Torres Novas: despiste do vereador do ambiente atira carro da Câmara para a sucata
Sociedade » 2023-02-07
Há semanas que se arrastava o falatório, com as especulações do costume em casos deste teor, sobre o incidente acontecido no início de Dezembro com o vereador do pelouro do ambiente da Câmara de Torres Novas, João Trindade, que no dia 8 de Dezembro, feriado, em hora que na verdade deixa dúvidas, se despistou com o veículo camarário que conduzia, tendo a viatura sido enviada directamente para a sucata com perda total.
Os rumores e enredos criados à volta do acidente foram ampliados em consequência da alegada ocultação do sucedido pelo presidente da Câmara e pelo próprio vereador: nem um nem outro deram conhecimento do acidente à vereação, mesmo estando em causa um acidente com um vereador e que implicou um veículo de propriedade municipal conduzido num dia feriado.
Na reunião do executivo municipal do dia 1 de Fevereiro o assunto foi levantado por António Rodrigues, mas Pedro Ferreira, ausente da reunião, não pôde explicar-se. O vereador João Trindade assumiu o sucedido, perante a incredulidade da vereadora Elvira Sequeira, que mostrou não saber do assunto, enquanto os outros vereadores da maioria não exteriorizaram qual reacção.
Rodrigues disse não perceber a utilização de um veículo da Câmara no feriado, dia 8 de Dezembro, “e ainda por cima fora de horas” e que “não era normal ter feito um requerimento ao presidente da Câmara para saber se eram verdadeiros os boatos que corriam na cidade e não só, sobre esse acidente, e nada lhe ter sido respondido”. Como não foi normal, disse ainda Rodrigues, “alguns dos vereadores da maioria não o saberem, como de resto foi assumido pela vereadora Elvira Sequeira. Aliás, fica no ar a ideia de que o assunto foi proibido de ser divulgado”. “Não percebo porque se tentam esconder situações normais e, precisamente porque se escondem, correm o risco de se tornarem anormais e misteriosas, como esta se está a tornar”, rematou o antigo presidente.
O JT confrontou o vereador João Trindade com os factos e as alegações que sobre os mesmos foram construídas, a fim de poder ter um enquadramento mais circunstanciado da notícia. Em resposta às questões colocadas pelo jornal, Trindade diz que nunca houve intenção, da sua parte, de ocultar o acidente, e que não viu relevância nem sentiu necessidade de transmitir o facto a mais ninguém que não “o presidente do executivo municipal e os serviços associados”. O vereador do ambiente diz que “um acidente de carro é sempre um momento inesperado, triste e delicado” e que ele próprio prefere centrar-se “no trabalho diário que desenvolve e que ocorre todos os dias e a qualquer hora”, recordando que naquele dia, de elevada pluviosidade, “conduzia sozinho e a caminho de casa”. Trindade não esclareceu, contudo, a hora a que chegava a casa naquele dia 8 de Dezembro, feriado, nem os trabalhos que àquela hora o chamaram à acção.
Acontece que, segundo a declaração amigável entregue ao seguro, fica a saber-se que o acidente ocorreu de facto no dia 8 de Dezembro, mas às oito horas da manhã, hora a que, nas respostas ao JT, Trindade diz que regressava a casa, tendo o despiste acontecido na estrada nacional 3, no sentido Liteiros/Parceiros, tendo o carro saído da via e embatido numa árvore.
No dia 22 de Dezembro, a companhia seguradora comunicava à Câmara, em “comunicação de perda total”, que após peritagem concluíram os seus serviços técnicos pela impossibilidade da reparação da viatura, já que a estimativa da reparação superava em cerca de 3 mil euros o valor seguro imediatamente anterior ao acidente, propondo o valor do salvado em 3.380 euros. Explicava a companhia que dos factos resultava que o valor da estimativa da reparação adicionado ao valor do salvado era superior a 100% do valor seguro imediatamente antes do acidente, pelo que era a mesma considerada perda total. Em 28 de Dezembro, a seguradora informava a Câmara que o sucedido era imputável ao seu segurado por não ter adequado a velocidade de forma a ser possível evitar acidentes, “tendo assim incumprido o disposto no artigo 24º, n.º1, do código da estrada”.
Em resumo, e segundo as declarações de João Trindade, somado ao que se retira da declaração amigável do acidente (que por acaso não tem a data do preenchimento) e das comunicações da seguradora, o vereador do ambiente vinha de regresso a casa às oito horas da manhã, no dia 8 de Dezembro, feriado nacional, e devido ao facto de não ter cumprido o artigo 24, n.º 1 do código da estrada, despistou-se com uma viatura propriedade do município de Torres Novas.
Na foto, do jantar de Natal do Partido Socialista, realizado na noite de 7 de Dezembro, o vereador João Trindade é o último da direita.
