Para quando uma abordagem estratégica do estacionamento no centro histórico? - joão quaresma
Opinião » 2023-05-24 » João Quaresma"“A falta de estacionamento e alguns abusos que se vão verificando existem porque não se implementa a necessária regulamentação” "
No jornal Expresso do passado dia 12 de Maio, João Vieira Pereira na sua coluna de opinião semanal dizia, a propósito da TAP, que por mais que tentemos, há coisas para as quais é difícil arranjar uma explicação racional. Vários são os exemplos dados, e aquilo que sobressai é que por mais importante ou maior ou menor relevância tenham os assuntos em discussão, a nossa tendência, a tendência da opinião pública passa por discutir com maior intensidade as tricas políticas, deixando de lado a essência dos problemas em discussão.
Entre nós, a nível local, também assim parece acontecer, pois alguns são os assuntos a merecer uma discussão pública séria que privilegie o desenvolvimento da cidade e do concelho, da sua população ou até de quem apenas aqui vem de passagem. Problemas existem que persistem no quotidiano dos Torrejanos e assim, uma vez mais, numa reunião de câmara foi exposto por um munícipe as dificuldades emergentes do estacionamento na Praça 5 de Outubro. Pouco se fez e pouco se fará quanto ao cerne deste problema. No entanto, na reunião camarária de 26 de abril, foi aprovada a proposta de criação de uma Zona Residencial e de Coexistência (ZRC) no centro histórico de Torres Novas, visando promover novas lógicas de circulação e de mobilidade no espaço público, afirmando-o como local de recreio e de convívio, valorizando a segurança e a qualidade de vida dos moradores e utilizadores locais. Ora, de entre as regras que resultam da implantação destas novas “zonas”, advém a proibição de estacionamento, salvo nos locais onde tal for autorizado por sinalização.
Não querendo colocar em causa a ideia de implantação da Zona de Coexistência no centro histórico de Torres Novas, acompanhando cidades como Lisboa, Porto, Braga e Funchal, é de questionar se Torres Novas não deveria também de acompanhar a regulamentação que estas cidades têm quanto ao estacionamento nos seus centros históricos. É que o estudo está feito, as zonas de estacionamento pago estão preliminarmente delimitadas, o município é proprietário de um parque de estacionamento coberto de média capacidade, tudo no centro histórico de Torres Novas, mas nada faz. Porque é que existe tanta dificuldade de estacionamento na Praça 5 de Outubro, na Rua Carlos Reis, no Largo D. Diogo Fernandes de Almeida, ou para dar apenas mais um exemplo, como pode ser admissível que o estacionamento coberto do município sirva de garagem particular para alguns?
A resposta é simples. A falta de estacionamento e alguns abusos que se vão verificando existem porque não se implementa a necessária política de regulamentação do estacionamento em Torres Novas. Assim, a acrescer às ZRC(s) deveria o município pensar seriamente em implementar umas ZEDL (Zonas de Estacionamento de Duração Limitada), introduzindo parquímetros e disciplinando o estacionamento na zona histórica da cidade, respeitando sua relação com a acessibilidade aos serviços e comércio aí existentes, a gestão do tráfego nessas redes de circulação, a sua coexistência com os peões, potenciando ainda desta forma a utilização com maior qualidade dos espaços públicos. Ir a um banco, comprar um qualquer bem no comércio local, beber uma água no centro histórico da cidade, num tempo que não seja demorado, não tem de ser um desafio para os cidadãos. E o problema tem tendência para se agravar. Para tanto, basta pensar na falta de estacionamento que já existe e que se agravará na zona do chamado Convento do Carmo, quando aí se instalarem os serviços da Loja do Cidadão.
É que, na verdade, o problema do estacionamento não se reduz a questões de mobilidade e comodismo urbano. É acima de tudo uma questão de gestão do espaço público, que é um recurso limitado e que merece ser pensado e discutido.
Para quando uma abordagem estratégica do estacionamento no centro histórico? - joão quaresma
Opinião » 2023-05-24 » João Quaresma“A falta de estacionamento e alguns abusos que se vão verificando existem porque não se implementa a necessária regulamentação”
No jornal Expresso do passado dia 12 de Maio, João Vieira Pereira na sua coluna de opinião semanal dizia, a propósito da TAP, que por mais que tentemos, há coisas para as quais é difícil arranjar uma explicação racional. Vários são os exemplos dados, e aquilo que sobressai é que por mais importante ou maior ou menor relevância tenham os assuntos em discussão, a nossa tendência, a tendência da opinião pública passa por discutir com maior intensidade as tricas políticas, deixando de lado a essência dos problemas em discussão.
