Lamego: 700 mil euros para atirar os esgotos ao rio, mais uma trapalhada
Sociedade » 2022-07-15
As obras do Largo do Lamego, cuja telenovela já aqui mereceu destaque, continuam a ser um poço sem fundo de surpresas, perplexidades e agora, de escândalo, dito com as letras todas.
Note-se bem: as referidas obras são apenas parte de uma intervenção, mais ampla, do sistema de saneamento de toda a zona que vai da Bácora ao Largo do Lamego, passando pelo “largo da Caixa” e que tinha por objectivo acabar com os últimos esgotos da cidade que ainda estavam a verter para o rio, como que era o caso. Da Bácora, não havia “ponto” para o esgoto se encaminhar para o colector da rua da Levada, de cota superior, tal como no largo do Lamego não havia cota para encaminhar os esgotos dos prédios para o colector central que passa na rua Miguel Bombarda. A intervenção, de 600 mil euros mais+IVA, incluiu a instalação de pequenas centrais elevatórias subterrâneas para bombearem, no caso do Lamego, os esgotos para o colector da Miguel Bombarda.
Acontece que finda a obra, fosse porque a estação elevatória não estivesse ainda a trabalhar por falta de ligação à caixa da EDP, fosse por outra razão qualquer, os esgotos começaram a verter da rede de esgotos para um colector pluvial que desaguava nas escadarias do porto do Lamego.
Há cerca de dois meses, foram dias horríveis de cheiro nauseabundo, com os esgotos a céu aberto a escorrer pelas lages, através do colector das águas pluviais. Não houve uma explicação, nem resolvia a situação a vinda do limpa-fossas para atenuar o acidente, já que essa operação teria que ser quase diária.
O pior estava para vir: numa manhã, operários por conta de alguma entidade (não tinham letreiros nas costas) derreteram à marreta e a berbequim parte das lages quase centenárias do porto do Lamego, para encaixarem um tubo a ligar o colector de pluviais, que agora já não se vê, directamente ao rio, submergindo-o para esconder o verdadeiro móbil: atirar com os esgotos de vários prédios e dezenas de casas para o rio, depois de se ter gasto mais de 700 mil euros para acabar com essa situação.
A seguir, desenrolou-se o teatro do costume. Um morador dirgente de uma organização ambientalista foi fazer queixa ao SOS AMBIENTE, que a encaminhou para a PSP. A PSP foi ao local, acompanhada pela Protecção Civil, que não sabia de nada, segundo aquele morador que, ao que também ele apurou, era um assunto desconhecido da Câmara, o dono da obra, por conta dos 700 mil euros de todos que a pagaram para acabar com os esgotos a dar para o rio. A PSP não sabe dizer mais nada, segundo o ambientalista, do que o facto de ter encaminhado o assunto para a Câmara. Não sabendo a Câmara de nada, e de quem foi a iniciativa de desviar os esgotos para o rio (as descargas começaram logo a ser visíveis), espera-se que autarquia proceda criminalmente contra os desconhecidos autores da decisão que levou a este escandaloso procedimento.
O morador referido afirmou ao JT que vai avançar com todos os meios ao seu alcance para encontrar os autores da decisão, com queixas às diferentes entidades nacionais (APA, ARH) relacionadas com o ambiente.
Entretanto, o limpa-fossas continua a vir ao Lamego a intervalos de dois ou três dias, depois de quase um milhão de euros e um ano de uma obra que ainda não acabou e que prometia estar pronta em meses. É lícito perguntar:
- Por que razão a obra, prevista para demorar dois meses, ainda não está pronta ao fim de uma ano?
- Quem, durante a obra, fez ou viabilizou uma ligação entre a fossa da estação elevatória e o colector de pluviais que ia dar ao rio? Quem decidiu ou autorizou tal situação?
- Por que razão, depois do tapa e destapa da calçada, foram precisos dois meses para a EDP vir alimentar a estação elevatória a partir das caixas próximas?
- Por que razão, feita a ligação eléctrica da estação elevatória, a mesma não funciona e continua a ter de vir o limpa-fossas resolver a situação?
- Quem autorizou que se espatifasse parte das lages do porto do Lamego e ligasse o colector pluvial, a receber esgotos, ao rio?
- Porque razão a Câmara, há cerca de um ano, enviou uma carta aos moradores a pedir desculpa pelos incómodos de uma obra que ia demorar dois meses e agora não escreve ou informa os moradores do que se passa ao fim de uma ano?
- Porque, entre outras razões, há um ano aproximavam-se as eleições autárquicas, e agora, amealhados os votos, voltou o sentimento de impunidade e o desprezo pelos munícipes.
