“Crescem flores onde estiveres - A vida de Joaquim Alberto contada pelo próprio", sábado, em Riachos
Sociedade » 2018-12-13livro é apresentado dia 18, pelas 16 horas, na Casa do Povo
“Crescem flores onde estiveres – a vida de Joaquim Alberto contada pelo próprio” é o relato, na primeira pessoa, das mil vidas do ex-diácono católico, companheiro dos padres operários, revolucionário romântico, militante anti-fascista, membro da LUAR, exilado, preso político, cooperativista, animador de associações de emigrantes em França, amante das canções de Brel, amigo do Zeca, fundador da Comunal de Árgea, caçador de utopias, riachense antes e no fim de tudo – o título evoca uma canção do seu amigo Pedro Lobo Antunes (que mais tarde seria director do GAT e vereador na Câmara de Torres Novas) e que com ele, em finais de 1974, ergueu a experiência socialmente revolucionária que foi a cooperativa Comunal, na aldeia de Árgea, freguesia de Olaia deste concelho.
O livro, a ser lançado por ocasião dos 80 anos de Joaquim Alberto, vai ter uma sessão de apresentação na Casa do Povo de Riachos, pelas 16 horas do próximo sábado, dia 15 de Dezembro, após um almoço em sua honra organizado por um grupo de amigos.
Elaborado a partir de longas horas de entrevistas gravadas em audio e video, que se destinavam, de início, a ficarem como memória de um protagonista da vida colectiva riachense e do país da segunda metade do século passado, o livro resulta de um trabalho de selecção e organização levado a cabo por Carlos Simões Nuno, actual director de O Riachense, e por Carlos Tomé, que encaixaram em nove capítulos outras tantas fases significativas ou facetas singulares de uma vida vivida a mil tempos, para evocar outra vez as palavras de Jacques Brel, deste riachense e homem de tantas causas e lutas.
Joaquim Alberto Lopes Simões nasceu em Riachos em 1938, fez os estudos secundários em Tomar e enveredou pela profissão de serralheiro. Trabalha em Alverca, passa pelos CTT e pela Renova e, já adulto (1959), ingressa no seminário dos Olivais, onde fica até 1966 e tira o Curso Superior de Teologia. Mas sopravam os ventos do Vaticano II e o diácono Joaquim Alberto optou por abandonar a perspectiva de ser padre e em 1966 vai para Paris com o intuito de estudar filosofia. Regressa em 1969 e fixa-se em Vila Franca, trabalhando numa comunidade responsável por uma imstituição de acolhimento de crianças pobres dirigida por um padre goês.
No início da década de 70 volta outra vez a França e trabalha com a comunidade emigrante, apoiando os que chegam e precisam de ajuda. É em França que conhece José Afonso, que ficou em sua casa quando em terras francesas esperava pelo estúdio onde gravaria o célebre disco “Cantigas do Maio”. Liga-se à LUAR, organização que se dedicava a acções de sabotagem a estruturas e equipamentos do Estado português, é preso em Espanha durante uma viagem clandestina a Portugal (já tinha sido preso pela PIDE uns tempos antes) e é nessa situação que é apanhado pelo 25 de Abril. Em finais de 1974 funda em Árgea a cooperativa agrícola Comunal, na década de 80 está de novo em Riachos e participa na vida autárquica e associativa riachense. Entretanto, tenta uma experiência de cooperante em Moçambique, volta a Riachos, onde desenvolve iniciativas e preside à comissão de melhoramentos, até 1988. Volta a Paris mais uma vez, mas no início da década de 90 está no Alentejo (Castro Verde e Viana), na dinamização de programas de desenvolvimento rural. Depois destas experiências, Paris está ainda mais uma vez na sua rota, e é lá que vive, viajando de vez em quando a Portugal e para Riachos, para estar com a família e os amigos.
No sábado, Joaquim Alberto Simões celebrará com familiares e amigos os oitenta anos de uma vida cheia, tomada de sonhos e lutas, uma vida que é símbolo de toda uma geração a quem se deve a liberdade.
