Legislativas: PSD agastado, PS calado, Bloco rachado, PCP ao lado
Sociedade » 2019-07-06
As listas dos candidatos às legislativas de Outubro, pelo distrito de Santarém, estão na ordem do dia e mobilizam as máquinas partidárias. São processos em que corre sempre algum sangue, com os contendores a evocarem “a vontade do povo”, “o povo do distrito” e outros argumentos patéticos para justificar intenções, vontade e decisões, quando elas passam e só, pela arregimentação de militantes. Como é normal que seja em partidos políticos. Nada de mais, portanto.
A passar um mau bocado a nível nacional, o PSD distrital não é uma tropa pacificada. A lista aprovada pela distrital tem João Moura (presidente dessa estrutura) à cabeça, seguido de Ramiro Marques, de Santarém, Isaura Morais, presidente da câmara de Rio Maior, Rui Rufino, da Chamusca, Jorge Salgado Simões, de Torres Novas. Como o PSD só elegeu 3 deputados em 2015 (o quarto da coligação PAF foi para o CDS), é por aqui que começa a guerra.
O actual deputado Duarte Marques declarou-se surpreendido: “A minha maior surpresa é a minha exclusão”, disse ele, depois da aprovação da lista pela distrital no dia 26 de Junho. O advogado de Mação vai avisando que o processo ainda não está concluído, já que a lista tem de ser validada ou não pela direcção nacional do partido. Vamos ficar todos à espera que Rio desague finalmente.
O eixo Mação/Sardoal/Ferreira do Zêzere está em rota de colisão com a lista, a que se junta Abrantes. Os possíveis candidatos abrantinos em lugares da frente da lista alegam que Abrantes foi o quarto concelho que mais votos deu ao PSD nas eleições anteriores, esquecendo que os votos foram angariados por outros protagonistas e que a votação tem um sentido mais nacional que regional. “Entendemos assim que, de acordo com o nosso peso eleitoral e de acordo com as indicações de excelência que apresentámos (José Miguel Vitorino/Ana Chambel Dias) que deveríamos ter outro tipo de relevância na constituição das listas, ou em 4.º lugar – José Vitorino (em vez da Chamusca) ou em 6.º lugar Ana Dias (em vez de Benavente)”, disse o dirigente social democrata abrantino.
Disso também se poderia queixar Torres Novas, com um candidato de reconhecida ambição remetido para quinto lugar, com o militante da Chamusca à sua frente, para não falar do cabeça de lista.
No Partido Socialista está tudo calmo, para já. De resto, o partido não tem grande interesse que se faça grande alarido do cabeça de lista, se ele for António Gameiro, deputado, homem do aparelho, figura pouco consensual mesmo entre a família da “mãozinha fechada”. Que, a essas reservas, responde com uma votação à albanesa nas eleições para chefe distrital do partido, no ano passado. Os socialistas começaram o processo de escolha dos candidatos a 27 de Junho e só em 23 de Julho Costa, que detém uma espécie de direito de pernada no assunto, anunciará as suas escolhas pessoais, um terço dos candidatos elegíveis. O PS já proclamou que os dois primeiros das listas deverão ser de género diferente. No caso de Santarém, com a entrada na liça de Céu Albuquerque, ex-autarca de Abrantes e actual secretária de Estado, também deverá haver lugar à “palavra do povo” e dos “interesses do distrito” para alinhavar o rol dos candidatos.
Do lado Bloco de Esquerda sopra grande ventania, uma vez que o partido sonha eleger um deputado pelo distrito à semelhança de 2015, com uma lista encabeçada por Carlos Matias, seguido então de Margarida Moleiro, técnica superior de cultura, de Torres Novas. E aqui é que ela empeça: há quatro anos, Matias acordou, com a entourage que o empossou como cabeça de lista, que ficava no Parlamento apenas uns meses, para dar lugar à nova geração. A verdade é que Matias gostou da experiência e os meses transformaram-se num mandato inteiro, sem abébias. E mais, o actual deputado de 67 anos não quer largar o lugar.
A direcção nacional do BE mandou dizer que pretendia refrescar a lista de Santarém e que não aceitava a decisão anunciada unilateralmente pela distrital, antes da reunião decisiva, de manter Matias como cabeça de lista, mas isso não demoveu os militantes. Na assembleia distrital de militantes, realizada em Santarém no dia 29 de Junho, os militantes presentes votaram por larga maioria a lista da distrital, com Matias, Luís Gomes (sociólogo, de Salvaterra), Ana Sofia Ligeiro (geógrafa, Torres Novas) nos lugares cimeiros. A alternativa, apoiada pela direcção nacional, foi uma lista que tinha Fabíola Cardoso (professora de Santarém) como cabeça de lista, seguida por Roberto Barata, engenheiro, de Torres Novas.
