CDTN: 96.º aniversário em tempo de paragem a caminho do centenário
Desporto » 2021-01-19
Na passagem do seu 96.º aniversário, o Clube Desportivo de Torres Novas passa por um dos seus momentos mais difíceis, não por motivos de ordem interna mas pelas incidências da pandemia nas competições desportivas, que são a sua razão de ser.
Com o campeonato distrital mais uma vez parado, e desta vez sem uma data prevista para a retoma da competição, o CDTN atravessava neste momento uma boa fase: depois de um começo difícil, em que se arrastaram durante algumas jornadas pela cauda da tabela, os “amarelos” empreenderam uma reviravolta, foram somando vitórias e estavam agora num lugar favorável ao assalto ao topo da classificação, tentando a melhor classificação possível numa prova que parecia ter já um vencedor muito provável.
A paragem do campeonato vem dificultar a vida de clubes como o CDTN, ao prolongar ainda mais um já vasto período sem contacto com os sócios e sem possibilidade de os mesmos poderem assistir aos jogos da equipa, aliando-se o facto de as imposições sanitárias impedirem qualquer outra actividade social à colectividade.
Agremiação desportiva mais antiga do concelho, o Clube Desportivo de Torres Novas foi fundado em 19 de Janeiro de 1925, então com o nome de Torres Novas Foot Ball Club, unindo energias dispersas de vários clubes populares que anteriormente existiram na vila, casos do Operário Torrejano e do União FC Torrejano.
Cedo os “vermelhos”, ligados a sectores do republicanismo local (de resto tinham a sua sede numa sala do edifício do Centro Republicano de Torres Novas) se agigantaram no futebol distrital, tendo sido a primeira equipa não de Santarém a vencer o campeonato distrital, em 1927/28, facto que só voltou acontecer em 1937, como GD Matrena e em 1941, pelo UFCI Tomar.
Em 1934, o aluguer do campo do Almonda Parque à Escola Prática de Cavalaria deixou o TNFC sem campo. Naquele tempo, não ter campo era sinónimo de deixar de jogar oficialmente, até porque no concelho não havia mais nenhum. Tentou-se tudo, incluindo o aluguer de terrenos, voltou a pensar-se no Rossio (que tinha sido campo de jogos em tempos mais recuados), mas nada foi possível. O TNFC continuou a realizar jogos particulares em campos de outros clubes, até 1940, quando se tentou o ressurgimento do clube, que na verdade nunca fez qualquer assembleia geral a deliberar a sua extinção.
Mas viviam-se difíceis tempos de guerra e só em 1945, com o conflito mundial a caminhar para o fim, voltou a falar-se no ressurgimento do clube. Arregimentaram-se sócios, a maioria deles do TNFC, como é natural, e uma certa elite militar local tomou conta do processo. A pretexto da necessidade de novos estatutos, que o regime agora impunha, mudaram o nome ao clube e conseguiram manobrar uma assembleia, que maioritariamente desejava manter as cores do TNFC, como ficou escrito, a vergar-se perante as “explicações” dos responsáveis.
Dizem os anais que, depois do brilhante convencimento, os “vermelhos” renitentes já eram poucos no final da assembleia, numa narrativa da história em que os vencedores, detentores do poder absoluto, a escreveram ao seu jeito numa clara usurpação do património desportivo do clube. Mas, na verdade, os sócios e adeptos do TNFC, mais simplesmente do “Torres Novas”, que só havia um, saíram daquela assembleia com a certeza de que tinham sido enganados. Um “conflito” que durou até 1948, quando a diplomacia clubística reuniu a família desavinda numa jornada de apaziguamento.
Entretanto, em assembleia geral convocada para o efeito e realizada em 2006, os sócios do Torres Novas, atendendo aos argumentos de natureza histórica então relevados, deliberaram considerar a história do TNFC como parte integrante da agremiação refundada em 1945, assumindo que o Torres Novas que hoje existe é o mesmo que foi fundado em 19 de Janeiro de 1925, vertendo essa deliberação para os actuais estatutos do clube. Na mesma assembleia, os sócios também aprovaram por unanimidade o equipamento alternativo do clube (camisola encarnada e calção preto), de acordo com as cores iniciais do clube.
