Alcanena: um belo museu, uma conquista que demorou décadas
Sociedade » 2024-10-05
Alcanena viu ontem, dia 4 de Outubro, concretizar-se um sonho de duas gerações: a inauguração do seu Museu Municipal, em instalações adquiridas em tempos pelo município a uma família da terra. O novo equipamento alberga o Museu Municipal de Alcanena e também o Arquivo Municipal, para além de espaços dedicados às reservas e outras acomodações.
A história contada pelo museu começa com uma breve alusão ao património arqueológico do território que é hoje o concelho de Alcanena e pela fixação humana ainda na Idade Média em povoações limítrofes – como atesta a fundação das antigas confrarias de Bugalhos e Monsanto -, mas o essencial do acervo museológico exposto diz respeito, como não podia deixar de ser, à indústria de curtumes que esteve na origem da afirmação e crescimento daquela que foi uma freguesia do concelho de Torres Novas até 1914. Valiosas máquinas, do ponto de vista do património arqueológico industrial, bem como objectos e utensílios ligados ao processo de fabrico dos curtumes, dão ao visitante uma perspectiva do que foi a indústria que marca a história económica e social alcanenense desde meados do século XVIII.
Aqui e ali, a linha do tempo é pontuada por episódios ou contextos históricos relacionados com a evolução da actual vila de Alcanea: os alvarás régios das fábricas mais antigas, o movimento sindical operário (alinham-se centenas de rostos de antigos operários e trabalhadores das fábricas de curtumes), os testemunhos da antiga linha de comboio Torres Novas-Alcanena, a presença da maçonaria na burguesia industrial alcanenense, as primeiras lutas emancipatórias em defesa do concelho de Alcanena, entre muitos outros aspectos, para acabar com um registo da chegada da liberdade em 1974.
Registe-se que a ideia de um museu dos curtumes, ou um museu da indústria em Alcanena (o projecto foi tendo diferentes designações) é bastante antigo e demorou décadas a chegar a bom porto. Em 2008, na presidência de Luís Azevedo, o edifício estava pronto, mas as diferentes lideranças autárquicas que se foram sucedendo não lograram dar passos decisivos para a concretização da velha aspiração alcanenense.
Com Rui Anastácio à frente da autarquia desde 2021, e a contribuição decisiva de Gabriel Feitor, um jovem historiador alcanenense, foi possível queimar etapas e abrir finalmente o agora designado Museu Municipal de Alcanena, que, sem margem para qualquer dúvida, vem enriquecer a rede museológica da região ribatejana, de que passará a ser uma referência.
Alcanena: um belo museu, uma conquista que demorou décadas
Sociedade » 2024-10-05Alcanena viu ontem, dia 4 de Outubro, concretizar-se um sonho de duas gerações: a inauguração do seu Museu Municipal, em instalações adquiridas em tempos pelo município a uma família da terra. O novo equipamento alberga o Museu Municipal de Alcanena e também o Arquivo Municipal, para além de espaços dedicados às reservas e outras acomodações.
A história contada pelo museu começa com uma breve alusão ao património arqueológico do território que é hoje o concelho de Alcanena e pela fixação humana ainda na Idade Média em povoações limítrofes – como atesta a fundação das antigas confrarias de Bugalhos e Monsanto -, mas o essencial do acervo museológico exposto diz respeito, como não podia deixar de ser, à indústria de curtumes que esteve na origem da afirmação e crescimento daquela que foi uma freguesia do concelho de Torres Novas até 1914. Valiosas máquinas, do ponto de vista do património arqueológico industrial, bem como objectos e utensílios ligados ao processo de fabrico dos curtumes, dão ao visitante uma perspectiva do que foi a indústria que marca a história económica e social alcanenense desde meados do século XVIII.
Aqui e ali, a linha do tempo é pontuada por episódios ou contextos históricos relacionados com a evolução da actual vila de Alcanea: os alvarás régios das fábricas mais antigas, o movimento sindical operário (alinham-se centenas de rostos de antigos operários e trabalhadores das fábricas de curtumes), os testemunhos da antiga linha de comboio Torres Novas-Alcanena, a presença da maçonaria na burguesia industrial alcanenense, as primeiras lutas emancipatórias em defesa do concelho de Alcanena, entre muitos outros aspectos, para acabar com um registo da chegada da liberdade em 1974.
