Impotência institucional - carlos paiva
Sociedade » 2021-05-10
Segundo noticia a TSF, a Agência Portuguesa do Ambiente multou a Fabrióleo em 400 mil euros e ordenou a demolição de várias edificações ilegais, incluindo uma ETAR, presentes naquela unidade industrial. A TSF procura quem por excelência deveria saber tudo sobre o tema e encontra Pedal Frenético. Este acontecimento operou milagres na sinusite do executivo camarário que, no final de contas, conhece bem o cheiro pestilento desde há muitos anos. P.F. aproveita a oportunidade para clamar por ajuda do governo central para a resolução da situação. Nada é dito sobre a organização de defesa do ambiente que tem lutado sem descanso contra esta passividade abjecta perante um crime grave e perfeitamente conhecedora da realidade no terreno. Ficou esquecida.
Aconselho vivamente a ler/ouvir, é daqueles momentos raríssimos em que P.F. admite saber de alguma coisa. Tem tanto de histórico como de estranho. Como os tree huggers do BASTA não andam atrás de uma reeleição, não andam em campanha, não gozam das conexões que o partido proporciona, não estão alinhados com o governo central, só querem saber do ambiente, da natureza, da saúde e bem-estar das pessoas, são irrelevantes portanto.
SEIS ANOS depois de P.F. entender que demolir as edificações ilegais na Fabrióleo seria uma ação “demasiado radical” e declinar(!) o dever de o fazer, enaltece agora essa mesma decisão da APA. Não cumpriu com o seu dever, perdeu a oportunidade de ser assertivo e poupar SEIS ANOS de poluição altamente nefasta. Ficou SEIS ANOS sem mexer uma palha. SEIS ANOS depois, tenta facturar todo este processo só para si, enquanto deposita a responsabilidade do desenrolar da ação, que ele devia ter executado há SEIS ANOS atrás, no governo. Elliot Ness tinha nas construções ilegais a sua evasão fiscal. E declinou. Chamam-lhe política.
Mas depende muito da época e da geografia. No antigo Egipto, chamavam-lhes eunucos. Na Itália renascentista, castrati. Na Europa do século XXI, políticos. Mantem-se a característica: cantam bem, correm a escala toda para cima e para baixo com trinados lindíssimos. Quais vedetas da impotência institucional.
A mecânica da política pode ser fascinante. Senão vejamos: sem grande choque, mas com alguma urticária, instalou-se no senso comum a noção de que, quando necessárias determinadas competências, estas sejam requisitadas dentro das fileiras do partido. Cargos por nomeação política é o novo normal, sem nada de novo. Depois, há todo um processo de construção de currículo que deve ser adequado à posição (“posição” porque “função” implica fazer algo) de modo a imprimir um ar de credibilidade à coisa e não ser assim tudo à cara podre. Para este efeito, dá jeito ter uma série de instituições “em carteira”, dependentes financeiramente do município, obedientes, por onde vão circulando estes nomeados, sempre a somar itens curriculares.
Derivado à questiúncula entre ex-sócios acerca de um endereço de correio eletrónico, ficámos a saber disto (não é que fosse segredo) e também que, determinado elemento da assembleia municipal, só o é porque o município tinha um problema informático e o nomeado, supostamente, as competências para o resolver. Ouro sobre azul, efectivou-se o casório. Fez o circuito de enriquecimento de currículo e brotou um governante. A partir deste paradigma, deduzo duas coisas: não há nenhum elemento nas fileiras do PS com competências em guardar cabras. E, houve algures no tempo, uma altura em que a câmara municipal precisou de um exorcismo. Fascinante, não?
“Este acontecimento operou milagres na sinusite do executivo camarário que, no final de contas, conhece bem o cheiro pestilento desde há muitos anos.
Impotência institucional - carlos paiva
Sociedade » 2021-05-10Segundo noticia a TSF, a Agência Portuguesa do Ambiente multou a Fabrióleo em 400 mil euros e ordenou a demolição de várias edificações ilegais, incluindo uma ETAR, presentes naquela unidade industrial. A TSF procura quem por excelência deveria saber tudo sobre o tema e encontra Pedal Frenético. Este acontecimento operou milagres na sinusite do executivo camarário que, no final de contas, conhece bem o cheiro pestilento desde há muitos anos. P.F. aproveita a oportunidade para clamar por ajuda do governo central para a resolução da situação. Nada é dito sobre a organização de defesa do ambiente que tem lutado sem descanso contra esta passividade abjecta perante um crime grave e perfeitamente conhecedora da realidade no terreno. Ficou esquecida.
Aconselho vivamente a ler/ouvir, é daqueles momentos raríssimos em que P.F. admite saber de alguma coisa. Tem tanto de histórico como de estranho. Como os tree huggers do BASTA não andam atrás de uma reeleição, não andam em campanha, não gozam das conexões que o partido proporciona, não estão alinhados com o governo central, só querem saber do ambiente, da natureza, da saúde e bem-estar das pessoas, são irrelevantes portanto.
SEIS ANOS depois de P.F. entender que demolir as edificações ilegais na Fabrióleo seria uma ação “demasiado radical” e declinar(!) o dever de o fazer, enaltece agora essa mesma decisão da APA. Não cumpriu com o seu dever, perdeu a oportunidade de ser assertivo e poupar SEIS ANOS de poluição altamente nefasta. Ficou SEIS ANOS sem mexer uma palha. SEIS ANOS depois, tenta facturar todo este processo só para si, enquanto deposita a responsabilidade do desenrolar da ação, que ele devia ter executado há SEIS ANOS atrás, no governo. Elliot Ness tinha nas construções ilegais a sua evasão fiscal. E declinou. Chamam-lhe política.
Mas depende muito da época e da geografia. No antigo Egipto, chamavam-lhes eunucos. Na Itália renascentista, castrati. Na Europa do século XXI, políticos. Mantem-se a característica: cantam bem, correm a escala toda para cima e para baixo com trinados lindíssimos. Quais vedetas da impotência institucional.
A mecânica da política pode ser fascinante. Senão vejamos: sem grande choque, mas com alguma urticária, instalou-se no senso comum a noção de que, quando necessárias determinadas competências, estas sejam requisitadas dentro das fileiras do partido. Cargos por nomeação política é o novo normal, sem nada de novo. Depois, há todo um processo de construção de currículo que deve ser adequado à posição (“posição” porque “função” implica fazer algo) de modo a imprimir um ar de credibilidade à coisa e não ser assim tudo à cara podre. Para este efeito, dá jeito ter uma série de instituições “em carteira”, dependentes financeiramente do município, obedientes, por onde vão circulando estes nomeados, sempre a somar itens curriculares.
Derivado à questiúncula entre ex-sócios acerca de um endereço de correio eletrónico, ficámos a saber disto (não é que fosse segredo) e também que, determinado elemento da assembleia municipal, só o é porque o município tinha um problema informático e o nomeado, supostamente, as competências para o resolver. Ouro sobre azul, efectivou-se o casório. Fez o circuito de enriquecimento de currículo e brotou um governante. A partir deste paradigma, deduzo duas coisas: não há nenhum elemento nas fileiras do PS com competências em guardar cabras. E, houve algures no tempo, uma altura em que a câmara municipal precisou de um exorcismo. Fascinante, não?
“Este acontecimento operou milagres na sinusite do executivo camarário que, no final de contas, conhece bem o cheiro pestilento desde há muitos anos.
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