Lamego: 700 mil euros para atirar os esgotos ao rio, mais uma trapalhada
Sociedade » 2022-07-15As obras do Largo do Lamego, cuja telenovela já aqui mereceu destaque, continuam a ser um poço sem fundo de surpresas, perplexidades e agora, de escândalo, dito com as letras todas.
Note-se bem: as referidas obras são apenas parte de uma intervenção, mais ampla, do sistema de saneamento de toda a zona que vai da Bácora ao Largo do Lamego, passando pelo “largo da Caixa” e que tinha por objectivo acabar com os últimos esgotos da cidade que ainda estavam a verter para o rio, como que era o caso. Da Bácora, não havia “ponto” para o esgoto se encaminhar para o colector da rua da Levada, de cota superior, tal como no largo do Lamego não havia cota para encaminhar os esgotos dos prédios para o colector central que passa na rua Miguel Bombarda. A intervenção, de 600 mil euros mais+IVA, incluiu a instalação de pequenas centrais elevatórias subterrâneas para bombearem, no caso do Lamego, os esgotos para o colector da Miguel Bombarda.
Acontece que finda a obra, fosse porque a estação elevatória não estivesse ainda a trabalhar por falta de ligação à caixa da EDP, fosse por outra razão qualquer, os esgotos começaram a verter da rede de esgotos para um colector pluvial que desaguava nas escadarias do porto do Lamego.
Há cerca de dois meses, foram dias horríveis de cheiro nauseabundo, com os esgotos a céu aberto a escorrer pelas lages, através do colector das águas pluviais. Não houve uma explicação, nem resolvia a situação a vinda do limpa-fossas para atenuar o acidente, já que essa operação teria que ser quase diária.
O pior estava para vir: numa manhã, operários por conta de alguma entidade (não tinham letreiros nas costas) derreteram à marreta e a berbequim parte das lages quase centenárias do porto do Lamego, para encaixarem um tubo a ligar o colector de pluviais, que agora já não se vê, directamente ao rio, submergindo-o para esconder o verdadeiro móbil: atirar com os esgotos de vários prédios e dezenas de casas para o rio, depois de se ter gasto mais de 700 mil euros para acabar com essa situação.
A seguir, desenrolou-se o teatro do costume. Um morador dirgente de uma organização ambientalista foi fazer queixa ao SOS AMBIENTE, que a encaminhou para a PSP. A PSP foi ao local, acompanhada pela Protecção Civil, que não sabia de nada, segundo aquele morador que, ao que também ele apurou, era um assunto desconhecido da Câmara, o dono da obra, por conta dos 700 mil euros de todos que a pagaram para acabar com os esgotos a dar para o rio. A PSP não sabe dizer mais nada, segundo o ambientalista, do que o facto de ter encaminhado o assunto para a Câmara. Não sabendo a Câmara de nada, e de quem foi a iniciativa de desviar os esgotos para o rio (as descargas começaram logo a ser visíveis), espera-se que autarquia proceda criminalmente contra os desconhecidos autores da decisão que levou a este escandaloso procedimento.
O morador referido afirmou ao JT que vai avançar com todos os meios ao seu alcance para encontrar os autores da decisão, com queixas às diferentes entidades nacionais (APA, ARH) relacionadas com o ambiente.
Entretanto, o limpa-fossas continua a vir ao Lamego a intervalos de dois ou três dias, depois de quase um milhão de euros e um ano de uma obra que ainda não acabou e que prometia estar pronta em meses. É lícito perguntar:
- Por que razão a obra, prevista para demorar dois meses, ainda não está pronta ao fim de uma ano?
- Quem, durante a obra, fez ou viabilizou uma ligação entre a fossa da estação elevatória e o colector de pluviais que ia dar ao rio? Quem decidiu ou autorizou tal situação?
- Por que razão, depois do tapa e destapa da calçada, foram precisos dois meses para a EDP vir alimentar a estação elevatória a partir das caixas próximas?
- Por que razão, feita a ligação eléctrica da estação elevatória, a mesma não funciona e continua a ter de vir o limpa-fossas resolver a situação?
- Quem autorizou que se espatifasse parte das lages do porto do Lamego e ligasse o colector pluvial, a receber esgotos, ao rio?
- Porque razão a Câmara, há cerca de um ano, enviou uma carta aos moradores a pedir desculpa pelos incómodos de uma obra que ia demorar dois meses e agora não escreve ou informa os moradores do que se passa ao fim de uma ano?
- Porque, entre outras razões, há um ano aproximavam-se as eleições autárquicas, e agora, amealhados os votos, voltou o sentimento de impunidade e o desprezo pelos munícipes.
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