`s Gang que se chegou ao fim de mais um festival Bons Sons, que decorreu em Cem Soldos de 12 a 15 de Agosto, pela sexta vez. A edição deste ano ficou marcada pela celebração dos 10 anos do festival de aldeia que, recorde-se, surgiu em 2006.
Foi acompanhado por quatro músicos, um dos quais o seu filho Vicente Palma, nas teclas, que Palma surgiu em palco, começando por manifestar a sua satisfação por estar no “tão famoso Bons Sons”.
“Até quem fim”, desabafou para logo dar continuidade ao seu espectáculo, com “Dormia tão sossegada”. No alinhamento escolhido para este concerto, Palma não deixou (nem o poderia fazer) de tocar e cantar os seus mais emblemáticos temas, alguns dos quais verdadeiros hinos da música nacional.
Foram exemplo disso canções como “Frágil”, “Bairro do Amor”, Agente vai continuar”, “Jeremias o fora da lei” ou “Portugal, Portugal”.
Os temas foram quase todos tocados em conjunto com a banda, com a energia suficiente para contagiarem o público da última fila, registando-se poucos momentos de solidão, de Palma e o seu piano. Mas também aconteceu.
Não esteve particularmente comunicativo com o púbico, nem é isso que se pede a um músico, mas foi introduzindo pequenas graçolas. Disse, por exemplo, que esperava que não lhe acontecesse o mesmo que a Sérgio Godinho que, em 2015, caiu desamparado naquele mesmo palco, baptizado de “Lopes Graça”, durante a sua actuação e dedicou uma canção aos bombeiros portugueses. Qual? “Dá-me lume”, está-se mesmo a ver.
A voz de Palma poderá já não ser a de outros tempos, houve momentos em que se sumia mesmo, mas aquele que é um dos melhores letristas e compositores da música portuguesa de sempre está bem vivo e recomenda-se.
Pelo Bons passaram meia centena de projectos musicais, uns mais maturados e outros ainda a ganhar calo. Os Deolinda, de Ana Bacalhau, regressram a Cem Soldos 10 anos depois de por lá terem passado, muito mais experientes e completos, Cristina Branco mostrou o seu fado puro e duro e Carminho, que adoptou o fado mais contemporâneo, deu um espectáculo fantástico. Com uma presença forte, que encheu o palco, Carminho também cantou à capela e, como fazia na casa de fados da sua mãe, cantou ao natural, sem amplificação, na voz e nos instrumentos. Durante breves instantes o público não fez barulho e a voz de Carminho soou pelo largo da aldeia.
A ideia, afinal, resultou. Foram quatro dias de festival, com 50 bandas a atraírem 32 mil visitantes, segundo a organização. Os estilos musicais foram diversos, desde o fado à música tradicional, do rock ao country e hip-hop e do indie à electrónica, afro-beat ou kitch.
Conceito poder ser replicado em Espanha
O conceito comunitário do festival Bons Sons pode, sabe-se agora, vir a ser replicado em Espanha, nomeadamente na Galiza. A notícia tem sido adiantada por diversos órgãos de comunicação social que referem que uma animadora cultural espanhola, Sílvia Villar, pretende replicar os Bons Sons em pequenas aldeias onde desenvolve a sua actividade profissional.
Bons em números
50 concertos memoráveis
204 músicos
20 actuações espontâneas no Palco Garagem (do público)
32.000 visitantes
400 voluntários
Bons Sons: festival mais português de Portugal não defraudou expectativas
Cultura » 2016-08-16Foi com um Jorge Palma a fazer lembrar os tempos de Palma`s Gang que se chegou ao fim de mais um festival Bons Sons, que decorreu em Cem Soldos de 12 a 15 de Agosto, pela sexta vez. A edição deste ano ficou marcada pela celebração dos 10 anos do festival de aldeia que, recorde-se, surgiu em 2006.
Foi acompanhado por quatro músicos, um dos quais o seu filho Vicente Palma, nas teclas, que Palma surgiu em palco, começando por manifestar a sua satisfação por estar no “tão famoso Bons Sons”.
“Até quem fim”, desabafou para logo dar continuidade ao seu espectáculo, com “Dormia tão sossegada”. No alinhamento escolhido para este concerto, Palma não deixou (nem o poderia fazer) de tocar e cantar os seus mais emblemáticos temas, alguns dos quais verdadeiros hinos da música nacional.
Foram exemplo disso canções como “Frágil”, “Bairro do Amor”, Agente vai continuar”, “Jeremias o fora da lei” ou “Portugal, Portugal”.
Os temas foram quase todos tocados em conjunto com a banda, com a energia suficiente para contagiarem o público da última fila, registando-se poucos momentos de solidão, de Palma e o seu piano. Mas também aconteceu.
Não esteve particularmente comunicativo com o púbico, nem é isso que se pede a um músico, mas foi introduzindo pequenas graçolas. Disse, por exemplo, que esperava que não lhe acontecesse o mesmo que a Sérgio Godinho que, em 2015, caiu desamparado naquele mesmo palco, baptizado de “Lopes Graça”, durante a sua actuação e dedicou uma canção aos bombeiros portugueses. Qual? “Dá-me lume”, está-se mesmo a ver.
A voz de Palma poderá já não ser a de outros tempos, houve momentos em que se sumia mesmo, mas aquele que é um dos melhores letristas e compositores da música portuguesa de sempre está bem vivo e recomenda-se.
Pelo Bons passaram meia centena de projectos musicais, uns mais maturados e outros ainda a ganhar calo. Os Deolinda, de Ana Bacalhau, regressram a Cem Soldos 10 anos depois de por lá terem passado, muito mais experientes e completos, Cristina Branco mostrou o seu fado puro e duro e Carminho, que adoptou o fado mais contemporâneo, deu um espectáculo fantástico. Com uma presença forte, que encheu o palco, Carminho também cantou à capela e, como fazia na casa de fados da sua mãe, cantou ao natural, sem amplificação, na voz e nos instrumentos. Durante breves instantes o público não fez barulho e a voz de Carminho soou pelo largo da aldeia.
A ideia, afinal, resultou. Foram quatro dias de festival, com 50 bandas a atraírem 32 mil visitantes, segundo a organização. Os estilos musicais foram diversos, desde o fado à música tradicional, do rock ao country e hip-hop e do indie à electrónica, afro-beat ou kitch.
Conceito poder ser replicado em Espanha
O conceito comunitário do festival Bons Sons pode, sabe-se agora, vir a ser replicado em Espanha, nomeadamente na Galiza. A notícia tem sido adiantada por diversos órgãos de comunicação social que referem que uma animadora cultural espanhola, Sílvia Villar, pretende replicar os Bons Sons em pequenas aldeias onde desenvolve a sua actividade profissional.
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Música: “Rocket”, sexta à noite na praça » 2025-07-17 A “Vila Bairro Comercial Digital” é um projecto que visa promover a dinamização do centro histórico de Torres Novas, tornando o comércio local mais competitivo, conectado e digital” – assegura uma nota da autarquia. |
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Poezz, espectáculo de jazz e poesia na Biblioteca » 2025-05-17 No âmbito das comemorações do Dia do Autor Português, a Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes (BMGPL) promove, no dia 22 de Maio, quinta-feira, às 21h30, um espectáculo de jazz e poesia pela voz e interpretação de Pedro Freitas (O Poeta da Cidade) e pelo improviso do saxofone de Kenny Caetano. |
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