Hospital: regressam rumores sobre a saída da Pediatria para Abrantes
Sociedade » 2020-06-14
A gradual desqualificação do Hospital Rainha Santa Isabel (HRSI), de Torres Novas, volta a estar na ordem do dia e agora com um assunto que será determinante para a sua continuidade enquanto unidade hospitalar do CHMT a par das unidades de Abrantes e Tomar: a saída da urgência da Pediatria, a jóia da coroa do HRSI, de Torres Novas para Abrantes.
O assunto já roda nas chamadas redes sociais e o “diz que diz” é muitas vezes inimigo da realidade, mas quando o histórico e prestigiado antigo director da Pediatria de Torres Novas lança publicamente o aviso, é sinal de que alguma coisa se está a mover: “A Pediatria em Torres Novas só sobreviverá se tiver apoio de especialidades importantes como a anestesiologia e a ginecologia/ obstetrícia. É altura, como tem acontecido em Tomar e Abrantes, de os torrejanos serem mais bairristas no bom sentido da palavra. A única forma de valorizar esta unidade é criar o pólo materno-infantil com uma importante zona de influência. Não tenhamos dúvidas”. Foi desta forma que Aníbal Teixeira, pessoa algo reservada e que não fala por falar, se referiu à possibilidade da saída da Pediatria do CHMT de Torres Novas para o hospital de Abrantes.
É uma verdade que, a continuarem as coisas como estão, a maternidade em Abrantes não tem futuro. Os alarmes soaram com os dados demográficos e estatísticos conhecidos ultimamente, que ditam um acentuado decréscimo da população no concelho de Abrantes e limítrofes, e números de natalidade que ficam aquém dos de Torres Novas/Entroncamento/Alcanena. Em Torres Novas nascem mais bebés, e verificou-se que, com a estadia temporária da maternidade em Torres Novas, o número de partos da maternidade terá sido superior aos verificados quando ela se encontra em Abrantes. É um dado público que no mês de Abril realizaram-se em Torres Novas cerca de 70 partos a mais do que em Abrantes no mês homólogo do anopassado. Algumas mulheres que optariam por Leiria ou mesmo Coimbra, como acontece vulgarmente, neste contexto parecem ter escolhido ter os filhos em Torres Novas, enquanto aqui esteve a unidade de partos.
Neste cenário, e tendo em conta travar a crescente irrelevância da unidade de partos em Abrantes (a partir de um certo número de partos não pode funcionar), a estratégia será densificar os sectores médicos de apoio à maternidade, mantendo ou aumentando as especialidades associadas. A mudança da urgência pediátrica, de Torres Novas para Abrantes, seria uma manobra indispensável. Nesse sentido, terá sido pedido, por um director de serviços do CHMT, de Abrantes, um parecer à Ordem dos Médicos no sentido de esta agremiação se pronunciar sobre se existem condições para a manutenção da Pediatria no Hospital de Torres Novas. Ora, um parecer desta natureza e neste contexto, não é pedido só para passar o tempo.
HRSI: o parente pobre do CHMT
A verdade é que o Hospital Rainha Santa Isabel, de Torres Novas, parece arredado das decisões estratégicas que visam reforçar as unidades de Abrantes e Tomar. Em Torres Novas, nem para a tinta há dinheiro, mas isso seria irrelevante ao pé de outros sinais. Ainda há poucos meses o hospital de Tomar foi presenteado com um aparelho de TAC. Assim, só o hospital de Torres Novas não possui essa tecnologia, o que motivou uma posição política do PCP. Os comunistas, através da Comissão Concelhia de Torres Novas do Partido Comunista Português, dirigiram há dias uma carta ao conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo reivindicando a aquisição e instalação de um equipamento de TAC na Unidade Hospitalar de Torres Novas, sublinhando os ganhos em comodidade e saúde para os utentes que tal representaria e recordando “que dos três hospitais do CHMT, apenas o de Torres Novas não dispõe daquela valência”.
Também há poucos dias, teve significado político a visita oficial da presidente da câmara de Tomar à unidade da cidade do Nabão, ouvindo por parte da administração do CHMT a vontade inequívoca de melhorar as valências daquele hospital. “O Serviço de Patologia Clínica [em Tomar], do Centro Hospitalar do Médio Tejo, é um dos mais capacitados do país”, referiu na oportunidade o presidente do conselho de administração do CHMT, falando da importância estratégica daquel serviço sedeado no Hospital de Nossa Senhora da Graça, em Tomar.
De resto, o CHMT foi agraciado há dias com a medalha de mérito municipal pelo Município de Abrantes, no dia da cidade, uma distinção justificada por Jorge Manuel Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, como “reconhecimento, orgulho e agradecimento para com o Centro Hospitalar do Médio Tejo – Hospital de Abrantes, e para com todos os seus profissionais, nas mais diversas actividades.”
O JT contactou a assessoria de imprensa do CHMT para que confirmasse o pedido de parecer sobre a manutenção da Pediatria em Torres Novas, mas ainda não obteve resposta.
