Torres Novas e concelhos vizinhos em indicadores PORDATA: menos gente, mais velhos, menos empregos, menos estudantes
Sociedade » 2020-04-20
É um cenário pouco animador: Torres Novas e os concelhos vizinhos de Abrantes, Tomar, Alcanena, Golegã, Barquinha e Entroncamento, em indicadores comparados de 2010 e 2018, têm menos população, cada vez menos nascimentos e mais idosos, o número de empregos diminuiu em quase todos
os municípios, tal como o número de estudantes. O “interior” é já aqui e as políticas nacionais e autárquicas falham em toda a linha no planeamento e na coesão territorial. Também porque os jovens, os mais habilitados e instruídos, não querem ficar mesmo nas suas terras. Em definitivo.
Com base em indicadores oficiais, a PORDATA está a oferecer retratos dos municípios portugueses em 2018, com dados comparados aos de 2010, num vasto conjunto de indicadores demográficos (evolução da população, nascimentos e óbitos, saldos), sociais (casamentos, divórcios, etc), sócio-económicos (alojamentos, educação, escolas, hospitais, farmácias), do emprego e do apoio social, das receitas e despesas municipais, entre outros.
Numa abordagem dos dados estruturantes e que são indicadores de tempo longo, constata-se de imediato que Torres Novas e os concelhos vizinhos estão em acentuada sangria demográfica, com perdas assustadoras nos casos de Abrantes, Tomar ou mesmo Alcanena (quadro 1). Mesmo o Entroncamento, que teve crescimento entre 2018 e 2020, está em queda a curto prazo, se atendermos aos dados cruzados do saldo fisiológico negativo e do grande decréscimo de população escolar. Torres Novas tem uma queda de 4,7% da sua população, mas Tomar perde o dobro e Abrantes ainda mais, com a Barquinha a manter, mas por pouco tempo, já que tem um alto índice de envelhecimento.
E é aqui, no índice de envelhecimento, que se verifica claramente a nossa posição relativa: para uma média nacional de 157, só o Entroncamento se situa abaixo dessa média (quadro 2), com Tomar e Abrantes no topo das populações mais envelhecidas, Golegã e Barquinha com valores elevados. Torres Novas tem a segunda população menos envelhecida, atrás do Entroncamento, mas muito acima da média nacional, como todos os os outros concelhos à excepção deste.
Torres Novas tem também a segunda melhor taxa de natalidade, idêntica à do Entroncamento e tem o maior número bruto de nascimentos em 2018 (quadro 3). Estas tendências já eram sobejamente conhecidas há cerca de 20 anos, quando a maternidade do CHMT foi levada para Abrantes. Como se prova, o eixo Torres Novas/Entroncamento e concelhos vizinhos era o que apresentava maior dinâmica na já de si fraca natalidade. A maternidade está instalada no eixo mais deprimido quer na demografia em geral, quer na natalidade, com Abrantes a apresentar a natalidade mais baixa de todos os concelhos compreendidos nesta análise (6,3 nascimentos por mil habitantes).
A mortalidade apresenta dados curiosos, com a Golegã a liderar este indicador (quadro 4), seguida naturalmente por Tomar e Abrantes, com índices que traduzem as altas taxas de envelhecimento. Curiosamente, Alcanena apresenta a segunda mortalidade mais baixa, a seguir ao Entroncamento, e à frente de territórios aparentemente menos poluídos, como é o caso da airosa Barquinha, outrora procurada em tempo de epidemias por causa dos seus bons ares.
O saldo fisiológico (diferença entre nascimentos e óbitos) é revelador: todos os concelhos têm valores negativos, isto é, em todos morre mais gente do que a que nasce. Mas, passando dos indicadores brutos da primeira coluna (quadro 5) para índices relativos, vê-se as disparidades entre o Entroncamento, em que os que nascem ainda são cerca de 88 em 100 dos que morrem, e Abrantes, mais uma vez na cauda, com apenas 38 nascimentos por cada 100 pessoas que morrem. Com mais este indicador a somar aos outros, verifica-se que o concelho de Abrantes está numa situação verdadeiramente dramática a médio prazo e isso acentua-se no quadro seguinte.
Na verdade, abordando a população escolar do ensino não superior (quadro 6) e a sua evolução entre 2010 e 2018, constata-se que Abrantes perdeu mais de 30% da sua população escolar, uma cifra impressionante, com Alcanena e Tomar com valores igualmente altos. Mas todos os concelhos perderam população escolar e os dados do Entroncamento (idênticos aos de Torres Novas), marcam a evolução negativa da cidade ferroviária a curto ou médio prazo. Aqui ressalta o caso da Barquinha, com uma perda relativa pequena, mas trata-se de um universo muito pequeno face aos de outros concelhos. Importa dizer que, nestas perdas de alunos do ensino não superior, no caso de Tomar há a juntar a perda de 1000 estudantes do Politécnico no intervalo em causa, questionando a viabilidade daquela escola a médio prazo.
