"Contos de um Futuro Antigo": novo livro de Manuel Fernandes Vicente apresentado este domingo no Entroncamento
Cultura » 2024-11-26
O escritor Manuel Fernandes Vicente apresenta no próximo domingo, no feriado do Primeiro de Dezembro, pelas 16 horas, no Cineteatro São João do Entroncamento, o seu primeiro livro de contos – Contos de um Futuro Antigo – uma obra com o selo das Edições Vieira da Silva. O livro contém 75 narrativas, a maioria delas breves histórias entre o realismo mais urbano e moderno, contos com origem em lendas tradicionais de vários partes do mundo para chegarem ao futuro, estórias de um realismo mágico ou puras narrativas de ficção tecnológica e futurista alicerçadas nas mais arcaicas e bisonhas marcas e convicções do ser humano. E é nesta diversidade e contraste de narrativas ⎼ a maioria narrativas breves e focadas ⎼ que o livro acaba por obter a sua própria coesão e unidade. Todos os contos, e para lá da história que sugerem, contam ainda com desenhos de 18 artistas convidados, amigos e colegas do autor, uns amadores puros e talentosos, outros profissionais reconhecidos e afirmados na área da ilustração e do desenho que, com as suas interpretações subjetivas e gráficas, estilisticamente muito diferentes entre si, em muito enriquecem o livro.
“Na correnteza dos contos vão desfilando amores e ódios, generosidades e avarezas, opulências e misérias, porque de tudo isto são feitas a alma humana e as relações entre as pessoas. E com frequência, como é próprio do conto, que também com esse propósito foi inventado, Manuel Vicente deixa entrever uma mensagem, uma conclusão a retirar da história, uma lição de moral como ensinamento para a vida”, escreve, no prefácio, o historiador António Matias Coelho, que será também um dos apresentadores da obra no próximo domingo. Da análise de uma das histórias acrescenta António Matias Coelho: “N’A Mineralogista, diz o bisavô à pequena Nadir que a verdadeira riqueza é ‘aquilo que nós podemos desfrutar com os sentidos, e as experiências que nos oferecem, abrem a nossa mente, e isso é uma coisa que nunca se gasta’. Segundo o ancião, também o conhecimento e a sabedoria se podem infinitamente multiplicar, se se fizerem mais e mais perguntas, mas isso implica ‘humildade, desapego, bondade, meditação e muitas provas´”. E conclui o historiador: “Para além de nos permitir sonhar, o conto, quando bem contado, pode também pôr-nos a pensar e a refletir sobre nós, sobre a vida, sobre o mundo”.
Nos contos, que o autor faz decorrer tanto no Ribatejo, como nas Beiras, no Alentejo, em Trás-os-Montes, em Espanha, na América Latina, nos Estados Unidos, na Rússia, no remoto Japão ou em países e ilhas apenas imaginados para poderem dar um abrigo e um ambiente adequado às suas narrativas, os seus personagens, que são sobretudo pessoas como nós (mas também enigmáticos robots que dão que pensar) fazem-nos pensar em nós próprios. Talvez sejam os nossos próprios alter egos. Com as nossas grandezas e misérias, os nossos altruísmos, mas também egoísmos. Como em nós, há neles ouro e pechisbeque, e também como em nós há neles o Antigo (que nos marca indelevelmente com o primitivo) e o Futuro, que gostaríamos de, conscientemente, tornar melhor, mas parece estar preso a muitas âncoras jurássicas. São assim, com as suas ironias, e um humor por vezes apenas suposto e alguma sátira, os contos de Manuel Fernandes Vicente.
Dividido por capítulos autónomos, como Alquimias, Andantes e Andarilhos, Distopias, Proscritos e Robots e Tecnologias, Contos de um Futuro Antigo apresenta episódios mais realistas ou fictícios, como “O Meteorologista”, “O lápis mágico”, “O tempero de La Bamba”, “O Ritual”, “Marcelete falsete, já não és major!” ou “A abominável história do corcunda Gargana”, onde a ironia e a excentricidade coabitam com a surpresa e a proximidade dos personagens da ficção.