Não valeu de nada a alegada carta enviada aos militantes de Santarém, em que a Comissão Política bloquista dizia ter tomado “conhecimento do anúncio público, pela Comissão Coordenadora Distrital de Santarém , da indicação do nome do camarada Carlos Matias para encabeçar a lista eleitoral pelo círculo de Santarém às próximas eleições legislativas” (..) e que, presumindo que essa proposta fosse presente à Assembleia Distrital do dia 29, a Comissão Política, informava os proponentes dessa candidatura e a Assembleia Distrital de que pretendia apresentar à Mesa Nacional os nomes dos camaradas Fabíola Cardoso e Roberto Barata, que pareciam corresponder às necessidades de renovação da presença eleitoral do BE e da sua futura representação parlamentar.
Dias antes da assembleia de Santarém, Matias tinha enviado uma carta aos militante a dizer que no distrito de Santarém tem de ser “o povo quem mais ordena”, tendo o povo ordenado por 81 votos que o antigo engenheiro da PT seria o número um da lista. A assembleia ficou marcado pelo episódio patusco da ressurreição de Anita, a controversa ex-autarca do BE de Salvaterra, que há uns dois meses se inscreveu no partido para ver como param as modas. Entretanto, Matias ou Fabíola, sobra o um bico-de-obra para Catarina Martins resolver à mesa do palacete da rua da Palma.
O PCP está praticamente à margem destes enredos, embora tenha enviado o ex-deputado motard Manuel Tiago para Viseu para apagar um fogo que grassa entre os militantes do antigo cavaquistão. No “partido” não há lugar a votações de militantes para escolha de deputados e a direcção nacional já indicou o nome António Filipe para cabeça de lista, em Santarém. Com apenas 56 anos, Filipe é um deputado veterano e detentor de um enorme currículo político, tendo sido eleito pelo distrito de Santarém em 2015.
O CDS também elegeu um deputado em 2015, embora na lista de coligação, mas até à data não chegou à nossa redacção informação concreta sobre a lista dos populares para o círculo eleitoral de Santarém.
Legislativas: PSD agastado, PS calado, Bloco rachado, PCP ao lado
Sociedade » 2019-07-06As listas dos candidatos às legislativas de Outubro, pelo distrito de Santarém, estão na ordem do dia e mobilizam as máquinas partidárias. São processos em que corre sempre algum sangue, com os contendores a evocarem “a vontade do povo”, “o povo do distrito” e outros argumentos patéticos para justificar intenções, vontade e decisões, quando elas passam e só, pela arregimentação de militantes. Como é normal que seja em partidos políticos. Nada de mais, portanto.
A passar um mau bocado a nível nacional, o PSD distrital não é uma tropa pacificada. A lista aprovada pela distrital tem João Moura (presidente dessa estrutura) à cabeça, seguido de Ramiro Marques, de Santarém, Isaura Morais, presidente da câmara de Rio Maior, Rui Rufino, da Chamusca, Jorge Salgado Simões, de Torres Novas. Como o PSD só elegeu 3 deputados em 2015 (o quarto da coligação PAF foi para o CDS), é por aqui que começa a guerra.
O actual deputado Duarte Marques declarou-se surpreendido: “A minha maior surpresa é a minha exclusão”, disse ele, depois da aprovação da lista pela distrital no dia 26 de Junho. O advogado de Mação vai avisando que o processo ainda não está concluído, já que a lista tem de ser validada ou não pela direcção nacional do partido. Vamos ficar todos à espera que Rio desague finalmente.
O eixo Mação/Sardoal/Ferreira do Zêzere está em rota de colisão com a lista, a que se junta Abrantes. Os possíveis candidatos abrantinos em lugares da frente da lista alegam que Abrantes foi o quarto concelho que mais votos deu ao PSD nas eleições anteriores, esquecendo que os votos foram angariados por outros protagonistas e que a votação tem um sentido mais nacional que regional. “Entendemos assim que, de acordo com o nosso peso eleitoral e de acordo com as indicações de excelência que apresentámos (José Miguel Vitorino/Ana Chambel Dias) que deveríamos ter outro tipo de relevância na constituição das listas, ou em 4.º lugar – José Vitorino (em vez da Chamusca) ou em 6.º lugar Ana Dias (em vez de Benavente)”, disse o dirigente social democrata abrantino.
