Voto inútil - mariana varela
Sociedade » 2021-10-17As provas de trabalho realizado com competência e firmeza ideológica, de facto, parecem não ter lugar no cenário político local.
Os resultados das eleições do passado dia 26 de Setembro, às quais se candidataram uma quantidade considerável de forças políticas, revelam que a maioria dos torrejanos escolheu, mais uma vez, ser representada pelo Partido Socialista (PS) nos órgãos autárquicos. A abstenção mantém valores inaceitáveis, traduzindo o desinteresse e o afastamento da decisão política, a descrença nos órgãos representativos e no próprio sistema democrático actual e, acima de tudo, o cansaço e alheamento generalizados.
A atuação do PS nos últimos quatro anos em nada justifica a tendência dominante de concentração de votos nesta candidatura. O que poderá servir de justificação, e referindo-me agora apenas ao que se pode relacionar directamente com a atuação política do partido, será o grau de implementação do seu aparelho político e das suas teias de poder que têm vindo a alastrar durante 30 anos. Favores, carreirismos, conveniências, dependências e interesses vários.
Estas foram eleições particularmente imprevisíveis, com o aparecimento de alguns recém-criados partidos políticos. Contudo, parece-me a mim que a entrada em cena do Movimento P’la Nossa Terra foi determinante para os resultados destas eleições. Da esquerda à direita, houve quem acreditasse na suposta independência, vivacidade e novidade deste movimento. É certo que os seus resultados ficaram aquém, contrastando com o espírito vitorioso que se sentiu por parte dos candidatos independentes nos últimos dias de campanha, mas é também importante que se analise este fenómeno eleitoral sem perder de vista o impacto que teve essa mesma candidatura.
A grande festa protagonizada pelo movimento independente alarmou os torrejanos, roçou o ridículo, e virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Se muitos ficaram contentes, saudosistas e nostálgicos, outros sentiram-se amedrontados e a maioria da comunidade torrejana viu-se confrontada com uma grande fantasia e farsa eleitoral: a de que as hipóteses de escolha seriam essencialmente duas, o PS ou o Movimento P’la Nossa Terra. E a votação foi exactamente nesse sentido, votar no PS para não possibilitar a eleição do ex-presidente António Rodrigues, ou apostar no novo movimento como forma de afastar o PS da governação, sendo que tanto uma opção como outra poderão ter sido adoptadas tanto por eleitores de esquerda como de direita.
O partido que já conta anos e anos de poder saiu a ganhar, o movimento independente não saiu nem perto de vitorioso e as alternativas de esquerda receberam uma votação minoritária. As provas de trabalho realizado com competência e firmeza ideológica, de facto, parecem não ter lugar no cenário político local. O sentimento que fica é, simultaneamente, de frustração e indignação.
As provas de trabalho realizado com competência e firmeza ideológica, de facto, parecem não ter lugar no cenário político local.
Voto inútil - mariana varela
Sociedade » 2021-10-17As provas de trabalho realizado com competência e firmeza ideológica, de facto, parecem não ter lugar no cenário político local.
Os resultados das eleições do passado dia 26 de Setembro, às quais se candidataram uma quantidade considerável de forças políticas, revelam que a maioria dos torrejanos escolheu, mais uma vez, ser representada pelo Partido Socialista (PS) nos órgãos autárquicos. A abstenção mantém valores inaceitáveis, traduzindo o desinteresse e o afastamento da decisão política, a descrença nos órgãos representativos e no próprio sistema democrático actual e, acima de tudo, o cansaço e alheamento generalizados.
A atuação do PS nos últimos quatro anos em nada justifica a tendência dominante de concentração de votos nesta candidatura. O que poderá servir de justificação, e referindo-me agora apenas ao que se pode relacionar directamente com a atuação política do partido, será o grau de implementação do seu aparelho político e das suas teias de poder que têm vindo a alastrar durante 30 anos. Favores, carreirismos, conveniências, dependências e interesses vários.
Estas foram eleições particularmente imprevisíveis, com o aparecimento de alguns recém-criados partidos políticos. Contudo, parece-me a mim que a entrada em cena do Movimento P’la Nossa Terra foi determinante para os resultados destas eleições. Da esquerda à direita, houve quem acreditasse na suposta independência, vivacidade e novidade deste movimento. É certo que os seus resultados ficaram aquém, contrastando com o espírito vitorioso que se sentiu por parte dos candidatos independentes nos últimos dias de campanha, mas é também importante que se analise este fenómeno eleitoral sem perder de vista o impacto que teve essa mesma candidatura.