Torres Novas: despiste do vereador do ambiente atira carro da Câmara para a sucata
Sociedade » 2023-02-07Há semanas que se arrastava o falatório, com as especulações do costume em casos deste teor, sobre o incidente acontecido no início de Dezembro com o vereador do pelouro do ambiente da Câmara de Torres Novas, João Trindade, que no dia 8 de Dezembro, feriado, em hora que na verdade deixa dúvidas, se despistou com o veículo camarário que conduzia, tendo a viatura sido enviada directamente para a sucata com perda total.
Os rumores e enredos criados à volta do acidente foram ampliados em consequência da alegada ocultação do sucedido pelo presidente da Câmara e pelo próprio vereador: nem um nem outro deram conhecimento do acidente à vereação, mesmo estando em causa um acidente com um vereador e que implicou um veículo de propriedade municipal conduzido num dia feriado.
Na reunião do executivo municipal do dia 1 de Fevereiro o assunto foi levantado por António Rodrigues, mas Pedro Ferreira, ausente da reunião, não pôde explicar-se. O vereador João Trindade assumiu o sucedido, perante a incredulidade da vereadora Elvira Sequeira, que mostrou não saber do assunto, enquanto os outros vereadores da maioria não exteriorizaram qual reacção.
Rodrigues disse não perceber a utilização de um veículo da Câmara no feriado, dia 8 de Dezembro, “e ainda por cima fora de horas” e que “não era normal ter feito um requerimento ao presidente da Câmara para saber se eram verdadeiros os boatos que corriam na cidade e não só, sobre esse acidente, e nada lhe ter sido respondido”. Como não foi normal, disse ainda Rodrigues, “alguns dos vereadores da maioria não o saberem, como de resto foi assumido pela vereadora Elvira Sequeira. Aliás, fica no ar a ideia de que o assunto foi proibido de ser divulgado”. “Não percebo porque se tentam esconder situações normais e, precisamente porque se escondem, correm o risco de se tornarem anormais e misteriosas, como esta se está a tornar”, rematou o antigo presidente.
O JT confrontou o vereador João Trindade com os factos e as alegações que sobre os mesmos foram construídas, a fim de poder ter um enquadramento mais circunstanciado da notícia. Em resposta às questões colocadas pelo jornal, Trindade diz que nunca houve intenção, da sua parte, de ocultar o acidente, e que não viu relevância nem sentiu necessidade de transmitir o facto a mais ninguém que não “o presidente do executivo municipal e os serviços associados”. O vereador do ambiente diz que “um acidente de carro é sempre um momento inesperado, triste e delicado” e que ele próprio prefere centrar-se “no trabalho diário que desenvolve e que ocorre todos os dias e a qualquer hora”, recordando que naquele dia, de elevada pluviosidade, “conduzia sozinho e a caminho de casa”. Trindade não esclareceu, contudo, a hora a que chegava a casa naquele dia 8 de Dezembro, feriado, nem os trabalhos que àquela hora o chamaram à acção.
Acontece que, segundo a declaração amigável entregue ao seguro, fica a saber-se que o acidente ocorreu de facto no dia 8 de Dezembro, mas às oito horas da manhã, hora a que, nas respostas ao JT, Trindade diz que regressava a casa, tendo o despiste acontecido na estrada nacional 3, no sentido Liteiros/Parceiros, tendo o carro saído da via e embatido numa árvore.
No dia 22 de Dezembro, a companhia seguradora comunicava à Câmara, em “comunicação de perda total”, que após peritagem concluíram os seus serviços técnicos pela impossibilidade da reparação da viatura, já que a estimativa da reparação superava em cerca de 3 mil euros o valor seguro imediatamente anterior ao acidente, propondo o valor do salvado em 3.380 euros. Explicava a companhia que dos factos resultava que o valor da estimativa da reparação adicionado ao valor do salvado era superior a 100% do valor seguro imediatamente antes do acidente, pelo que era a mesma considerada perda total. Em 28 de Dezembro, a seguradora informava a Câmara que o sucedido era imputável ao seu segurado por não ter adequado a velocidade de forma a ser possível evitar acidentes, “tendo assim incumprido o disposto no artigo 24º, n.º1, do código da estrada”.
Em resumo, e segundo as declarações de João Trindade, somado ao que se retira da declaração amigável do acidente (que por acaso não tem a data do preenchimento) e das comunicações da seguradora, o vereador do ambiente vinha de regresso a casa às oito horas da manhã, no dia 8 de Dezembro, feriado nacional, e devido ao facto de não ter cumprido o artigo 24, n.º 1 do código da estrada, despistou-se com uma viatura propriedade do município de Torres Novas.
Na foto, do jantar de Natal do Partido Socialista, realizado na noite de 7 de Dezembro, o vereador João Trindade é o último da direita.
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