Manuel Fernandes Vicente é raiano, nasceu em Castelo Branco, estudou em Coimbra e vive no Entroncamento, onde foi professor de Matemática e de Ciências Físico-Químicas durante cerca de quatro décadas, correspondente nacional do jornal Público e colaborador do jornal musical Blitz. Continua a sonhar em viver algumas temporadas em San Francisco, algures nos Andes em Katmandu, e até talvez ainda numas águas furtadas de Paris para, apesar dos preços, poder por fim cumprir umas vontades idealizadas, mas adiadas. Colabora atualmente na revista Abarca e no Entroncamentoonline. Neste livro, o seu oitavo, apostou na ficção e na liberdade de escrita proporcionada pelo conto, que deseja que não seja uma lavandaria de ideologias e ismos, mas mostra também a sua aversão inata ao politicamente correto, previsível ou conveniente.
"Contos de um Futuro Antigo": novo livro de Manuel Fernandes Vicente apresentado este domingo no Entroncamento
Cultura » 2024-11-26O escritor Manuel Fernandes Vicente apresenta no próximo domingo, no feriado do Primeiro de Dezembro, pelas 16 horas, no Cineteatro São João do Entroncamento, o seu primeiro livro de contos – Contos de um Futuro Antigo – uma obra com o selo das Edições Vieira da Silva. O livro contém 75 narrativas, a maioria delas breves histórias entre o realismo mais urbano e moderno, contos com origem em lendas tradicionais de vários partes do mundo para chegarem ao futuro, estórias de um realismo mágico ou puras narrativas de ficção tecnológica e futurista alicerçadas nas mais arcaicas e bisonhas marcas e convicções do ser humano. E é nesta diversidade e contraste de narrativas ⎼ a maioria narrativas breves e focadas ⎼ que o livro acaba por obter a sua própria coesão e unidade. Todos os contos, e para lá da história que sugerem, contam ainda com desenhos de 18 artistas convidados, amigos e colegas do autor, uns amadores puros e talentosos, outros profissionais reconhecidos e afirmados na área da ilustração e do desenho que, com as suas interpretações subjetivas e gráficas, estilisticamente muito diferentes entre si, em muito enriquecem o livro.
“Na correnteza dos contos vão desfilando amores e ódios, generosidades e avarezas, opulências e misérias, porque de tudo isto são feitas a alma humana e as relações entre as pessoas. E com frequência, como é próprio do conto, que também com esse propósito foi inventado, Manuel Vicente deixa entrever uma mensagem, uma conclusão a retirar da história, uma lição de moral como ensinamento para a vida”, escreve, no prefácio, o historiador António Matias Coelho, que será também um dos apresentadores da obra no próximo domingo. Da análise de uma das histórias acrescenta António Matias Coelho: “N’A Mineralogista, diz o bisavô à pequena Nadir que a verdadeira riqueza é ‘aquilo que nós podemos desfrutar com os sentidos, e as experiências que nos oferecem, abrem a nossa mente, e isso é uma coisa que nunca se gasta’. Segundo o ancião, também o conhecimento e a sabedoria se podem infinitamente multiplicar, se se fizerem mais e mais perguntas, mas isso implica ‘humildade, desapego, bondade, meditação e muitas provas´”. E conclui o historiador: “Para além de nos permitir sonhar, o conto, quando bem contado, pode também pôr-nos a pensar e a refletir sobre nós, sobre a vida, sobre o mundo”.
Nos contos, que o autor faz decorrer tanto no Ribatejo, como nas Beiras, no Alentejo, em Trás-os-Montes, em Espanha, na América Latina, nos Estados Unidos, na Rússia, no remoto Japão ou em países e ilhas apenas imaginados para poderem dar um abrigo e um ambiente adequado às suas narrativas, os seus personagens, que são sobretudo pessoas como nós (mas também enigmáticos robots que dão que pensar) fazem-nos pensar em nós próprios. Talvez sejam os nossos próprios alter egos. Com as nossas grandezas e misérias, os nossos altruísmos, mas também egoísmos. Como em nós, há neles ouro e pechisbeque, e também como em nós há neles o Antigo (que nos marca indelevelmente com o primitivo) e o Futuro, que gostaríamos de, conscientemente, tornar melhor, mas parece estar preso a muitas âncoras jurássicas. São assim, com as suas ironias, e um humor por vezes apenas suposto e alguma sátira, os contos de Manuel Fernandes Vicente.
Dividido por capítulos autónomos, como Alquimias, Andantes e Andarilhos, Distopias, Proscritos e Robots e Tecnologias, Contos de um Futuro Antigo apresenta episódios mais realistas ou fictícios, como “O Meteorologista”, “O lápis mágico”, “O tempero de La Bamba”, “O Ritual”, “Marcelete falsete, já não és major!” ou “A abominável história do corcunda Gargana”, onde a ironia e a excentricidade coabitam com a surpresa e a proximidade dos personagens da ficção.
