João Filipe Santos, candidato do PSD à freguesia da Chancelaria: “Fazemos parte do parente pobre, o norte do concelho de Torres Novas”
Sociedade » 2021-04-08
Antes de qualquer candidato à Câmara, João Filipe Santos deu o pontapé de saída para as autárquicas, declarando-se pronto para recuperar para o PSD a freguesia da Chancelaria. Ao JT, o presidente da filarmónica da Mata durante seis anos diz que tem consigo uma equipa competente para a difícil tarefa de derrotar Alfredo Antunes, um autarca que reforçou a sua popularidade nas últimas eleições.
- Foi a primeira pessoa a anunciar uma candidatura autárquica no concelho, antes de qualquer candidato à Câmara ou às restantes freguesias. A que se deveu esse timing, digamos, madrugador?
Alguém tinha de ser o primeiro e, assim sendo, fui eu. Embora não fosse oficial, todos nós já sabíamos que existiam os “candidatos residentes”, isto é, aqueles que só deixarão de o ser quando a lei o proibir. Quem me conhece sabe que sou uma pessoa que não deixo para amanhã o que posso fazer hoje e, como dizem alguns dos meus amigos, “não brinco em serviço”. O presidente do PSD da Concelhia de Torres Novas, Tiago Ferreira, há muito que trocava ideias comigo sobre a freguesia de Chancelaria, ideias que o levaram a convidar-me para eu ser o candidato a presidente da freguesia de Chancelaria, pelo PSD. Confesso que, depois de seis anos como presidente da Sociedade Filarmónica União Matense, não estava nos meus planos, a curto prazo, um desafio destes e com esta responsabilidade. Respondendo agora à sua pergunta, a partir do momento em que aceitei ser candidato independente pelo PSD, comecei logo a trabalhar na escolha das pessoas mais indicadas para me acompanharem, assim como no programa que iríamos apresentar. Começo em desvantagem e tenho de apostar na antecipação.
- A freguesia de Chancelaria foi governada durante décadas pelo PSD, teve um dirigente histórico, Henrique Reis, que quando deixou o cargo permitiu a vitória do PS, nunca antes alcançada. Como vê esse legado histórico do PSD na freguesia?
A freguesia de Chancelaria foi um bastião do PSD durante décadas, o Sr. Henrique Reis deixou a sua marca na freguesia e isso ninguém o pode negar. Na minha opinião, foi um visionário em determinado período e deixou algumas obras feitas, muito antes de outras freguesias com mais recursos. Não posso concordar quando se diz que o PS ganhou a freguesia pelo facto de o Sr. Henrique Reis ter deixado o cargo. O PSD perdeu porque as pessoas queriam uma mudança e, em 2013, o PS fez uma boa campanha. Por isso ganhou, pela margem mínima de 77 votos.
- A gestão do PS, pela mão de Alfredo Antunes, parece ter-se consolidado eleitoralmente. Sente que é possível inverter a situação?
É verdade que em 2017 o Sr. Alfredo Antunes consolidou o eleitorado. Houve algumas mudanças, alterações de atitudes, não esquecendo as pequenas obras feitas em lugares esquecidos, mas com simbologia, que foram requalificados. Também é verdade que as pessoas querem mais. Acima de tudo, as pessoas querem ideias diversificadas. Os ciclos são muito curtos e as pessoas que estão à frente dos organismos ou têm capacidade para fazer mais ou acomodam-se, acordando só na recta final de cada mandato. Claro que sou capaz de inverter a situação! A maioria das pessoas da freguesia sabe como eu sou. As pessoas sabem que sou um agitador, uma pessoa trabalhadora, responsável, ambiciosa, organizada e que amo a nossa terra. Tudo farei para defender os interesses dos cidadãos da freguesia e as necessidades da mesma junto das entidades necessárias, principalmente junto da Camara Municipal de Torres Novas.
- Quais sãos os trunfos da sua lista, em termos de quadros e pessoas ligadas à comunidade?
Os meus trunfos são uma lista de candidatos e apoiantes com mais de 40 pessoas, de todas as aldeias, de todas as idades e de todos os quadrantes profissionais. Posso dizer que não tive dificuldades em fazer a lista. A maioria aceitou de bom grado, umas por me conhecerem e não terem dúvidas em querer trabalhar comigo, outras pelas propostas apresentados e novos métodos que eu quero implementar. Nos oito primeiros lugares tenho uma pessoa de cada aldeia, a maioria independentes tal como eu, e a restante equipa está dividida equitativamente por forma a haver representação de toda a freguesia. A título de exemplo, como crítica, actualmente a Mata é a aldeia da freguesia com maior número de eleitores e não tem nenhum representante do PS, nem no executivo nem na Assembleia de Freguesia de Chancelaria. Comigo, todos os elementos da equipa serão os embaixadores de cada lugar, de cada aldeia. Não quero modelos fotográficos para angariar votos, quero pessoas credíveis e com ideias, quero que as pessoas se sintam válidas e integradas nas decisões a tomar. Se ganharmos, já tenho o executivo escolhido, assim como o presidente da assembleia. São pessoas competentes e qualificadas para os cargos atribuídos. O secretário e o tesoureiro têm de ter altas competências para desempenharem as suas funções, o tempo do “deve e haver” já acabou há muito. Não posso escolher as pessoas por causa da sua beleza ou apenas para trazerem votos à minha candidatura. O presidente da Assembleia também tem de ser competente, nem sequer pode haver dúvidas, uma vez que é o supervisor dos actos do executivo. Como vê, não tenho segredos, os meus trunfos baseiam-se em pessoas competentes e que a seu tempo serão apresentadas.