Passando para o emprego, e não incluindo os trabalhadores das autarquias, mais ou menos proporcionais de câmara para câmara, foquemo-nos nos no pessoal ao serviço das empresas para verificarmos que, à excepção da Golegã (em todo o caso um universo pequeno), em todos os concelhos diminuiu a população empregada neste intervalo 2010/2018. E o que é curioso é que o número de empregos diminuiu mais, genericamente, nos concelhos onde houve uma maior e mais precoce abertura à implantação das grandes superfícies de comércio a retalho, o que quer dizer que a criação de novos empregos foi claramente insuficiente para compensar aqueles que essas políticas destruíram, claramente num efeito de eucalipto. Tomar, Torres Novas, Abrantes e o Entroncamento têm os piores resultados (quadro 7), com o da cidade ferroviária a poder ser explicado através de uma análise mais fina que estes dados não permitem. Menos 20% de empregos em 8 anos, no Entroncamento, terão que ver com um fenómeno localizado, que parece transparecer depois no rendimento social de inserção.
Podemos ver, nesse quadro (quadro 8), que Abrantes lidera destacada, com 3% da população a receber em 2018 rendimento social de inserção, logo seguida pelo Entroncamento e Barquinha. Alcanena e Torres Novas são os dois concelhos com menos gente a receber o referido subsídio (0,7% e 1,2% da população, respectivamente).
Em resumo, pode dizer-se que os pequenos concelhos, apesar de um indicador ou outro resultado da sensibilidade estatística de universos pequenos, estão na rota dos maiores municípios em termos de regressão demográfica, de envelhecimento da população, de saldos fisiológicos negativos e da diminuição da população escolar. E, nestes, verifica-se que Torres Novas parece estar a resistir mais à queda (tem áreas “rurais” mais pequenas que Tomar e Abrantes), que será dramática exactamente nos casos de Abrantes e Tomar, a continuarem a verificar-se estas tendências.
Outra conclusão retira-se do caso do Entroncamento: não podendo comparar-se com os outros concelhos por ser uma unidade sociológica mais homogénia (só uma cidade, sem área “rural” e centenas de aldeias como Tomar ou Abrantes e mais de 100, caso de Torres Novas), está a caminho de enfileirar pelas mesmas tendências a curto e médio prazo, atendendo ao saldo fisiológico negativo e ao envelhecimento gradual da sua população.
As fontes oficiais utilizadas pela PORDATA, todas oficiais, foram: INE, ANSR, APA, BP, CGA, DGAL, DGEEC, DGEG, DGO, DGPJ, DGS, ERSAR, GEE, GEP, ICA, IGP, IISS, ISS, SEF, SGMAI e SIBS. João Carlos Lopes
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Torres Novas e concelhos vizinhos em indicadores PORDATA: menos gente, mais velhos, menos empregos, menos estudantes
Sociedade » 2020-04-20É um cenário pouco animador: Torres Novas e os concelhos vizinhos de Abrantes, Tomar, Alcanena, Golegã, Barquinha e Entroncamento, em indicadores comparados de 2010 e 2018, têm menos população, cada vez menos nascimentos e mais idosos, o número de empregos diminuiu em quase todos
os municípios, tal como o número de estudantes. O “interior” é já aqui e as políticas nacionais e autárquicas falham em toda a linha no planeamento e na coesão territorial. Também porque os jovens, os mais habilitados e instruídos, não querem ficar mesmo nas suas terras. Em definitivo.
Com base em indicadores oficiais, a PORDATA está a oferecer retratos dos municípios portugueses em 2018, com dados comparados aos de 2010, num vasto conjunto de indicadores demográficos (evolução da população, nascimentos e óbitos, saldos), sociais (casamentos, divórcios, etc), sócio-económicos (alojamentos, educação, escolas, hospitais, farmácias), do emprego e do apoio social, das receitas e despesas municipais, entre outros.
Numa abordagem dos dados estruturantes e que são indicadores de tempo longo, constata-se de imediato que Torres Novas e os concelhos vizinhos estão em acentuada sangria demográfica, com perdas assustadoras nos casos de Abrantes, Tomar ou mesmo Alcanena (quadro 1). Mesmo o Entroncamento, que teve crescimento entre 2018 e 2020, está em queda a curto prazo, se atendermos aos dados cruzados do saldo fisiológico negativo e do grande decréscimo de população escolar. Torres Novas tem uma queda de 4,7% da sua população, mas Tomar perde o dobro e Abrantes ainda mais, com a Barquinha a manter, mas por pouco tempo, já que tem um alto índice de envelhecimento.
E é aqui, no índice de envelhecimento, que se verifica claramente a nossa posição relativa: para uma média nacional de 157, só o Entroncamento se situa abaixo dessa média (quadro 2), com Tomar e Abrantes no topo das populações mais envelhecidas, Golegã e Barquinha com valores elevados. Torres Novas tem a segunda população menos envelhecida, atrás do Entroncamento, mas muito acima da média nacional, como todos os os outros concelhos à excepção deste.