Manuel Fernandes Vicente é raiano, nasceu em Castelo Branco, estudou em Coimbra e vive no Entroncamento, onde foi professor de Matemática e de Ciências Físico-Químicas durante cerca de quatro décadas, correspondente nacional do jornal Público e colaborador do jornal musical Blitz. Continua a sonhar em viver algumas temporadas em San Francisco, algures nos Andes em Katmandu, e até talvez ainda numas águas furtadas de Paris para, apesar dos preços, poder por fim cumprir umas vontades idealizadas, mas adiadas. Colabora atualmente na revista Abarca e no Entroncamentoonline. Neste livro, o seu oitavo, apostou na ficção e na liberdade de escrita proporcionada pelo conto, que deseja que não seja uma lavandaria de ideologias e ismos, mas mostra também a sua aversão inata ao politicamente correto, previsível ou conveniente.
Música: “Rocket”, sexta à noite na praça » 2025-07-17 A “Vila Bairro Comercial Digital” é um projecto que visa promover a dinamização do centro histórico de Torres Novas, tornando o comércio local mais competitivo, conectado e digital” – assegura uma nota da autarquia. |
![]() É o regresso do VOLver, programação cultural em rede entre os municípios de Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, um convite à livre participação num vasto programa cultural diversificado, que decorrerá de Julho e Dezembro, em Torres Novas e em Vila Nova da Barquinha. |
![]() O Município de Torres Novas vai promover, hoje e amanhã, um fim de semana aberto em Villa Cardílio. Após a conclusão dos trabalhos de reconstrução do ninfeu e o início de uma nova campanha de escavações arqueológicas, esta será uma rara oportunidade de visitar os mosaicos do peristilo, que não se encontram acessíveis ao público desde 2022, e que estarão excepcionalmente a descoberto durante estes dias. |
![]() João Canuto é o curador e organizador, numa co-produção com Paralelo 39 -Associação de saberes e arte, do Festival Silenzio - Cinema Independente, que se realizará no dia 26 de Julho, no Estúdio Alfa, em Torres Novas, com entrada livre. |
![]() A emblemática Festa da Bênção do Gado regressa em 2026 com data marcada entre 24 de Julho a 3 de Agosto, prometendo ser um reencontro emotivo com as tradições, a fé e a identidade rural da vila de Riachos. |
Palestra sobre arqueologia » 2025-07-11 Sob o mote “Falar à Cerca”, o auditório exterior do Núcleo de Arqueologia do Museu Carlos Reis - Cerca da Vila recebe, no próximo dia 14 de Julho, pelas 18 horas, uma sessão dedicada à temática da Arqueologia. |
![]() No próximo dia 8 de julho, o Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal Carlos Reis - Cerca da Vila comemora o seu 1.º aniversário. Para celebrar esta data, o Município de Torres Novas fará pelas 18 horas a apresentação pública da “visita 360º à Gruta do Almonda”, que ficará disponível na sala da exposição temporária “Arqueologia do Almonda: uma janela sobre meio milhão de anos de história”. |
![]() No emblemático cenário do Convento de Cristo em Tomar, o pintor Sam Abercromby apresenta uma mostra inédita de 100 quadros, numa exposição que se revela uma poderosa viagem visual ao coração do mito português. |
![]() Os museus de Sesimbra, Torres Novas e Soares dos Reis, do Porto, foram os museus que mais distinções obtiveram na sessão anual de entrega de prémios APOM (Associação Portuguesa de Museologia), que se realizou ontem, segunda-feira, em Loulé. |
Poezz, espectáculo de jazz e poesia na Biblioteca » 2025-05-17 No âmbito das comemorações do Dia do Autor Português, a Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes (BMGPL) promove, no dia 22 de Maio, quinta-feira, às 21h30, um espectáculo de jazz e poesia pela voz e interpretação de Pedro Freitas (O Poeta da Cidade) e pelo improviso do saxofone de Kenny Caetano. |
» 2025-07-12
Silenzio, Festival de cinema independente, dia 26 |
» 2025-07-05
Núcleo de Arqueologia - Cerca da Vila assinala um ano |
» 2025-07-12
Hoje e amanhã, fim de semana aberto em Villa Cardílio |
» 2025-07-11
Festa da Bênção do Gado está de volta em 2026 |
» 2025-07-11
Palestra sobre arqueologia |