- Tem pela frente uma das freguesias mais pequenas em termos demográficos, uma das freguesias mais envelhecidas do concelho: o que há fazer e o que é possível fazer em circunstâncias tão difíceis, para lá das palavras de ordem e dos slogans?
Não são os slogans que irão fazer a diferença, há muito para fazer, tenho muitas ideias. Como disse, a minha candidatura é madrugadora e não posso dar já de bandeja o “ouro ao bandido”. Não se interprete mal a palavra “bandido”, é uma força de expressão. O programa será apresentado a seu tempo. Como deve calcular, ninguém pode mudar de um dia para outro o envelhecimento demográfico que se tem vindo a sentir ao longo dos anos. A freguesia tem perdido população ano após ano, fazemos parte do parente pobre do concelho de Torres Novas. Todo o desenvolvimento está do lado sul, é compreensível, mas tem de haver imaginação para encontrar aqui, deste lado, o “ponto da sensibilidade” da freguesia de Chancelaria. Temos de fixar casais jovens, mas para isso é necessário que as aldeias sejam atractivas, bonitas, limpas e agradáveis com o mínimo de condições para viver em comunidade. A freguesia tem muitos recursos agrícolas, turísticos e paisagísticos. Temos a serra de Aire, temos os moinhos da Pena, temos características únicas na agricultura, no caso das laranjas do Pafarrão e Chancelaria, da azeitona e nos figos em toda a freguesia, mas para isso temos de olhar para estes elementos com olhos de ver. Não basta fazer como a Câmara fez há uns anos, comprando um moinho na Pena e pronto… está ali. Não pretendo ser o salvador da freguesia, apenas quero que os seus habitantes, principalmente os jovens e as nossas crianças, tenham gosto em viver cá, não se sintam diminuídas e estereotipadas em relação a outras terras do concelho.
João Filipe Santos, candidato do PSD à freguesia da Chancelaria: “Fazemos parte do parente pobre, o norte do concelho de Torres Novas”
Sociedade » 2021-04-08
Antes de qualquer candidato à Câmara, João Filipe Santos deu o pontapé de saída para as autárquicas, declarando-se pronto para recuperar para o PSD a freguesia da Chancelaria. Ao JT, o presidente da filarmónica da Mata durante seis anos diz que tem consigo uma equipa competente para a difícil tarefa de derrotar Alfredo Antunes, um autarca que reforçou a sua popularidade nas últimas eleições.
- Foi a primeira pessoa a anunciar uma candidatura autárquica no concelho, antes de qualquer candidato à Câmara ou às restantes freguesias. A que se deveu esse timing, digamos, madrugador?
Alguém tinha de ser o primeiro e, assim sendo, fui eu. Embora não fosse oficial, todos nós já sabíamos que existiam os “candidatos residentes”, isto é, aqueles que só deixarão de o ser quando a lei o proibir. Quem me conhece sabe que sou uma pessoa que não deixo para amanhã o que posso fazer hoje e, como dizem alguns dos meus amigos, “não brinco em serviço”. O presidente do PSD da Concelhia de Torres Novas, Tiago Ferreira, há muito que trocava ideias comigo sobre a freguesia de Chancelaria, ideias que o levaram a convidar-me para eu ser o candidato a presidente da freguesia de Chancelaria, pelo PSD. Confesso que, depois de seis anos como presidente da Sociedade Filarmónica União Matense, não estava nos meus planos, a curto prazo, um desafio destes e com esta responsabilidade. Respondendo agora à sua pergunta, a partir do momento em que aceitei ser candidato independente pelo PSD, comecei logo a trabalhar na escolha das pessoas mais indicadas para me acompanharem, assim como no programa que iríamos apresentar. Começo em desvantagem e tenho de apostar na antecipação.
- A freguesia de Chancelaria foi governada durante décadas pelo PSD, teve um dirigente histórico, Henrique Reis, que quando deixou o cargo permitiu a vitória do PS, nunca antes alcançada. Como vê esse legado histórico do PSD na freguesia?
A freguesia de Chancelaria foi um bastião do PSD durante décadas, o Sr. Henrique Reis deixou a sua marca na freguesia e isso ninguém o pode negar. Na minha opinião, foi um visionário em determinado período e deixou algumas obras feitas, muito antes de outras freguesias com mais recursos. Não posso concordar quando se diz que o PS ganhou a freguesia pelo facto de o Sr. Henrique Reis ter deixado o cargo. O PSD perdeu porque as pessoas queriam uma mudança e, em 2013, o PS fez uma boa campanha. Por isso ganhou, pela margem mínima de 77 votos.