Depois de ter passado um logo período sem corpos sociais eleitos (durante mais de uma década sucederam-se várias comissões administrativas até 2019), o clube tem desde então uma direcção encabeçada por Céu Ramos e eleita pelos associados em 17 de Junho de 2019, com mandato até Junho deste ano de 2021. Actualmente, a colectividade pratica as modalidades de futebol e patinagem artística, estando o basquetebol a cargo do CDTN-OAB, um organismo autónomo da família CDTN.
CDTN: 96.º aniversário em tempo de paragem a caminho do centenário
Desporto » 2021-01-19Na passagem do seu 96.º aniversário, o Clube Desportivo de Torres Novas passa por um dos seus momentos mais difíceis, não por motivos de ordem interna mas pelas incidências da pandemia nas competições desportivas, que são a sua razão de ser.
Com o campeonato distrital mais uma vez parado, e desta vez sem uma data prevista para a retoma da competição, o CDTN atravessava neste momento uma boa fase: depois de um começo difícil, em que se arrastaram durante algumas jornadas pela cauda da tabela, os “amarelos” empreenderam uma reviravolta, foram somando vitórias e estavam agora num lugar favorável ao assalto ao topo da classificação, tentando a melhor classificação possível numa prova que parecia ter já um vencedor muito provável.
A paragem do campeonato vem dificultar a vida de clubes como o CDTN, ao prolongar ainda mais um já vasto período sem contacto com os sócios e sem possibilidade de os mesmos poderem assistir aos jogos da equipa, aliando-se o facto de as imposições sanitárias impedirem qualquer outra actividade social à colectividade.
Agremiação desportiva mais antiga do concelho, o Clube Desportivo de Torres Novas foi fundado em 19 de Janeiro de 1925, então com o nome de Torres Novas Foot Ball Club, unindo energias dispersas de vários clubes populares que anteriormente existiram na vila, casos do Operário Torrejano e do União FC Torrejano.
Cedo os “vermelhos”, ligados a sectores do republicanismo local (de resto tinham a sua sede numa sala do edifício do Centro Republicano de Torres Novas) se agigantaram no futebol distrital, tendo sido a primeira equipa não de Santarém a vencer o campeonato distrital, em 1927/28, facto que só voltou acontecer em 1937, como GD Matrena e em 1941, pelo UFCI Tomar.
Em 1934, o aluguer do campo do Almonda Parque à Escola Prática de Cavalaria deixou o TNFC sem campo. Naquele tempo, não ter campo era sinónimo de deixar de jogar oficialmente, até porque no concelho não havia mais nenhum. Tentou-se tudo, incluindo o aluguer de terrenos, voltou a pensar-se no Rossio (que tinha sido campo de jogos em tempos mais recuados), mas nada foi possível. O TNFC continuou a realizar jogos particulares em campos de outros clubes, até 1940, quando se tentou o ressurgimento do clube, que na verdade nunca fez qualquer assembleia geral a deliberar a sua extinção.
Mas viviam-se difíceis tempos de guerra e só em 1945, com o conflito mundial a caminhar para o fim, voltou a falar-se no ressurgimento do clube. Arregimentaram-se sócios, a maioria deles do TNFC, como é natural, e uma certa elite militar local tomou conta do processo. A pretexto da necessidade de novos estatutos, que o regime agora impunha, mudaram o nome ao clube e conseguiram manobrar uma assembleia, que maioritariamente desejava manter as cores do TNFC, como ficou escrito, a vergar-se perante as “explicações” dos responsáveis.
Dizem os anais que, depois do brilhante convencimento, os “vermelhos” renitentes já eram poucos no final da assembleia, numa narrativa da história em que os vencedores, detentores do poder absoluto, a escreveram ao seu jeito numa clara usurpação do património desportivo do clube. Mas, na verdade, os sócios e adeptos do TNFC, mais simplesmente do “Torres Novas”, que só havia um, saíram daquela assembleia com a certeza de que tinham sido enganados. Um “conflito” que durou até 1948, quando a diplomacia clubística reuniu a família desavinda numa jornada de apaziguamento.
Entretanto, em assembleia geral convocada para o efeito e realizada em 2006, os sócios do Torres Novas, atendendo aos argumentos de natureza histórica então relevados, deliberaram considerar a história do TNFC como parte integrante da agremiação refundada em 1945, assumindo que o Torres Novas que hoje existe é o mesmo que foi fundado em 19 de Janeiro de 1925, vertendo essa deliberação para os actuais estatutos do clube. Na mesma assembleia, os sócios também aprovaram por unanimidade o equipamento alternativo do clube (camisola encarnada e calção preto), de acordo com as cores iniciais do clube.