Registe-se que a ideia de um museu dos curtumes, ou um museu da indústria em Alcanena (o projecto foi tendo diferentes designações) é bastante antigo e demorou décadas a chegar a bom porto. Em 2008, na presidência de Luís Azevedo, o edifício estava pronto, mas as diferentes lideranças autárquicas que se foram sucedendo não lograram dar passos decisivos para a concretização da velha aspiração alcanenense.
Com Rui Anastácio à frente da autarquia desde 2021, e a contribuição decisiva de Gabriel Feitor, um jovem historiador alcanenense, foi possível queimar etapas e abrir finalmente o agora designado Museu Municipal de Alcanena, que, sem margem para qualquer dúvida, vem enriquecer a rede museológica da região ribatejana, de que passará a ser uma referência.
Gestão de resíduos urbanos: mais do que taxas, precisamos de acções! - andré valentim » 2025-03-22 Nos últimos dois meses, o executivo torrejano apresentou dois documentos relevantes para a gestão de resíduos urbanos: o regulamento do serviço de gestão de resíduos urbanos e, posteriormente, a proposta de tarifário para esse serviço. |
![]() No próximo dia 26 de Março, pelas 10h30, o auditório da Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes recebe a acção de sensibilização “Vamos falar sobre Violência Doméstica”, que terá como oradora Elisabete Brasil, nome incontornável na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência de género em Portugal. |
![]() O Município de Vila Nova da Barquinha vai celebrar o Dia Nacional dos Centros Históricos (28 de Março) no próximo dia 29 de Março, no centro histórico da sede de concelho. A iniciativa pretende reconhecer a riqueza cultural e histórica que define a identidade daquela que é conhecida como “A Princesa do Tejo”. |
Semana da Leitura de Torres Novas: encontros com os escritores Carla Maia de Almeida e Pedro Seromenho » 2025-03-22
O Município de Torres Novas promove, entre os dias 31 de Março e 6 de Abril, a Semana Concelhia da Leitura 2025, uma iniciativa organizada conjuntamente pela Rede de Bibliotecas de Torres Novas, o Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves e o Agrupamento de Escolas Gil Paes. |
![]()
A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) expandiu a sua oferta de serviços diferenciados à população, disponibilizando na Unidade de Reabilitação Cardiorrespiratória programas de reabilitação personalizados para diversas condições cardiorrespiratórias graves. |
![]() Clube Desportivo de Torres Novas Assembleia Geral CONVOCATÓRIA Em conformidade com o disposto nos artigos 39.º e ss. do Regulamento Interno do Clube Desportivo de Torres Novas, convoco a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, a reunir no Estádio Municipal Dr. |
![]()
A água é um dos bens mais preciosos. Sem ela nada feito. Garantir a sustentabilidade dos sistemas é um dos maiores desafios que enfrentamos. Autarcas, gestores, decisores, clientes, consumidores, investigadores e técnicos do setor devem estar alinhados neste desiderato de eleger a água como um activo finito e imprescindível para o progresso e desenvolvimento dos territórios. |
![]() “O ridículo não mata, mas a subserviência devia envergonhar” – é este o título do comunicado de imprensa do Bloco de Esquerda, a respeito do recente “protocolo de mecenato” entre a empresa Renova e o Município, em que este aceita produtos de papel para as ofertas institucionais, esquecendo as outras empresas do concelho. |
Na Meia Via, prevenção precisa-se - antónio gomes » 2025-02-08 No concelho de Torres Novas apenas uma freguesia – Pedrógão - faz parte da lista dos territórios vulneráveis, de acordo com o decreto-lei 28-A/2020. Esta classificação é importante para a tomada de medidas de prevenção dos fogos rurais, são freguesias com determinadas especificidades como a área total do seu território e a área de ocupação florestal entre outras. |
![]()
Trata-se da primeira edição e tem por lema “Feira de Velharias, Antiguidades e Artesanato de Fungalvaz”, aldeia da freguesia de Assentis, concelho de Torres Novas. O certame realiza-se nos dias 15 e 16 de Fevereiro, no salão da colectividade, durante todo o dia, e inclui animação musical dia 15, com Rui Feliciano, uma aula de pilates no dia seguinte e também porco no espeto e sopa da pedra. |