EDITORIAL: Um crime contra o património cultural será sempre um crime contra o património cultural
Sociedade » 2020-11-06
As obras, aquelas que vão fazendo e desfazendo os tempos percorridos por uma cidade, mesmo aquelas que se destacam de uma certa simplicidade e atraem, no momento da sua novidade, ampla simpatia e admiração, mesmo essas esbatem-se um dia na normalidade dissolvente que as gerações vão impondo à paisagem que se torna aparentemente imutável.
Outras, contudo, pelo grau de confronto ou agressão que suscitam, acabam por ficar sempre como monumentos gritantes a gestos irreflectidos, erros, arrogâncias e egoísmos, motivações diversas. São marcas que serão sempre chagas, fracturas transformadas em feridas que não saram o desgosto, o desapontamento, a tristeza.
Exemplos há muitos, e esses ficam para sempre associados a quem foi por eles responsável, como o emparedamento da ponto Raro (mesmo nessa altura havia soluções menos intrusivas e destrutivas), essoutro autêntico crime contra o património que é o mamarracho medonho construído em afrontamento ao edifício do antigo hospital, obra inútil e estúpida que assassinou a frente edificada da avenida em atropelo das próprias normas urbanísticas e oblitera o edifício na vista que dele se tem da avenida, ofendendo exactamente um objectivo da sua reabilitação, que era ampliar a sua visibilidade, para não falar da destruição daquele que era o magnífico Rossio da cidade em que se implantou uma tralha caótica de equipamentos inúteis, porque localizados ao arrepio da demografia e exactamente junto aos bairros mais envelhecidos e logo num dos locais de maior tráfego automóvel da cidade.
A não quererem arrepiar caminho no enterro do porto da Bácora, Pedro Ferreira, Luís Silva, Elvira Sequeira, Joaquim Cabral e Carlos Ramos ficarão nos desgraçados anais da história mais triste como aqueles que promoveram e viabilizaram a destruição deste elemento patrimonial da memória da cidade: o porto da Bácora, uma das últimas entradas do rio, carregada de fortes memórias e tão clara na sua lógica comunicativa da vila com o rio e as suas águas, será destruído ainda por cima num projecto que visa, na sua argumentação, valorizar o rio. Triste ironia: em vez de valorizar, fecha e empareda ainda mais o rio. Em vez de o abrir, esconde-o, tapa-o. Mata-o.
Julgam porventura, os promotores desta afronta, que uma maioria absoluta de votos é alvará para decisões características do poder absoluto e autista, quando deveria ser, pelo contrário, razão para saber ouvir, com humildade e sabedoria, as razões de quem critica ou, simplesmente, alerta. Um poder que se suporta na confiança de larga maioria da comunidade deve ser magnânimo na tolerância, na aceitação das diferenças, na consciência de que uma vitória eleitoral não suporta a razão e a justeza de todas e quaisquer decisões.
A direcção do JT
EDITORIAL: Um crime contra o património cultural será sempre um crime contra o património cultural
Sociedade » 2020-11-06As obras, aquelas que vão fazendo e desfazendo os tempos percorridos por uma cidade, mesmo aquelas que se destacam de uma certa simplicidade e atraem, no momento da sua novidade, ampla simpatia e admiração, mesmo essas esbatem-se um dia na normalidade dissolvente que as gerações vão impondo à paisagem que se torna aparentemente imutável.
Outras, contudo, pelo grau de confronto ou agressão que suscitam, acabam por ficar sempre como monumentos gritantes a gestos irreflectidos, erros, arrogâncias e egoísmos, motivações diversas. São marcas que serão sempre chagas, fracturas transformadas em feridas que não saram o desgosto, o desapontamento, a tristeza.
Exemplos há muitos, e esses ficam para sempre associados a quem foi por eles responsável, como o emparedamento da ponto Raro (mesmo nessa altura havia soluções menos intrusivas e destrutivas), essoutro autêntico crime contra o património que é o mamarracho medonho construído em afrontamento ao edifício do antigo hospital, obra inútil e estúpida que assassinou a frente edificada da avenida em atropelo das próprias normas urbanísticas e oblitera o edifício na vista que dele se tem da avenida, ofendendo exactamente um objectivo da sua reabilitação, que era ampliar a sua visibilidade, para não falar da destruição daquele que era o magnífico Rossio da cidade em que se implantou uma tralha caótica de equipamentos inúteis, porque localizados ao arrepio da demografia e exactamente junto aos bairros mais envelhecidos e logo num dos locais de maior tráfego automóvel da cidade.
A não quererem arrepiar caminho no enterro do porto da Bácora, Pedro Ferreira, Luís Silva, Elvira Sequeira, Joaquim Cabral e Carlos Ramos ficarão nos desgraçados anais da história mais triste como aqueles que promoveram e viabilizaram a destruição deste elemento patrimonial da memória da cidade: o porto da Bácora, uma das últimas entradas do rio, carregada de fortes memórias e tão clara na sua lógica comunicativa da vila com o rio e as suas águas, será destruído ainda por cima num projecto que visa, na sua argumentação, valorizar o rio. Triste ironia: em vez de valorizar, fecha e empareda ainda mais o rio. Em vez de o abrir, esconde-o, tapa-o. Mata-o.
Julgam porventura, os promotores desta afronta, que uma maioria absoluta de votos é alvará para decisões características do poder absoluto e autista, quando deveria ser, pelo contrário, razão para saber ouvir, com humildade e sabedoria, as razões de quem critica ou, simplesmente, alerta. Um poder que se suporta na confiança de larga maioria da comunidade deve ser magnânimo na tolerância, na aceitação das diferenças, na consciência de que uma vitória eleitoral não suporta a razão e a justeza de todas e quaisquer decisões.
A direcção do JT
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