AC ALCANENENSE: Wilson Soares, Pedro Gil (74’ Bruno Braz), Wilson Paulo, Luanderson (55’ Paulo Jorge), Peu, Filipe Faia, Elton, Kelvin, Wemerson, Turé (74’ Alfredo), Cláudio. Gol Cláudio (55’). Amarelos: Peu (20’), Wemerson (26’), Luanderson (42’), Pedro Gil (43’), Cláudio (52’), Wilson Paulo (88’), Elton (91’). Treinador: José Torcato.

UD LEIRIA: Vítor Braga, Jorge Neves, Alexey (45’ André Perre), Ricardo Cardoso, Pedro Emanuel (82’ André Sousa), Nélson Sousa, Luís Oliveira, Hélio Vaz (62’ Miguel Miguel), Filipe Brigues, Laranjeiro, Fábio Coça. Golos: Fábio Coça (1’), Pedro Emanuel (46’). Amarelos: Miguel Miguel (70’), Pedro Emanuel (78’), Vítor Braga (81’), Jorge Neves (87’). Treinador: Rui Rodrigues.

Quando ainda só estavam decorridos 25 segundos de jogo, uma defesa incompleta do guarda-redes Alcanenense deixou a bola à mercê de Coça, do U. Leiria, que não hesitou e, na recarga, abriu o marcador. Melhor entrada era impossível para a equipa de Leiria, mas a reacção dos locais fez-se sentir e aos 6 minutos Wemerson chegou a introduzir a bola na baliza do adversário e o juiz de linha assinalou fora-de-jogo.

O Alcanenense não desistia de chegar ao empate, criando oportunidades de golo, como aconteceu com Turé, aos 26 minutos, que apenas chegou atrasado a um cruzamento de Cláudio. O U. Leiria procurou consolidar a diferença e aos 40 minutos, através de um cabeceamento de Pedro Emanuel, poderia ter conseguido alcançar esse objectivo. Assim como minutos antes foi Hélio Vaz, isolado, a deixar a bola perto do poste da baliza alcanenense.

Esse objectivo concretizou-se no primeiro minuto da segunda parte, quase seguindo o exemplo da primeira, Pedro Emanuel fez o segundo golo da turma do Lis. Neste bom início de segunda parte o União, através de um livre directo marcado por Laranjeiro, aos 49 minutos, obrigou Wilson Soares a fazer a defesa da tarde. Pouco tempo depois os leirienses, num lance confuso na grande área do Alcanenense, reivindicam um penalti, mas o árbitro Jorge Faustino mandou jogar.

O Alcanenense tem a sua esperança de virar o jogo aos 55 minutos, quando Wemerson, num grande passe desmarca Cláudio que, frente a Victor Braga, não desperdiçou a oportunidade de reduzir. O Alcanenense mantém a sua determinação de virar o jogo e o treinador, José Torcato, toma a decisão de arriscar nesse sentido e, aos 74 minutos, coloca em campo dois avançados, Alfredo e Bruno Braz, no sentido de reforçar a sua linha atacante.

Aos 80 minutos, num canto, a bola fica a saltitar na grande área do Leiria, e Elton, num remate espontâneo falhou a oportunidade de empate. Aos 81 minutos a barreira leiriense reage com eficácia a um livre indirecto dentro da área, na sequência de uma falta feita pelo guarda-redes leiriense, Victor Braga, que agarrara a bola com a mão num atraso.

Na fase final o Alcanenense procurou, com insistência, chegar ao empate, não tendo, contudo, concretizado esse objectivo. Boa partida de futebol em Alcanena, valorizada também pela boa presença de público. Jogo bem jogado pelas duas equipas num relvado rápido, por culpa da chuva que se fez sentir ao longo do jogo.

Treinadores

José Torcato, Alcanenense – É difícil digerir uma derrota destas pois fomos a equipa que mais fez para ganhar o jogo. É difícil ganhar, quando se sofre dois golos da maneira que sofremos. Depois dos golos sofridos lutámos muito e agora temos de continuar a trabalhar e a rectificar os erros.

Rui Rodrigues, União de Leiria – A entrada forte da nossa equipa, que na primeira jogada fez um golo, permitiu-nos controlar as operações na primeira parte, perante um Alcanena com o seu valor. Eles poderiam ter marcado mas com o 2-0 tudo parecia controlado. Deixámo-nos surpreender numa transição rápida em que o Alcanenense fez o 1-2. Vitória justa e tenho a noção que, provavelmente, mais ninguém vai ganhar neste estádio.

Francisco Henriques

Duelo dos ‘migueis’ despertou curiosidade

Já tinham jogado juntos num jogo oficial ao serviço da mesma equipa (Alcanenense) e, três anos depois, voltaram a encontrar-se, mas como adversários. Paz Miguel, de 42 anos, constava da ficha de jogo do Alcanenense e Miguel Miguel, de 19, na do Leiria, num encontro do CNS. Miguel Miguel entrou no jogo, na segunda parte (e podia ter feito um golo) com o pai, Paz Miguel, no banco de suplentes, de onde não tem saído devido a uma pubalgia. A curiosidade não passou despercebida aos órgãos de comunicação social nacional, que deram conta desse facto, quer a imprensa escrita quer a imprensa audiovisual. Hélia Miguel, mulher e mãe dos atletas, sofreu na bancada e desejou que a vitória pendesse para o lado da equipa onde joga… o filho. O que aconteceu.