Perigo continua à espreita: dois mortos em atropelamentos nas passadeiras da cidade nos últimos meses
Sociedade » 2024-06-11
A colocação de aviso em forma de emoji na avenida Xanana de Gusmão, que dá acesso ao hospital, e onde no final do ano se deu um atropelamento mortal, não tem graça nenhuma. Essa sinalética existe em algumas cidades, não tanto para anunciar a existência de passadeiras, que não anunciam, mas para refrear os ímpetos dos condutores sem escrúpulos.
Dispensavam-se, por respeito, bonecos a mostrar cara de tristeza ou de alegria no local onde morreu uma pessoa e teria mais sentido soluções sérias para condicionamento da velocidade naquela via. Acontece que o boneco é uma mera indicação da velocidade a que se conduz, não anuncia passadeira nenhuma e não tem qualquer efeito prático.
No local onde se deu outro atropelamento cuja vítima acabou por morrer na sequência dos ferimentos, a passadeira junto ao Centro da Saúde para quem vem das Lapas (foto1), continua sem qualquer intervenção. É uma das passadeiras mais perigosas da cidade, porque muito dissimulada. Não tem qualquer sinalética prévia de aproximação de passadeira e com estacionamento permanente de carros antes do sinal e da passadeira, torna-se até de difícil visibilidade para os condutores. Já passaram meses desde o acontecimento fatídico que vitimou um homem e é como nada se tivesse passado, num local de grande fluxo pedonal de pessoas que saem do centro de saúde e atravessam a via a caminho da Bica e da Silvã.
De resto, a poucos metros dali, do outro lado (foto 2), um outro perigo espreita, para quem vem da rua da Fábrica e pretende subir em direcção ao estádio. A curva convida a uma pequena aceleração para enfrentar a subida, mas eis que em cima dela está uma passadeira. Nem quem a atravessa espera que venha um carro de repente a fazer a curva, nem um condutor espera encontrar uma passadeira a dois ou três metros da curva, sem sinalética prévia. Neste caso, todas as soluções seriam boas, até mesmo a pintura do asfalto a tinta vermelha.
É curiosa a enorme quantidade de passadeiras que existem em Torres Novas imediatamente a seguir a curvas ou cruzamentos, todas elas perigosas para quem as atravessa. Se nuns casos elas são imprescindíveis para dar continuidade ao trajecto pedonal mais lógico de quem percorre as ruas, outros casos há em que as passadeiras podiam não estar exactamente em cima de curvas ou de cruzamentos.
Tendo como aviso os dois atropelamentos mortais dos últimos meses em passadeiras, um emblema desastroso para qualquer autarquia, parece não haver intenções de abordar a situação com a urgência e a seriedade que ela exige. Em vez das brincadeiras de emojis e de ostensivo show-off que foi pintar uma avenida inteira a parecer um mar vermelho, de estética no mínimo duvidosa e de necessidade também discutível, atendendo ao que já existe, sinaléticas, passadeiras e lombas (falamos da avenida Sá Carneiro), deveria ter-se optado por um plano rápido de caça ao perigo nas locais claramente mais urgentes, nomeadamente na referida passadeira junto ao centro de saúde onde morreu um homem e outras.
Estradas perigosas
Falhado estrondosamente o projecto das bicicletas, centena de milhares de euros depois (não se vê uma bicicleta nas ruas de Torres Novas – ou melhor, vê-se uma, sempre a mesma) melhor teria sido a aposta em vias pedonais. A não existência de uma passeio entre a quinta da Cruzinha, à saída de Lapas, e o centro de saúde, atendendo ao facto de, desde sempre, este troço ser feito a pé por muitas pessoas, diz bem do respeito que a autarquia tem pelos peões, quando se apregoa, exactamente, os benefícios da caminhada.
Mas outro troço atinge foros de descontentamento geral: por exemplo o que vai do Alto da Senhora da Vitória à Ribeira, onde o asfaltamento cobriu os antigos passeios e os peões, que são muitos, e não só no verão por causa da praia fluvial, são sujeitos a um perigo sempre iminente de atropelamento porque não têm outra opção que caminhar na estrada nem têm para onde fugir.