- A gestão do PS, pela mão de Alfredo Antunes, parece ter-se consolidado eleitoralmente. Sente que é possível inverter a situação?
É verdade que em 2017 o Sr. Alfredo Antunes consolidou o eleitorado. Houve algumas mudanças, alterações de atitudes, não esquecendo as pequenas obras feitas em lugares esquecidos, mas com simbologia, que foram requalificados. Também é verdade que as pessoas querem mais. Acima de tudo, as pessoas querem ideias diversificadas. Os ciclos são muito curtos e as pessoas que estão à frente dos organismos ou têm capacidade para fazer mais ou acomodam-se, acordando só na recta final de cada mandato. Claro que sou capaz de inverter a situação! A maioria das pessoas da freguesia sabe como eu sou. As pessoas sabem que sou um agitador, uma pessoa trabalhadora, responsável, ambiciosa, organizada e que amo a nossa terra. Tudo farei para defender os interesses dos cidadãos da freguesia e as necessidades da mesma junto das entidades necessárias, principalmente junto da Camara Municipal de Torres Novas.
- Quais sãos os trunfos da sua lista, em termos de quadros e pessoas ligadas à comunidade?
Os meus trunfos são uma lista de candidatos e apoiantes com mais de 40 pessoas, de todas as aldeias, de todas as idades e de todos os quadrantes profissionais. Posso dizer que não tive dificuldades em fazer a lista. A maioria aceitou de bom grado, umas por me conhecerem e não terem dúvidas em querer trabalhar comigo, outras pelas propostas apresentados e novos métodos que eu quero implementar. Nos oito primeiros lugares tenho uma pessoa de cada aldeia, a maioria independentes tal como eu, e a restante equipa está dividida equitativamente por forma a haver representação de toda a freguesia. A título de exemplo, como crítica, actualmente a Mata é a aldeia da freguesia com maior número de eleitores e não tem nenhum representante do PS, nem no executivo nem na Assembleia de Freguesia de Chancelaria. Comigo, todos os elementos da equipa serão os embaixadores de cada lugar, de cada aldeia. Não quero modelos fotográficos para angariar votos, quero pessoas credíveis e com ideias, quero que as pessoas se sintam válidas e integradas nas decisões a tomar. Se ganharmos, já tenho o executivo escolhido, assim como o presidente da assembleia. São pessoas competentes e qualificadas para os cargos atribuídos. O secretário e o tesoureiro têm de ter altas competências para desempenharem as suas funções, o tempo do “deve e haver” já acabou há muito. Não posso escolher as pessoas por causa da sua beleza ou apenas para trazerem votos à minha candidatura. O presidente da Assembleia também tem de ser competente, nem sequer pode haver dúvidas, uma vez que é o supervisor dos actos do executivo. Como vê, não tenho segredos, os meus trunfos baseiam-se em pessoas competentes e que a seu tempo serão apresentadas.
- Tem pela frente uma das freguesias mais pequenas em termos demográficos, uma das freguesias mais envelhecidas do concelho: o que há fazer e o que é possível fazer em circunstâncias tão difíceis, para lá das palavras de ordem e dos slogans?
Não são os slogans que irão fazer a diferença, há muito para fazer, tenho muitas ideias. Como disse, a minha candidatura é madrugadora e não posso dar já de bandeja o “ouro ao bandido”. Não se interprete mal a palavra “bandido”, é uma força de expressão. O programa será apresentado a seu tempo. Como deve calcular, ninguém pode mudar de um dia para outro o envelhecimento demográfico que se tem vindo a sentir ao longo dos anos. A freguesia tem perdido população ano após ano, fazemos parte do parente pobre do concelho de Torres Novas. Todo o desenvolvimento está do lado sul, é compreensível, mas tem de haver imaginação para encontrar aqui, deste lado, o “ponto da sensibilidade” da freguesia de Chancelaria. Temos de fixar casais jovens, mas para isso é necessário que as aldeias sejam atractivas, bonitas, limpas e agradáveis com o mínimo de condições para viver em comunidade. A freguesia tem muitos recursos agrícolas, turísticos e paisagísticos. Temos a serra de Aire, temos os moinhos da Pena, temos características únicas na agricultura, no caso das laranjas do Pafarrão e Chancelaria, da azeitona e nos figos em toda a freguesia, mas para isso temos de olhar para estes elementos com olhos de ver. Não basta fazer como a Câmara fez há uns anos, comprando um moinho na Pena e pronto… está ali. Não pretendo ser o salvador da freguesia, apenas quero que os seus habitantes, principalmente os jovens e as nossas crianças, tenham gosto em viver cá, não se sintam diminuídas e estereotipadas em relação a outras terras do concelho.
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