Eleições - pedro ferreira
Sociedade » 2021-12-26“Nos próximos dias, tentarão mais uma vez fazer-nos crer que no dia 30 de Janeiro vamos poder escolher qualquer coisa
Nos últimos anos da minha vida - esforço-me diariamente para acreditar que foram aqueles em que tenho pensado de forma crítica - aceitei no meu pensamento proposições que de consensual não têm nada, mas que, bem explicadas, costumam ganhar aceitação. A ideia de que as pessoas que estão na Assembleia da República não representam em quase nada a população é uma delas, e os últimos acontecimentos políticos revelam que nem os próprios militantes dos partidos são representados na íntegra.
"Eu não prometi nada a ninguém. Não disse a ninguém que se votassem em mim tinham o lugar A ou B. A única coisa que as pessoas sabem é que eu não sou ingrato". Estas são as declarações de Rui Rio, no dia 27 de Novembro deste ano, após ganhar as eleições à presidência do PSD. Se não garantiu lugares a ninguém, admite pelo menos que há uns a quem tem de agradecer e outros a quem não. Era perceptível também, nas imagens transmitidas em directo, que havia alguma expectativa de agradecimento por parte daqueles que estavam na sede de campanha, com cânticos como “Presidente, tens aqui a tua gente”. O pronome possessivo está lá, e o apelo também: tira os traidores e mete-me a mim! O resultado das eleições mostra-nos que os militantes elegíveis para deputados pelo PSD foram reduzidos a metade. A outra metade conspira.
Mas esta violência eleitoral não é exclusiva da direita. Por isso, viro o volante da narrativa na direção oposta. No dia seguinte à vitória de Rui Rio e à derrota de Paulo Rangel e respectivos apoiantes, houve um partido democrático que suspendeu essa democracia por valores mais altos: proteger a tribo (sejamos honestos, em eleições, é sempre disso que se trata). Segundo consta na imprensa, houve uma proposta da comissão distrital que foi vencedora em plenário do BE e que indicava Sofia Ligeiro para encabeçar a lista bloquista no círculo de Santarém. Mas a direcção do partido tem nos estatutos a opção de manter aqueles que tem no parlamento, ou seja, Fabíola Cardoso (independentemente da opinião dos militantes do distrito). Se o resultado destas votações não precisa de ser respeitado por Catarina Martins, para quê votar? A resposta está à vista de todos: para nada. O resultado só será respeitado se for o que a dirigente do partido pretender.
Houve casos semelhantes noutros partidos, como o do Chicão ou de André Ventura. Sendo estas organizações feitas para lutar pelo poder, não me surpreende que situações semelhantes aconteçam nos mais diversos partidos. É a natureza da coisa.
Nos próximos dias, tentarão mais uma vez fazer-nos crer que no dia 30 de Janeiro vamos poder escolher qualquer coisa, quando já quase tudo foi decidido por nós. Além disso, os eleitores são muitos e a propaganda também. Por mais informada que seja a nossa decisão, matematicamente falando, o nosso voto ou abstenção pura e simplesmente não interessam, independentemente da justificação que usemos para o fazer.
Eleições - pedro ferreira
Sociedade » 2021-12-26“Nos próximos dias, tentarão mais uma vez fazer-nos crer que no dia 30 de Janeiro vamos poder escolher qualquer coisa
Nos últimos anos da minha vida - esforço-me diariamente para acreditar que foram aqueles em que tenho pensado de forma crítica - aceitei no meu pensamento proposições que de consensual não têm nada, mas que, bem explicadas, costumam ganhar aceitação. A ideia de que as pessoas que estão na Assembleia da República não representam em quase nada a população é uma delas, e os últimos acontecimentos políticos revelam que nem os próprios militantes dos partidos são representados na íntegra.
"Eu não prometi nada a ninguém. Não disse a ninguém que se votassem em mim tinham o lugar A ou B. A única coisa que as pessoas sabem é que eu não sou ingrato". Estas são as declarações de Rui Rio, no dia 27 de Novembro deste ano, após ganhar as eleições à presidência do PSD. Se não garantiu lugares a ninguém, admite pelo menos que há uns a quem tem de agradecer e outros a quem não. Era perceptível também, nas imagens transmitidas em directo, que havia alguma expectativa de agradecimento por parte daqueles que estavam na sede de campanha, com cânticos como “Presidente, tens aqui a tua gente”. O pronome possessivo está lá, e o apelo também: tira os traidores e mete-me a mim! O resultado das eleições mostra-nos que os militantes elegíveis para deputados pelo PSD foram reduzidos a metade. A outra metade conspira.
Mas esta violência eleitoral não é exclusiva da direita. Por isso, viro o volante da narrativa na direção oposta. No dia seguinte à vitória de Rui Rio e à derrota de Paulo Rangel e respectivos apoiantes, houve um partido democrático que suspendeu essa democracia por valores mais altos: proteger a tribo (sejamos honestos, em eleições, é sempre disso que se trata). Segundo consta na imprensa, houve uma proposta da comissão distrital que foi vencedora em plenário do BE e que indicava Sofia Ligeiro para encabeçar a lista bloquista no círculo de Santarém. Mas a direcção do partido tem nos estatutos a opção de manter aqueles que tem no parlamento, ou seja, Fabíola Cardoso (independentemente da opinião dos militantes do distrito). Se o resultado destas votações não precisa de ser respeitado por Catarina Martins, para quê votar? A resposta está à vista de todos: para nada. O resultado só será respeitado se for o que a dirigente do partido pretender.
Houve casos semelhantes noutros partidos, como o do Chicão ou de André Ventura. Sendo estas organizações feitas para lutar pelo poder, não me surpreende que situações semelhantes aconteçam nos mais diversos partidos. É a natureza da coisa.
Nos próximos dias, tentarão mais uma vez fazer-nos crer que no dia 30 de Janeiro vamos poder escolher qualquer coisa, quando já quase tudo foi decidido por nós. Além disso, os eleitores são muitos e a propaganda também. Por mais informada que seja a nossa decisão, matematicamente falando, o nosso voto ou abstenção pura e simplesmente não interessam, independentemente da justificação que usemos para o fazer.
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