É claro que obras destas, aquelas que são efectivamente úteis e necessárias, não estão nos planos imediatos de quem nos governa. O foguetório, a selfie da treta por tudo e por nada e o espectáculo estão sempre a montante.
Perigo continua à espreita: dois mortos em atropelamentos nas passadeiras da cidade nos últimos meses
Sociedade » 2024-06-11
A colocação de aviso em forma de emoji na avenida Xanana de Gusmão, que dá acesso ao hospital, e onde no final do ano se deu um atropelamento mortal, não tem graça nenhuma. Essa sinalética existe em algumas cidades, não tanto para anunciar a existência de passadeiras, que não anunciam, mas para refrear os ímpetos dos condutores sem escrúpulos.
Dispensavam-se, por respeito, bonecos a mostrar cara de tristeza ou de alegria no local onde morreu uma pessoa e teria mais sentido soluções sérias para condicionamento da velocidade naquela via. Acontece que o boneco é uma mera indicação da velocidade a que se conduz, não anuncia passadeira nenhuma e não tem qualquer efeito prático.
No local onde se deu outro atropelamento cuja vítima acabou por morrer na sequência dos ferimentos, a passadeira junto ao Centro da Saúde para quem vem das Lapas (foto1), continua sem qualquer intervenção. É uma das passadeiras mais perigosas da cidade, porque muito dissimulada. Não tem qualquer sinalética prévia de aproximação de passadeira e com estacionamento permanente de carros antes do sinal e da passadeira, torna-se até de difícil visibilidade para os condutores. Já passaram meses desde o acontecimento fatídico que vitimou um homem e é como nada se tivesse passado, num local de grande fluxo pedonal de pessoas que saem do centro de saúde e atravessam a via a caminho da Bica e da Silvã.
De resto, a poucos metros dali, do outro lado (foto 2), um outro perigo espreita, para quem vem da rua da Fábrica e pretende subir em direcção ao estádio. A curva convida a uma pequena aceleração para enfrentar a subida, mas eis que em cima dela está uma passadeira. Nem quem a atravessa espera que venha um carro de repente a fazer a curva, nem um condutor espera encontrar uma passadeira a dois ou três metros da curva, sem sinalética prévia. Neste caso, todas as soluções seriam boas, até mesmo a pintura do asfalto a tinta vermelha.
É curiosa a enorme quantidade de passadeiras que existem em Torres Novas imediatamente a seguir a curvas ou cruzamentos, todas elas perigosas para quem as atravessa. Se nuns casos elas são imprescindíveis para dar continuidade ao trajecto pedonal mais lógico de quem percorre as ruas, outros casos há em que as passadeiras podiam não estar exactamente em cima de curvas ou de cruzamentos.
Tendo como aviso os dois atropelamentos mortais dos últimos meses em passadeiras, um emblema desastroso para qualquer autarquia, parece não haver intenções de abordar a situação com a urgência e a seriedade que ela exige. Em vez das brincadeiras de emojis e de ostensivo show-off que foi pintar uma avenida inteira a parecer um mar vermelho, de estética no mínimo duvidosa e de necessidade também discutível, atendendo ao que já existe, sinaléticas, passadeiras e lombas (falamos da avenida Sá Carneiro), deveria ter-se optado por um plano rápido de caça ao perigo nas locais claramente mais urgentes, nomeadamente na referida passadeira junto ao centro de saúde onde morreu um homem e outras.
Estradas perigosas
Falhado estrondosamente o projecto das bicicletas, centena de milhares de euros depois (não se vê uma bicicleta nas ruas de Torres Novas – ou melhor, vê-se uma, sempre a mesma) melhor teria sido a aposta em vias pedonais. A não existência de uma passeio entre a quinta da Cruzinha, à saída de Lapas, e o centro de saúde, atendendo ao facto de, desde sempre, este troço ser feito a pé por muitas pessoas, diz bem do respeito que a autarquia tem pelos peões, quando se apregoa, exactamente, os benefícios da caminhada.
Mas outro troço atinge foros de descontentamento geral: por exemplo o que vai do Alto da Senhora da Vitória à Ribeira, onde o asfaltamento cobriu os antigos passeios e os peões, que são muitos, e não só no verão por causa da praia fluvial, são sujeitos a um perigo sempre iminente de atropelamento porque não têm outra opção que caminhar na estrada nem têm para onde fugir.
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