Hospital: regressam rumores sobre a saída da Pediatria para Abrantes
Sociedade » 2020-06-14A gradual desqualificação do Hospital Rainha Santa Isabel (HRSI), de Torres Novas, volta a estar na ordem do dia e agora com um assunto que será determinante para a sua continuidade enquanto unidade hospitalar do CHMT a par das unidades de Abrantes e Tomar: a saída da urgência da Pediatria, a jóia da coroa do HRSI, de Torres Novas para Abrantes.
O assunto já roda nas chamadas redes sociais e o “diz que diz” é muitas vezes inimigo da realidade, mas quando o histórico e prestigiado antigo director da Pediatria de Torres Novas lança publicamente o aviso, é sinal de que alguma coisa se está a mover: “A Pediatria em Torres Novas só sobreviverá se tiver apoio de especialidades importantes como a anestesiologia e a ginecologia/ obstetrícia. É altura, como tem acontecido em Tomar e Abrantes, de os torrejanos serem mais bairristas no bom sentido da palavra. A única forma de valorizar esta unidade é criar o pólo materno-infantil com uma importante zona de influência. Não tenhamos dúvidas”. Foi desta forma que Aníbal Teixeira, pessoa algo reservada e que não fala por falar, se referiu à possibilidade da saída da Pediatria do CHMT de Torres Novas para o hospital de Abrantes.
É uma verdade que, a continuarem as coisas como estão, a maternidade em Abrantes não tem futuro. Os alarmes soaram com os dados demográficos e estatísticos conhecidos ultimamente, que ditam um acentuado decréscimo da população no concelho de Abrantes e limítrofes, e números de natalidade que ficam aquém dos de Torres Novas/Entroncamento/Alcanena. Em Torres Novas nascem mais bebés, e verificou-se que, com a estadia temporária da maternidade em Torres Novas, o número de partos da maternidade terá sido superior aos verificados quando ela se encontra em Abrantes. É um dado público que no mês de Abril realizaram-se em Torres Novas cerca de 70 partos a mais do que em Abrantes no mês homólogo do anopassado. Algumas mulheres que optariam por Leiria ou mesmo Coimbra, como acontece vulgarmente, neste contexto parecem ter escolhido ter os filhos em Torres Novas, enquanto aqui esteve a unidade de partos.
Neste cenário, e tendo em conta travar a crescente irrelevância da unidade de partos em Abrantes (a partir de um certo número de partos não pode funcionar), a estratégia será densificar os sectores médicos de apoio à maternidade, mantendo ou aumentando as especialidades associadas. A mudança da urgência pediátrica, de Torres Novas para Abrantes, seria uma manobra indispensável. Nesse sentido, terá sido pedido, por um director de serviços do CHMT, de Abrantes, um parecer à Ordem dos Médicos no sentido de esta agremiação se pronunciar sobre se existem condições para a manutenção da Pediatria no Hospital de Torres Novas. Ora, um parecer desta natureza e neste contexto, não é pedido só para passar o tempo.
HRSI: o parente pobre do CHMT
A verdade é que o Hospital Rainha Santa Isabel, de Torres Novas, parece arredado das decisões estratégicas que visam reforçar as unidades de Abrantes e Tomar. Em Torres Novas, nem para a tinta há dinheiro, mas isso seria irrelevante ao pé de outros sinais. Ainda há poucos meses o hospital de Tomar foi presenteado com um aparelho de TAC. Assim, só o hospital de Torres Novas não possui essa tecnologia, o que motivou uma posição política do PCP. Os comunistas, através da Comissão Concelhia de Torres Novas do Partido Comunista Português, dirigiram há dias uma carta ao conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo reivindicando a aquisição e instalação de um equipamento de TAC na Unidade Hospitalar de Torres Novas, sublinhando os ganhos em comodidade e saúde para os utentes que tal representaria e recordando “que dos três hospitais do CHMT, apenas o de Torres Novas não dispõe daquela valência”.
Também há poucos dias, teve significado político a visita oficial da presidente da câmara de Tomar à unidade da cidade do Nabão, ouvindo por parte da administração do CHMT a vontade inequívoca de melhorar as valências daquele hospital. “O Serviço de Patologia Clínica [em Tomar], do Centro Hospitalar do Médio Tejo, é um dos mais capacitados do país”, referiu na oportunidade o presidente do conselho de administração do CHMT, falando da importância estratégica daquel serviço sedeado no Hospital de Nossa Senhora da Graça, em Tomar.
De resto, o CHMT foi agraciado há dias com a medalha de mérito municipal pelo Município de Abrantes, no dia da cidade, uma distinção justificada por Jorge Manuel Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, como “reconhecimento, orgulho e agradecimento para com o Centro Hospitalar do Médio Tejo – Hospital de Abrantes, e para com todos os seus profissionais, nas mais diversas actividades.”
O JT contactou a assessoria de imprensa do CHMT para que confirmasse o pedido de parecer sobre a manutenção da Pediatria em Torres Novas, mas ainda não obteve resposta.
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