“Crescem flores onde estiveres - A vida de Joaquim Alberto contada pelo próprio", sábado, em Riachos
Sociedade » 2018-12-13livro é apresentado dia 18, pelas 16 horas, na Casa do Povo
“Crescem flores onde estiveres – a vida de Joaquim Alberto contada pelo próprio” é o relato, na primeira pessoa, das mil vidas do ex-diácono católico, companheiro dos padres operários, revolucionário romântico, militante anti-fascista, membro da LUAR, exilado, preso político, cooperativista, animador de associações de emigrantes em França, amante das canções de Brel, amigo do Zeca, fundador da Comunal de Árgea, caçador de utopias, riachense antes e no fim de tudo – o título evoca uma canção do seu amigo Pedro Lobo Antunes (que mais tarde seria director do GAT e vereador na Câmara de Torres Novas) e que com ele, em finais de 1974, ergueu a experiência socialmente revolucionária que foi a cooperativa Comunal, na aldeia de Árgea, freguesia de Olaia deste concelho.
O livro, a ser lançado por ocasião dos 80 anos de Joaquim Alberto, vai ter uma sessão de apresentação na Casa do Povo de Riachos, pelas 16 horas do próximo sábado, dia 15 de Dezembro, após um almoço em sua honra organizado por um grupo de amigos.
Elaborado a partir de longas horas de entrevistas gravadas em audio e video, que se destinavam, de início, a ficarem como memória de um protagonista da vida colectiva riachense e do país da segunda metade do século passado, o livro resulta de um trabalho de selecção e organização levado a cabo por Carlos Simões Nuno, actual director de O Riachense, e por Carlos Tomé, que encaixaram em nove capítulos outras tantas fases significativas ou facetas singulares de uma vida vivida a mil tempos, para evocar outra vez as palavras de Jacques Brel, deste riachense e homem de tantas causas e lutas.
Joaquim Alberto Lopes Simões nasceu em Riachos em 1938, fez os estudos secundários em Tomar e enveredou pela profissão de serralheiro. Trabalha em Alverca, passa pelos CTT e pela Renova e, já adulto (1959), ingressa no seminário dos Olivais, onde fica até 1966 e tira o Curso Superior de Teologia. Mas sopravam os ventos do Vaticano II e o diácono Joaquim Alberto optou por abandonar a perspectiva de ser padre e em 1966 vai para Paris com o intuito de estudar filosofia. Regressa em 1969 e fixa-se em Vila Franca, trabalhando numa comunidade responsável por uma imstituição de acolhimento de crianças pobres dirigida por um padre goês.
No início da década de 70 volta outra vez a França e trabalha com a comunidade emigrante, apoiando os que chegam e precisam de ajuda. É em França que conhece José Afonso, que ficou em sua casa quando em terras francesas esperava pelo estúdio onde gravaria o célebre disco “Cantigas do Maio”. Liga-se à LUAR, organização que se dedicava a acções de sabotagem a estruturas e equipamentos do Estado português, é preso em Espanha durante uma viagem clandestina a Portugal (já tinha sido preso pela PIDE uns tempos antes) e é nessa situação que é apanhado pelo 25 de Abril. Em finais de 1974 funda em Árgea a cooperativa agrícola Comunal, na década de 80 está de novo em Riachos e participa na vida autárquica e associativa riachense. Entretanto, tenta uma experiência de cooperante em Moçambique, volta a Riachos, onde desenvolve iniciativas e preside à comissão de melhoramentos, até 1988. Volta a Paris mais uma vez, mas no início da década de 90 está no Alentejo (Castro Verde e Viana), na dinamização de programas de desenvolvimento rural. Depois destas experiências, Paris está ainda mais uma vez na sua rota, e é lá que vive, viajando de vez em quando a Portugal e para Riachos, para estar com a família e os amigos.
No sábado, Joaquim Alberto Simões celebrará com familiares e amigos os oitenta anos de uma vida cheia, tomada de sonhos e lutas, uma vida que é símbolo de toda uma geração a quem se deve a liberdade.
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