Disso também se poderia queixar Torres Novas, com um candidato de reconhecida ambição remetido para quinto lugar, com o militante da Chamusca à sua frente, para não falar do cabeça de lista.
No Partido Socialista está tudo calmo, para já. De resto, o partido não tem grande interesse que se faça grande alarido do cabeça de lista, se ele for António Gameiro, deputado, homem do aparelho, figura pouco consensual mesmo entre a família da “mãozinha fechada”. Que, a essas reservas, responde com uma votação à albanesa nas eleições para chefe distrital do partido, no ano passado. Os socialistas começaram o processo de escolha dos candidatos a 27 de Junho e só em 23 de Julho Costa, que detém uma espécie de direito de pernada no assunto, anunciará as suas escolhas pessoais, um terço dos candidatos elegíveis. O PS já proclamou que os dois primeiros das listas deverão ser de género diferente. No caso de Santarém, com a entrada na liça de Céu Albuquerque, ex-autarca de Abrantes e actual secretária de Estado, também deverá haver lugar à “palavra do povo” e dos “interesses do distrito” para alinhavar o rol dos candidatos.
Do lado Bloco de Esquerda sopra grande ventania, uma vez que o partido sonha eleger um deputado pelo distrito à semelhança de 2015, com uma lista encabeçada por Carlos Matias, seguido então de Margarida Moleiro, técnica superior de cultura, de Torres Novas. E aqui é que ela empeça: há quatro anos, Matias acordou, com a entourage que o empossou como cabeça de lista, que ficava no Parlamento apenas uns meses, para dar lugar à nova geração. A verdade é que Matias gostou da experiência e os meses transformaram-se num mandato inteiro, sem abébias. E mais, o actual deputado de 67 anos não quer largar o lugar.
A direcção nacional do BE mandou dizer que pretendia refrescar a lista de Santarém e que não aceitava a decisão anunciada unilateralmente pela distrital, antes da reunião decisiva, de manter Matias como cabeça de lista, mas isso não demoveu os militantes. Na assembleia distrital de militantes, realizada em Santarém no dia 29 de Junho, os militantes presentes votaram por larga maioria a lista da distrital, com Matias, Luís Gomes (sociólogo, de Salvaterra), Ana Sofia Ligeiro (geógrafa, Torres Novas) nos lugares cimeiros. A alternativa, apoiada pela direcção nacional, foi uma lista que tinha Fabíola Cardoso (professora de Santarém) como cabeça de lista, seguida por Roberto Barata, engenheiro, de Torres Novas.
Não valeu de nada a alegada carta enviada aos militantes de Santarém, em que a Comissão Política bloquista dizia ter tomado “conhecimento do anúncio público, pela Comissão Coordenadora Distrital de Santarém , da indicação do nome do camarada Carlos Matias para encabeçar a lista eleitoral pelo círculo de Santarém às próximas eleições legislativas” (..) e que, presumindo que essa proposta fosse presente à Assembleia Distrital do dia 29, a Comissão Política, informava os proponentes dessa candidatura e a Assembleia Distrital de que pretendia apresentar à Mesa Nacional os nomes dos camaradas Fabíola Cardoso e Roberto Barata, que pareciam corresponder às necessidades de renovação da presença eleitoral do BE e da sua futura representação parlamentar.
Dias antes da assembleia de Santarém, Matias tinha enviado uma carta aos militante a dizer que no distrito de Santarém tem de ser “o povo quem mais ordena”, tendo o povo ordenado por 81 votos que o antigo engenheiro da PT seria o número um da lista. A assembleia ficou marcado pelo episódio patusco da ressurreição de Anita, a controversa ex-autarca do BE de Salvaterra, que há uns dois meses se inscreveu no partido para ver como param as modas. Entretanto, Matias ou Fabíola, sobra o um bico-de-obra para Catarina Martins resolver à mesa do palacete da rua da Palma.
O PCP está praticamente à margem destes enredos, embora tenha enviado o ex-deputado motard Manuel Tiago para Viseu para apagar um fogo que grassa entre os militantes do antigo cavaquistão. No “partido” não há lugar a votações de militantes para escolha de deputados e a direcção nacional já indicou o nome António Filipe para cabeça de lista, em Santarém. Com apenas 56 anos, Filipe é um deputado veterano e detentor de um enorme currículo político, tendo sido eleito pelo distrito de Santarém em 2015.
O CDS também elegeu um deputado em 2015, embora na lista de coligação, mas até à data não chegou à nossa redacção informação concreta sobre a lista dos populares para o círculo eleitoral de Santarém.
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