JT na Catalunha: Barcelona não cabe numa rua, por Inês Vidal
Sociedade » 2019-10-22
Somos cada vez mais um todo. Global. Os meios de comunicação dão-nos o mundo num segundo. Hoje estamos aqui, no nosso sofá, na nossa casa, na nossa terrinha e conseguimos sentir as balas de borracha na luta de Barcelona, ficar sem ar num atolado barco à deriva no Mediterrâneo e ouvir o sussurrar de um brexit em curso. É o mundo ao segundo, a história outrora tão distante, de tal forma próxima, que passa a ser a nossa história também.
Pelo menos, queremos acreditar nisso. Mas por maiores que sejam agora as televisões das nossas salas, em nenhuma delas cabe toda a verdade. Onde há mão humana, há uma interpretação da realidade, uma perspectiva, uma versão. Intencional ou não, uma notícia contada é sempre a história de alguém, uma pequena face de um todo muito maior e mais complexo, imagem de um lado do contexto que passamos a tomar como verdade una e absoluta.
Estou desde sábado em Barcelona. Uma viagem pensada antes da leitura de qualquer sentença. Uma viagem que esteve em suspenso e em suspense na semana que a antecedeu, exactamente pelas imagem que me chegavam pelas televisões portuguesas.
Mas vim. E o que encontrei? Uma Barcelona igual a si própria, pessoas bonitas na rua, turistas, muitos, esplanadas cheias, a fiesta do costume, muita música e crianças a aproveitar os últimos dias quentes de Outono para brincar no parque infantil, descendo escorregas sem medo, mostrando ao mundo que castelhanos ou catalães, o futuro a eles pertence.
E ali na Laietana e na Urquinaona ou aqui mesmo ao meu lado, na Carrer Corsega, manifestantes nascidos castelhanos, mas de alma catalã, mostram ao mundo, a maioria de forma pacífica, as razões porque se sentem a mais neste país. E são também esses que condenam aqueles poucos que pela maneira como destroem as ruas e dão mau nome à luta, não parecem catalães. Mas por uns poucos, pagam os muitos. Gente com os métodos e as motivações erradas, mancha uma causa digna, concorde-se com ela ou não.
Não encontrei Barcelona a arder, como pensa quem se inteira das notícias pela televisão. Encontrei uma Barcelona quente, em chamas, mas daquelas chamas que ardem sem se ver, próprias de um cidade muito à frente do seu tempo.
Barcelona está longe de ser só uma rua. Muito menos aquela rua cuja imagem têm feito passar por aí.
JT na Catalunha: Barcelona não cabe numa rua, por Inês Vidal
Sociedade » 2019-10-22Somos cada vez mais um todo. Global. Os meios de comunicação dão-nos o mundo num segundo. Hoje estamos aqui, no nosso sofá, na nossa casa, na nossa terrinha e conseguimos sentir as balas de borracha na luta de Barcelona, ficar sem ar num atolado barco à deriva no Mediterrâneo e ouvir o sussurrar de um brexit em curso. É o mundo ao segundo, a história outrora tão distante, de tal forma próxima, que passa a ser a nossa história também.
Pelo menos, queremos acreditar nisso. Mas por maiores que sejam agora as televisões das nossas salas, em nenhuma delas cabe toda a verdade. Onde há mão humana, há uma interpretação da realidade, uma perspectiva, uma versão. Intencional ou não, uma notícia contada é sempre a história de alguém, uma pequena face de um todo muito maior e mais complexo, imagem de um lado do contexto que passamos a tomar como verdade una e absoluta.
Estou desde sábado em Barcelona. Uma viagem pensada antes da leitura de qualquer sentença. Uma viagem que esteve em suspenso e em suspense na semana que a antecedeu, exactamente pelas imagem que me chegavam pelas televisões portuguesas.
Mas vim. E o que encontrei? Uma Barcelona igual a si própria, pessoas bonitas na rua, turistas, muitos, esplanadas cheias, a fiesta do costume, muita música e crianças a aproveitar os últimos dias quentes de Outono para brincar no parque infantil, descendo escorregas sem medo, mostrando ao mundo que castelhanos ou catalães, o futuro a eles pertence.
E ali na Laietana e na Urquinaona ou aqui mesmo ao meu lado, na Carrer Corsega, manifestantes nascidos castelhanos, mas de alma catalã, mostram ao mundo, a maioria de forma pacífica, as razões porque se sentem a mais neste país. E são também esses que condenam aqueles poucos que pela maneira como destroem as ruas e dão mau nome à luta, não parecem catalães. Mas por uns poucos, pagam os muitos. Gente com os métodos e as motivações erradas, mancha uma causa digna, concorde-se com ela ou não.
Não encontrei Barcelona a arder, como pensa quem se inteira das notícias pela televisão. Encontrei uma Barcelona quente, em chamas, mas daquelas chamas que ardem sem se ver, próprias de um cidade muito à frente do seu tempo.
Barcelona está longe de ser só uma rua. Muito menos aquela rua cuja imagem têm feito passar por aí.
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