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Pista de Alqueidão recebe prova do campeonato do mundo de sidecarcross

Desporto  »  2023-03-23 

“Gostava que passem por cá umas cinco ou seis mil pessoas”, João Pereira, da SRA

O World Sidecarcross Championship (WSC) está de volta a Portugal trinta anos depois da última passagem da competição por cá. A Federação Internacional de Motociclismo e o promotor do campeonato escolheram um dos mais conceituados crossódromos nacionais – o circuito de Alqueidão, no sopé da serra de Aire e Candeeiros, no concelho de Torres Novas, para esta que é uma das 14 etapas mundiais.

O WSC contará com a presença de 30 equipas e será realizado neste circuito de grande tradição em simultâneo com o Campeonato Nacional de Motocross onde estarão presentes os melhores pilotos portugueses de MX1 e MX2, naquele que se espera ser um dos maiores eventos do desporto motorizado a realizar em Portugal este ano.

A prova terá lugar nos dia 1 e 2 de Abril sendo o circuito composto por 14 provas. Começa no fim-de-semana 25 e 26 em Talavera (província de Toledo) Espanha, seguindo-se a etapa de Alqueidão. O campeonato do mundial de Sidecarcross só termina no dia 30 de Setembro, em França, e até lá percorre vários países da Europa como a República Checa, Holanda, Estónia, Polónia, Bégica, Alemanha, Irlanda e Inglaterra.

Os bilhetes custam 20 euros se comprados antecipadamente e dão acesso aos dois dias de prova, não havendo lugar a passes diários. As crianças até aos 11 anos não pagam desde que acompanhadas por adultos com ingresso. A compra dos ingressos no local custa 25 euros.

Em entrevista ao Jornal Torrejano, João Pereira, o rosto mais visível da Sociedade Recreativa Alqueidoense, deixa alguns apontamentos sobre este espectáculo do desporto motorizado.   

 Entrevista a João Pereira, dirigente da Sociedade Recreativa Alqueidoense

Como foi possível resgatar novamente uma prova destas para a pista do Alqueidão mais de 30 anos depois?
A ideia já vinha sendo pensada antes da pandemia, em 2019. Tinha havido uma conversa com Rodrigo Castro, director das provas mundiais de sidecar, quando estas eram ainda organizadas pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). Mas, entretanto, houve alterações, passando a organização das provas para um promotor que nos propôs realizar uma das etapas em Alqueidão, em 2021.

Entramos em contacto com algumas empresas e entidades oficiais mas surgiu a pandemia. O que estava a ser preparado ficou sem efeito. No ano passado voltou a falar-se dessa hipótese, voltamos a reunir-nos com algumas entidades e empresas para ver de apoios e, numa viagem que fiz à Alemanha, encontrei-me com o promotor para perceber ao certo que condições eram necessárias, orçamentos e tudo isso.

E percebeste a SRA não iria ter dificuldade em meter-se na organização da prova do campeonato do mundo de sidecarcross.
Sim, é viável... de outra forma não o fazíamos. Sabemos que são necessárias ajudas e patrocínios para fazer face aos custos.

E como é que se explica que tenha havido este intervalo de 30 anos. Alguma coisa não correu bem em 1992?
O sidecarcross é um desporto sobretudo europeu e, tirando uma equipa australiana, todas as outras são do centro, norte e leste da Europa. E a Federação tem estado apostada em manter as provas junto dos países que têm equipas participantes, por questões logísticas.

Acontece que a guerra na Ucrânia levou o promotor a tirar a prova daquele país - uma das provas do mundial era realizado em Bucha onde houve o massacre -, e optaram por trazer duas provas para a Península Ibérica, também na tentativa de captar novos públicos, pilotos, equipas e patrocinadores.

E é precisamente em Espanha e Portugal que decorrem as duas primeiras provas.
Sim, concentraram as duas primeiras provas em Espanha e Portugal para depois a caravana seguir para França e o resto da Europa. E não andar a cima e a baixo.

Mas alguma coisa correu menos bem na prova de 1992?
Não tenho muito bem a noção, eu tinha 14 anos. Mas pelo que se ouve falar houve um patrocinador grande que falhou.

E que memórias tens desse evento?
Eu já era bandeirinha e era engraçado. As provas do final dos anos 80 e essa de 1992 trouxeram à cidade um grande dinamismo, sem dúvida. Lembro-me que os cafés estavam cheios e foi uma festa autêntica.

Quando se pensa uma organização desta natureza tem de se pensar se há estrutura para alojar toda a gente.
E há. Tentamos primeiro os hotéis em Torres Novas, até porque são os hotéis do nosso concelho, mas ambos estavam quase esgotados. Tivemos de nos virar para Fátima. Em termos de oferta e acessibilidade acaba por ser muito melhor. É para lá que estamos a indicar até porque Fátima fica muito perto de Alqueidão, estamos a 15 minutos.

Quem são e quantas pessoas se voluntariam a ajudar a SRA nas diversas tarefas?
Normalmente temos cerca de 150 pessoas a trabalhar connosco nos dias das provas. Nesta, em particular, serão ainda mais. Não são apenas amigos da nossa terra mas cada vez mais vêm outras pessoas: colegas do nosso tempo de escola, pessoal dos motoclubes... vem muita gente de fora ajudar-nos.

