Bons Sons: uma aldeia que é um festival!
Cultura » 2019-08-25
Há um passo gigante que separa uma ideia da sua concretização. Sonhar é fácil e move o mundo, mas daí à sua colocação em prática vai um passo importante: o acreditar. Para que a ideia que um grupo de jovens de Cem Soldos teve há 13 anos - uma ideia à partida impossível de concretizar – vingasse, foi preciso que houvesse confiança e auto-estima suficientes para acreditar nela. E alguém teve. E o resultado está à vista. Treze anos, dez edições de um festival que tem o seu lugar mais do que garantido no mapa dos melhores festivais de música do país. Mas, se me permitem a audácia e a comparação, para muito melhor.
Talvez seja bairrismo de vizinhança, ou a opinião de quem o tem visto crescer. A verdade é que o Festival Bons Sons, que anualmente leva milhares à aldeia de Cem Soldos, concelho de Tomar, está cada vez melhor e não se pode comparar a nenhum outro. A música é exclusivamente portuguesa, o cartaz de excelência, o cenário único, o público educado e respeitador e o festival, uma organização comunitária com preocupações ambientais e sociais no topo das prioridades, assumidamente integrador, onde há lugar para todos nós.
O cenário continua, no meu parco entender, a ser o ponto forte deste festival que fez das ruas palcos. Ouvir Maria João e os Budda Power Blues na praça central da aldeia, entre árvores, casas e bancos de jardim com tantas histórias para contar; perceber como se conjugam bem as notas de Noiserv e dos First Breath After Coma ou ver de perto João Peste e os seus Pop del Arte, no palco destapado sob o céu estrelado de Cem Soldos - um anfiteatro natural que proporciona uma moldura humana de cortar a respiração; ouvir fado à porta da Igreja ou percorrer as ruas e ruelas da aldeia, entre portas e janelas com vida, nada tem de comparável a qualquer outro festival de verão. Há vida no palco de Cem Soldos, uma vida que nos faz sentir em casa, que nos faz querer cuidar também nós daquele espaço, e uma vida que continua para lá destes dias e que nos faz querer voltar.
Dez edições vividas e é evidente que o Bons Sons não poderia acontecer noutro local. Só faz sentido ali, na aldeia, naquela aldeia. Um casamento perfeito - onde o festival é a comunidade e a aldeia é já ela própria o festival - que esperemos que dure muito mais do que apenas outros treze anos. Inês Vidal
Bons Sons: uma aldeia que é um festival!
Cultura » 2019-08-25Há um passo gigante que separa uma ideia da sua concretização. Sonhar é fácil e move o mundo, mas daí à sua colocação em prática vai um passo importante: o acreditar. Para que a ideia que um grupo de jovens de Cem Soldos teve há 13 anos - uma ideia à partida impossível de concretizar – vingasse, foi preciso que houvesse confiança e auto-estima suficientes para acreditar nela. E alguém teve. E o resultado está à vista. Treze anos, dez edições de um festival que tem o seu lugar mais do que garantido no mapa dos melhores festivais de música do país. Mas, se me permitem a audácia e a comparação, para muito melhor.
Talvez seja bairrismo de vizinhança, ou a opinião de quem o tem visto crescer. A verdade é que o Festival Bons Sons, que anualmente leva milhares à aldeia de Cem Soldos, concelho de Tomar, está cada vez melhor e não se pode comparar a nenhum outro. A música é exclusivamente portuguesa, o cartaz de excelência, o cenário único, o público educado e respeitador e o festival, uma organização comunitária com preocupações ambientais e sociais no topo das prioridades, assumidamente integrador, onde há lugar para todos nós.
O cenário continua, no meu parco entender, a ser o ponto forte deste festival que fez das ruas palcos. Ouvir Maria João e os Budda Power Blues na praça central da aldeia, entre árvores, casas e bancos de jardim com tantas histórias para contar; perceber como se conjugam bem as notas de Noiserv e dos First Breath After Coma ou ver de perto João Peste e os seus Pop del Arte, no palco destapado sob o céu estrelado de Cem Soldos - um anfiteatro natural que proporciona uma moldura humana de cortar a respiração; ouvir fado à porta da Igreja ou percorrer as ruas e ruelas da aldeia, entre portas e janelas com vida, nada tem de comparável a qualquer outro festival de verão. Há vida no palco de Cem Soldos, uma vida que nos faz sentir em casa, que nos faz querer cuidar também nós daquele espaço, e uma vida que continua para lá destes dias e que nos faz querer voltar.
Dez edições vividas e é evidente que o Bons Sons não poderia acontecer noutro local. Só faz sentido ali, na aldeia, naquela aldeia. Um casamento perfeito - onde o festival é a comunidade e a aldeia é já ela própria o festival - que esperemos que dure muito mais do que apenas outros treze anos. Inês Vidal
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