Torres Novas tem também a segunda melhor taxa de natalidade, idêntica à do Entroncamento e tem o maior número bruto de nascimentos em 2018 (quadro 3). Estas tendências já eram sobejamente conhecidas há cerca de 20 anos, quando a maternidade do CHMT foi levada para Abrantes. Como se prova, o eixo Torres Novas/Entroncamento e concelhos vizinhos era o que apresentava maior dinâmica na já de si fraca natalidade. A maternidade está instalada no eixo mais deprimido quer na demografia em geral, quer na natalidade, com Abrantes a apresentar a natalidade mais baixa de todos os concelhos compreendidos nesta análise (6,3 nascimentos por mil habitantes).
A mortalidade apresenta dados curiosos, com a Golegã a liderar este indicador (quadro 4), seguida naturalmente por Tomar e Abrantes, com índices que traduzem as altas taxas de envelhecimento. Curiosamente, Alcanena apresenta a segunda mortalidade mais baixa, a seguir ao Entroncamento, e à frente de territórios aparentemente menos poluídos, como é o caso da airosa Barquinha, outrora procurada em tempo de epidemias por causa dos seus bons ares.
O saldo fisiológico (diferença entre nascimentos e óbitos) é revelador: todos os concelhos têm valores negativos, isto é, em todos morre mais gente do que a que nasce. Mas, passando dos indicadores brutos da primeira coluna (quadro 5) para índices relativos, vê-se as disparidades entre o Entroncamento, em que os que nascem ainda são cerca de 88 em 100 dos que morrem, e Abrantes, mais uma vez na cauda, com apenas 38 nascimentos por cada 100 pessoas que morrem. Com mais este indicador a somar aos outros, verifica-se que o concelho de Abrantes está numa situação verdadeiramente dramática a médio prazo e isso acentua-se no quadro seguinte.
Na verdade, abordando a população escolar do ensino não superior (quadro 6) e a sua evolução entre 2010 e 2018, constata-se que Abrantes perdeu mais de 30% da sua população escolar, uma cifra impressionante, com Alcanena e Tomar com valores igualmente altos. Mas todos os concelhos perderam população escolar e os dados do Entroncamento (idênticos aos de Torres Novas), marcam a evolução negativa da cidade ferroviária a curto ou médio prazo. Aqui ressalta o caso da Barquinha, com uma perda relativa pequena, mas trata-se de um universo muito pequeno face aos de outros concelhos. Importa dizer que, nestas perdas de alunos do ensino não superior, no caso de Tomar há a juntar a perda de 1000 estudantes do Politécnico no intervalo em causa, questionando a viabilidade daquela escola a médio prazo.
Passando para o emprego, e não incluindo os trabalhadores das autarquias, mais ou menos proporcionais de câmara para câmara, foquemo-nos nos no pessoal ao serviço das empresas para verificarmos que, à excepção da Golegã (em todo o caso um universo pequeno), em todos os concelhos diminuiu a população empregada neste intervalo 2010/2018. E o que é curioso é que o número de empregos diminuiu mais, genericamente, nos concelhos onde houve uma maior e mais precoce abertura à implantação das grandes superfícies de comércio a retalho, o que quer dizer que a criação de novos empregos foi claramente insuficiente para compensar aqueles que essas políticas destruíram, claramente num efeito de eucalipto. Tomar, Torres Novas, Abrantes e o Entroncamento têm os piores resultados (quadro 7), com o da cidade ferroviária a poder ser explicado através de uma análise mais fina que estes dados não permitem. Menos 20% de empregos em 8 anos, no Entroncamento, terão que ver com um fenómeno localizado, que parece transparecer depois no rendimento social de inserção.
Podemos ver, nesse quadro (quadro 8), que Abrantes lidera destacada, com 3% da população a receber em 2018 rendimento social de inserção, logo seguida pelo Entroncamento e Barquinha. Alcanena e Torres Novas são os dois concelhos com menos gente a receber o referido subsídio (0,7% e 1,2% da população, respectivamente).
Em resumo, pode dizer-se que os pequenos concelhos, apesar de um indicador ou outro resultado da sensibilidade estatística de universos pequenos, estão na rota dos maiores municípios em termos de regressão demográfica, de envelhecimento da população, de saldos fisiológicos negativos e da diminuição da população escolar. E, nestes, verifica-se que Torres Novas parece estar a resistir mais à queda (tem áreas “rurais” mais pequenas que Tomar e Abrantes), que será dramática exactamente nos casos de Abrantes e Tomar, a continuarem a verificar-se estas tendências.
Outra conclusão retira-se do caso do Entroncamento: não podendo comparar-se com os outros concelhos por ser uma unidade sociológica mais homogénia (só uma cidade, sem área “rural” e centenas de aldeias como Tomar ou Abrantes e mais de 100, caso de Torres Novas), está a caminho de enfileirar pelas mesmas tendências a curto e médio prazo, atendendo ao saldo fisiológico negativo e ao envelhecimento gradual da sua população.
As fontes oficiais utilizadas pela PORDATA, todas oficiais, foram: INE, ANSR, APA, BP, CGA, DGAL, DGEEC, DGEG, DGO, DGPJ, DGS, ERSAR, GEE, GEP, ICA, IGP, IISS, ISS, SEF, SGMAI e SIBS. João Carlos Lopes
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