Cristina Tomé reafirma: “Na Renova a precaridade é total e despedimentos assumem processos intimidatórios”
Sociedade » 2022-08-01
Na reunião da assembleia municipal de Torres Novas do passado dia 27 de Julho, a eleita pela CDU Cristina Tomé reafirmou o que dissera há cerca de um mês e meio sobre a política de despedimentos da Renova.
Nessa reunião, a militante do PCP afirmara que “já desde há algum tempo que a Renova não contrata ninguém, aliás despede, utilizando formas muito pouco claras para o efeito”, denunciando que a empresa recorre a empresas de trabalho temporário para contratar trabalhadores.
“A estratégia da Renova é a de não ter trabalhadores a seu cargo, mas sim aproveitar apenas o fruto do trabalho, sem assumir qualquer responsabilidade, de trabalhadores sujeitos a uma precariedade atroz”, dizia ainda Cristina Tomé.
Agora, na reunião de 27 de Julho, o pretexto para Cristina Tomé voltar a falar do assunto foi o mail enviado pela empresa ao presidente da assembleia municipal, José Trincão Marques, a defender-se das declarações proferidas em Junho por Cristina Tomé, missiva essa que foi entendida como uma forma de pressão sobre a própria assembleia municipal, já que aquele órgão iria apreciar uma recomendação à Câmara Municipal para que se entendesse com a empresa com vista à retirada da vedação colocada à volta da barragem e para que a autarquia procedesse ao arranjo da estrada pública do Moinho da Fonte que vai até perto da nascente do rio Almonda.
Na sua carta enviada ao presidente da assembleia municipal, e que este divulgou por todos os membros da mesma, a Renova apresentava dados sobre a contratação de trabalhadores nos últimos anos e, não especificando se as contratações são feitas com vínculo jurídico-laboral à empresa ou se são contratações a empresas fornecedoras de mão-de-obra, afirma que tinha no final de 2018, 2019, 2020 e 2021, em todas as empresas do grupo em Portugal, respectivamente 656, 662, 669 e 672 empregados, sem especificar os dados relativos à fábrica de papel do Almonda adiantando que também, nos últimos 4 anos, em 2018, 2019, 2020 e 2021, para reforço do quadro e para compensar saídas e reformas em todas essas empresas, foram admitidas, respectivamente, 74, 78, 47, e 72 pessoas.
Diz a Renova que “presentemente existem, apenas, três empregados com contrato a termo”, e que “nos últimos 17 anos a Renova procedeu a um único despedimento, este na sequência de um processo disciplinar, aliás legitimado em tribunal, decorrente de assédio denunciado por colegas”.
Sobre as circunstâncias o envio do mail, pela empresa, Cristina Tomé diz que “nunca em 48 anos de democracia houve uma tomada de posição de qualquer empresa ou entidade privada motivada por uma intervenção política num órgão do poder local democrático como é a Assembleia Municipal. Isto é inédito nos anais das nossas autarquias”, e pretendia, considera a eleita da CDU, exercer pressão para que a posição dos membros da assembleia se modificasse.
Sobre a questão relativa aos trabalhadores, Cristina Tomé reafirmou que a política da empresa sediada na Zibreira “traduz-se na contratação de outras empresas exteriores, sendo estas que contratam os trabalhadores. A precariedade é total”, e que a Renova “é cada vez mais uma empresa que se afirma como uma empregadora por intermédio de outras empresas fazendo assim o que quer no que toca às relações de trabalho”.
Os despedimentos, “que actualmente assumem a designação eufemística de rescisões por mútuo acordo são conseguidos após processos intimidatórios que colocam os trabalhadores entre a espada e a parede”, remata a dirigente sindical.
[Na foto, o edifício construído pela empresa em cima do leito do rio Almonda em 1971, caso único no país]
Cristina Tomé reafirma: “Na Renova a precaridade é total e despedimentos assumem processos intimidatórios”
Sociedade » 2022-08-01Na reunião da assembleia municipal de Torres Novas do passado dia 27 de Julho, a eleita pela CDU Cristina Tomé reafirmou o que dissera há cerca de um mês e meio sobre a política de despedimentos da Renova.
Nessa reunião, a militante do PCP afirmara que “já desde há algum tempo que a Renova não contrata ninguém, aliás despede, utilizando formas muito pouco claras para o efeito”, denunciando que a empresa recorre a empresas de trabalho temporário para contratar trabalhadores.
“A estratégia da Renova é a de não ter trabalhadores a seu cargo, mas sim aproveitar apenas o fruto do trabalho, sem assumir qualquer responsabilidade, de trabalhadores sujeitos a uma precariedade atroz”, dizia ainda Cristina Tomé.
Agora, na reunião de 27 de Julho, o pretexto para Cristina Tomé voltar a falar do assunto foi o mail enviado pela empresa ao presidente da assembleia municipal, José Trincão Marques, a defender-se das declarações proferidas em Junho por Cristina Tomé, missiva essa que foi entendida como uma forma de pressão sobre a própria assembleia municipal, já que aquele órgão iria apreciar uma recomendação à Câmara Municipal para que se entendesse com a empresa com vista à retirada da vedação colocada à volta da barragem e para que a autarquia procedesse ao arranjo da estrada pública do Moinho da Fonte que vai até perto da nascente do rio Almonda.
Na sua carta enviada ao presidente da assembleia municipal, e que este divulgou por todos os membros da mesma, a Renova apresentava dados sobre a contratação de trabalhadores nos últimos anos e, não especificando se as contratações são feitas com vínculo jurídico-laboral à empresa ou se são contratações a empresas fornecedoras de mão-de-obra, afirma que tinha no final de 2018, 2019, 2020 e 2021, em todas as empresas do grupo em Portugal, respectivamente 656, 662, 669 e 672 empregados, sem especificar os dados relativos à fábrica de papel do Almonda adiantando que também, nos últimos 4 anos, em 2018, 2019, 2020 e 2021, para reforço do quadro e para compensar saídas e reformas em todas essas empresas, foram admitidas, respectivamente, 74, 78, 47, e 72 pessoas.
Diz a Renova que “presentemente existem, apenas, três empregados com contrato a termo”, e que “nos últimos 17 anos a Renova procedeu a um único despedimento, este na sequência de um processo disciplinar, aliás legitimado em tribunal, decorrente de assédio denunciado por colegas”.
Sobre as circunstâncias o envio do mail, pela empresa, Cristina Tomé diz que “nunca em 48 anos de democracia houve uma tomada de posição de qualquer empresa ou entidade privada motivada por uma intervenção política num órgão do poder local democrático como é a Assembleia Municipal. Isto é inédito nos anais das nossas autarquias”, e pretendia, considera a eleita da CDU, exercer pressão para que a posição dos membros da assembleia se modificasse.
Sobre a questão relativa aos trabalhadores, Cristina Tomé reafirmou que a política da empresa sediada na Zibreira “traduz-se na contratação de outras empresas exteriores, sendo estas que contratam os trabalhadores. A precariedade é total”, e que a Renova “é cada vez mais uma empresa que se afirma como uma empregadora por intermédio de outras empresas fazendo assim o que quer no que toca às relações de trabalho”.
Os despedimentos, “que actualmente assumem a designação eufemística de rescisões por mútuo acordo são conseguidos após processos intimidatórios que colocam os trabalhadores entre a espada e a parede”, remata a dirigente sindical.
[Na foto, o edifício construído pela empresa em cima do leito do rio Almonda em 1971, caso único no país]
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