A grande festa protagonizada pelo movimento independente alarmou os torrejanos, roçou o ridículo, e virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Se muitos ficaram contentes, saudosistas e nostálgicos, outros sentiram-se amedrontados e a maioria da comunidade torrejana viu-se confrontada com uma grande fantasia e farsa eleitoral: a de que as hipóteses de escolha seriam essencialmente duas, o PS ou o Movimento P’la Nossa Terra. E a votação foi exactamente nesse sentido, votar no PS para não possibilitar a eleição do ex-presidente António Rodrigues, ou apostar no novo movimento como forma de afastar o PS da governação, sendo que tanto uma opção como outra poderão ter sido adoptadas tanto por eleitores de esquerda como de direita.
O partido que já conta anos e anos de poder saiu a ganhar, o movimento independente não saiu nem perto de vitorioso e as alternativas de esquerda receberam uma votação minoritária. As provas de trabalho realizado com competência e firmeza ideológica, de facto, parecem não ter lugar no cenário político local. O sentimento que fica é, simultaneamente, de frustração e indignação.
As provas de trabalho realizado com competência e firmeza ideológica, de facto, parecem não ter lugar no cenário político local.
Bombeiros: nova direcção, velhos hábitos » 2024-03-21 Chegou ao fim a guerra nos Bombeiros Voluntários Torrejanos. Pelo menos, para já. A nova direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos tomou posse ao fim da tarde de hoje, 21 de Março, Dia Mundial da Poesia. |
Paulo Ganhão Simões, presidente da Junta de Pedrógão: “Só se consegue tentar reverter a desertificação com mais investimento público” » 2024-03-21 Diz que é uma pessoa diferente após esta já longa carreira de autarca e que também ficou com uma percepção mais rica do que é o território da sua freguesia. Considera que contribuiu para mitigar antigos antagonismos, faz um balanço positivo da sua acção, mas ainda tem projectos por finalizar, entre eles uma melhor ligação à sede do concelho. |
Bombeiros: a saga continua, agora para destituição da mesa da assembleia geral » 2024-03-20 Quando se pensava que as eleições para a direcção da AHBVT iriam dar lugar a um momento de acalmia na vida da associação, eis que um grupo de associados pediu a Arnaldo Santos, presidente da assembleia geral, a convocação de uma assembleia geral extraordinária para destituir, note-se, a própria mesa da assembleia geral. |
Publicidade institucional – Grupo de Amigos Avós e Netos de Lapas – Assembleia Geral CONVOCATÓRIA » 2024-03-20 Publicidade institucional - Grupo de Amigos Avós e Netos de Lapas Assembleia Geral CONVOCATÓRIA A Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Grupo de Amigos Avós e Netos, vem pela presente, nos termos do disposto no n. |
Bombeiros: lista A saiu vencedora com 407 votos » 2024-03-18 Alguma expectativa rodeava a assembleia geral eleitoral de sábado, dia 16, para a eleição da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos. Concorriam duas listas, uma liderada por Gonçalo Pereira e outra cujo cabeça-de-lista era Nuno Cruz, ex-presidente da direcção que estava em funções desde Maio de 2023. |
Fótica apresentou nova colecção da Kaleos » 2024-03-13 Em festa e ambiente de boa disposição, uma das mais antigas lojas do comércio tradicional do centro histórico de Torres Novas apresentou no sábado, dia 2, a nova colecção de óculos da marca Kaleos. |
Publicidade institucional - Associação de Dadores de Sangue de Torres Novas, assembleia geral CONVOCATÓRIA » 2024-03-13 Associação de Dadores de Sangue de Torres Novas assembleia geral CONVOCATÓRIA Pela presente convoco V.Exª para a sessão Ordinária da Assembleia Geral da Associação de Dadores de Sangue de Torres Novas, a realizar no próximo dia 26 de março de 2024, pelas 20:30 horas, na sede da Associação, no número 37 da Avenida Dr. |
Bombeiros: convocatória das eleições gera confusão » 2024-03-12 A assembleia geral eleitoral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, marcada para o dia 16 de Março, na sequência da demissão da direcção, está a causar alguma confusão entre os associados. |
Desportivo e Bombeiros vão a eleições » 2024-03-07 Duas colectividades torrejanas têm eleições marcadas para as próximas semanas. Uma delas é a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, com assembleia geral eleitoral marcada para o dia 16 de Março, na sequência da demissão da direcção. |
Publicidade institucional – Clube Desportivo de Torres Novas, Assembleia-Geral Eleitoral - CONVOCATÓRIA » 2024-03-06 Clube Desportivo de Torres Novas Assembleia-Geral Eleitoral CONVOCATÓRIA Nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 33° e seguintes do Regulamento Interno do Clube Desportivo de Torres Novas, convocam-se todos os associados para reunir, em Assembleia-Geral Eleitoral, no próximo dia 22 de Março de 2024 pelas 21h00, no Estádio Municipal Dr. |