Sem a colaboração destas pessoas seria possível pôr de pé uma organização destas?
Dificilmente. Lembro-me que quando era mais pequeno, e já colaborava como voluntário nas provas de motocross, todos nós íamos almoçar a casa. Mas quando a nossa direcção chegou à SRA quisemos oferecer aos colaboradores, pelos menos, comida e bebida. É um dia cansativo para todos e é importante garantirmos as refeições ao longo do dia. Se não fosse assim, dificilmente teríamos pessoal disponível e seríamos obrigados a pagar como acontece em alguns lados, sobretudo lá fora.

E têm algum tipo de formação?
Nesta altura contamos com pessoas que já nos ajudaram e que têm experiência. O trabalho foi até bastante reconhecido pela Federação, que faz sempre uma avaliação das provas. Neste caso vamos fazer um briefing na sexta-feira, dia 31 e Março. O responsável pelos comissários de pista será alguém designado pela FIM.

O desporto motorizado evoluiu e nestes 30 anos houve necessariamente mudanças. A prova deste ano vai ser muito diferente das outras que por cá passaram?
Provavelmente há 30 anos as provas não eram tão espectaculares. Os saltos não eram da mesma forma, as motas eram mais pesadas e menos rápidas e isso fez com que houvesse um aumento dos níveis de protecção. Mas a envolvência, não tem nada a ver. O público, o speaker, a publicidade, as miúdas na grelha de partida, bancas com venda de produtos... faz tudo parte do espectáculo. Tudo isto chama pessoas. Além do mais hoje permite-se que as pessoas se possam aproximar dos pilotos no final das provas, para um autógrafo, uma fotografia. É um dos momentos do espectáculo também.

E a pista também não é a mesma, foi crescendo e melhorando.
A pista cresceu muito, melhorou radicalmente à custa de muito trabalho. O nosso conhecimento também aumentou e fez com que se tivessem criado zonas de salto mais espectaculares, a zona técnica melhorou. De prova para prova vamos tentando corrigir o que deve ser corrigido. Por exemplo melhoramos as waves que estavam muito fundas, tivemos de as encher. Neste desporto nunca conseguimos agradar a todos mas o importante é ir melhorando de forma a dar mais espectáculo bem como criar zonas de boa visibilidade para o público poder assistir e em segurança.

Há um promotor que organiza a prova mediante as regras da federação internacional. Qual é exactamente o papel da SRA?
O papel da Sociedade é organizar. A Federação dá apoio jurídico e administrativo no pedido de apoio ao IPDJ. Mas a organização é à nossa conta.

E a direcção da prova cabe à própria SRA.
Sim, vou ser o director da prova porque achamos que o director deve ser alguém do clube organizador. Falo por experiência própria, já fui director de prova noutras pistas e é diferente quando conhecemos o nosso pessoal. Estamos mais à vontade para tomar uma decisão, por exemplo. Temos  pessoas credenciadas e assim não temos de recorrer a pessoas de fora.

Mas a FIM tem também um representante na direcção de corrida. Quem manda mais?
Como costumo dizer é a Sociedade que organiza e faz mas a FIM manda em nós. O director de corrida da FIM vai ser um espanhol, que nos deu a formação da superlicença FIM. É uma pessoa acessível e acho que não vai haver problemas. Já nos conhece e tem confiança. Mas a última palavra é dele, sem dúvida.

Que apoios a SRA conseguiu reunir?
Temos o apoio do município, fizemos uma candidatura ao IPDJ mas o apoio financeiro só chegará depois de realizada a prova. E temos algumas empresas que nos ajudam.

Qual é o orçamento de uma organização destas?
Estará entre os 80 e 110 mil euros, já contando com alguns investimentos. Só em prémios serão gastos cerca de 30 mil euros.

Apesar da experiência que têm, à medida que a data do evento se aproxima há algum nervoso miudinho que cresce?
Esta organização não tem nada a ver com as outras mas a responsabilidade é sempre a mesma, seja regional, ou nacional. Habistuas-te a um tipo de organização e depois não queres baixar o nível. Às vezes até somos mal interpretados por exemplo nas provas regionais. Quando fazemos um regional tentamos manter o mesmo nível do nacional e muitas vezes acham que devíamos facilitar em alguns aspectos, mas não é esse o nosso entendimento. As caravanas deverão chegar uns dias antes e como tal teremos de ter as coisas preparadas atempadamente. É mais trabalhoso...

Quanto ao público, quais são as expectativas?
Gostava que passem por cá, no sábado e no domingo, umas cinco ou seis mil pessoas.

Vão ser dois dias intensos sendo o sábado reservado exclusivamente ao sidecar.
Sim, o maior dia de sidecar vai ser no sábado. A partir das 10 horas com treinos divididos em duas mangas. Serão dois treinos treinos livres com 15 participantes cada, treinos cronometrados também com dois grupos de 15 e há ainda as qualificações. No domingo haverá um warm up e as corridas, e ainda o nacional de motocross.

Condições atmosféricas: quais seriam as mais favoráveis?
Um dia com uns 19 ou 20 graus seria o ideal para o conforto de toda a gente, inclusivamente para os que estão a trabalhar. Já tivemos dias com muito calor, em Outubro, e foi muito cansativo. No ano passado também foi duro. O calor excessivo é saturante.

 

 

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