Depois de ter passado um logo período sem corpos sociais eleitos (durante mais de uma década sucederam-se várias comissões administrativas até 2019), o clube tem desde então uma direcção encabeçada por Céu Ramos e eleita pelos associados em 17 de Junho de 2019, com mandato até Junho deste ano de 2021. Actualmente, a colectividade pratica as modalidades de futebol e patinagem artística, estando o basquetebol a cargo do CDTN-OAB, um organismo autónomo da família CDTN.
![]() Depois de um campeonato quase imaculado, com um record de pontos (85 em 90 possíveis) e o título de campeão distrital de futebol da AFS no bolso, o Sport Club Ferreira do Zêzere rejeitou a participação no Campeonato de Portugal. |
![]() Em comunicado de imprensa, a secção de Patinagem Artística do CDTN assegura que, apesar dos inúmeros pedidos enviados por email e das reuniões realizadas com representantes da autarquia, vice-presidente e dirigentes do desporto, “continua a não existir qualquer resposta prática ou resolução para o problema que, há mais de cinco anos, afecta atletas, treinadores e famílias envolvidas nesta modalidade” e que “a falta de estrutura adequada compromete não só o desenvolvimento desportivo dos jovens praticantes, como também o futuro da modalidade em Torres Novas”. |
![]() O Desportivo de Torres Novas saiu hoje goleado do campo Lopo de Carvalho, em Ferreira do Zêzere, por 5-0, numa das mais pesadas derrotas dos últimos tempos. Na primeira parte as duas equipas equivaleram-se e o resultado de 1-0 a favor dos locais não escondia esse equilíbrio. |
![]() A equipa de Infantis da Casa do Benfica na Golegã sagrou-se, no passado fim-de-semana, campeã distrital de futsal da Associação de Futebol de Santarém. A conquista foi alcançada após a vitória frente à equipa local de Ferreira do Zêzere, garantindo matematicamente o título a duas jornadas do fim da fase final. |
![]() Joaquim Martinho foi eleito, no dia 28 de fevereiro, presidente da Associação de Futebol de Santarém, sucedendo a Francisco Jerónimo, que desde final de 2011 liderava a AF Santarém. O projeto "Missão e Proximidade" (Lista A), reuniu 145 votos. |
![]() Realizou-se, ontem à noite, no CNEMA, Santarém, a grande Gala comemorativa do Centenário da Associação de Futebol de Santarém, fundada justamente em 19 de Novembro de 1924 por cinco clubes de futebol da capital do distrito, entre eles os históricos Os Leões e a União Operária, mais tarde fundidos para dar lugar à União de Santarém. |
![]() O Alcanenense bateu o Atlético Riachense no campo Coronel Mário Cunha por 1-2 e segue em frente na Taça do Ribatejo. A vitória foi muito saborosa para a formação alcanenense já que teve de virar o marcador, conseguindo-o quando o jogo estava prestes a seguir para as grandes penalidades. |
![]() O campo de jogos Coronel Mário Cunha, em Riachos, foi palco de uma homenagem prestada pelo clube da casa ao Clube Desportivo de Torres Novas (CDTN) no ano do seu centenário - salientando-se que nem sempre o CDTN foi CDTN, começando por ser Torres Novas Futeball Club, em 1925. |
![]() Ricardo Batista, atleta do Clube de Natação de Torres Novas, acaba de concretizar uma excelente prestação nas Olimpíadas de Paris, averbando o 6.º lugar na prova de trialtlo. Prevista para ontem, a prova acabou por realizar-se na manhã de hoje, dia 31, e competindo com os melhores atletas do mundo, o triatleta torrejano conseguiu uma das melhores classificações portuguesas atá agora nestas Olimpíadas, onde, para já, os resultados têm sido decepcionantes. |
![]() Conforme o JT noticiou, no dia 8 de Junho realizou-se o almoço comemorativo do 67.º aniversário do “Tufeiras Futebol Clube”. Cumprindo a tradição, a comemoração do 67º Aniversário do “Tufeiras Futebol Clube” iniciou-se no largo das Tufeiras, bairro que em 1957 via nascer este emblemático clube de Torres Novas. |
» 2025-06-13
Futebol: Ferreira não quer subir, imbróglio à vista |