Entre nós, a nível local, também assim parece acontecer, pois alguns são os assuntos a merecer uma discussão pública séria que privilegie o desenvolvimento da cidade e do concelho, da sua população ou até de quem apenas aqui vem de passagem. Problemas existem que persistem no quotidiano dos Torrejanos e assim, uma vez mais, numa reunião de câmara foi exposto por um munícipe as dificuldades emergentes do estacionamento na Praça 5 de Outubro. Pouco se fez e pouco se fará quanto ao cerne deste problema. No entanto, na reunião camarária de 26 de abril, foi aprovada a proposta de criação de uma Zona Residencial e de Coexistência (ZRC) no centro histórico de Torres Novas, visando promover novas lógicas de circulação e de mobilidade no espaço público, afirmando-o como local de recreio e de convívio, valorizando a segurança e a qualidade de vida dos moradores e utilizadores locais. Ora, de entre as regras que resultam da implantação destas novas “zonas”, advém a proibição de estacionamento, salvo nos locais onde tal for autorizado por sinalização.
Não querendo colocar em causa a ideia de implantação da Zona de Coexistência no centro histórico de Torres Novas, acompanhando cidades como Lisboa, Porto, Braga e Funchal, é de questionar se Torres Novas não deveria também de acompanhar a regulamentação que estas cidades têm quanto ao estacionamento nos seus centros históricos. É que o estudo está feito, as zonas de estacionamento pago estão preliminarmente delimitadas, o município é proprietário de um parque de estacionamento coberto de média capacidade, tudo no centro histórico de Torres Novas, mas nada faz. Porque é que existe tanta dificuldade de estacionamento na Praça 5 de Outubro, na Rua Carlos Reis, no Largo D. Diogo Fernandes de Almeida, ou para dar apenas mais um exemplo, como pode ser admissível que o estacionamento coberto do município sirva de garagem particular para alguns?
A resposta é simples. A falta de estacionamento e alguns abusos que se vão verificando existem porque não se implementa a necessária política de regulamentação do estacionamento em Torres Novas. Assim, a acrescer às ZRC(s) deveria o município pensar seriamente em implementar umas ZEDL (Zonas de Estacionamento de Duração Limitada), introduzindo parquímetros e disciplinando o estacionamento na zona histórica da cidade, respeitando sua relação com a acessibilidade aos serviços e comércio aí existentes, a gestão do tráfego nessas redes de circulação, a sua coexistência com os peões, potenciando ainda desta forma a utilização com maior qualidade dos espaços públicos. Ir a um banco, comprar um qualquer bem no comércio local, beber uma água no centro histórico da cidade, num tempo que não seja demorado, não tem de ser um desafio para os cidadãos. E o problema tem tendência para se agravar. Para tanto, basta pensar na falta de estacionamento que já existe e que se agravará na zona do chamado Convento do Carmo, quando aí se instalarem os serviços da Loja do Cidadão.
É que, na verdade, o problema do estacionamento não se reduz a questões de mobilidade e comodismo urbano. É acima de tudo uma questão de gestão do espaço público, que é um recurso limitado e que merece ser pensado e discutido.
É um banco, talvez, feliz! - maria augusta torcato » 2024-11-14 » Maria Augusta Torcato É um banco, talvez, feliz! Era uma vez um banco. Não. É um banco e um banco, talvez, feliz! E não. Não é um banco dos que nos desassossegam pelo que nos custam e cobram, mas dos que nos permitem sossegar, descansar. |
Mérito e inveja - jorge carreira maia » 2024-11-14 » Jorge Carreira Maia O milagre – a eventual vitória de Kamala Harris nas eleições norte-americanas – esteve longe, muito longe, de acontecer. Os americanos escolheram em consciência e disseram claramente o que queriam. Não votaram enganados ou iludidos; escolheram o pior porque queriam o pior. |
O vómito » 2024-10-26 » Hélder Dias |
30 anos: o JT e a política - joão carlos lopes » 2024-09-30 » João Carlos Lopes Dir-se-ia que três décadas passaram num ápice. No entanto, foram cerca de 11 mil dias iguais a outros 11 mil dias dos que passaram e dos que hão-de vir. Temos, felizmente, uma concepção e uma percepção emocional da história, como se o corpo vivo da sociedade tivesse os mesmos humores da biologia humana. |
Não tenho nada para dizer - carlos tomé » 2024-09-23 » Carlos Tomé Quando se pergunta a alguém, que nunca teve os holofotes apontados para si, se quer ser entrevistado para um jornal local ou regional, ele diz logo “Entrevistado? Mas não tenho nada para dizer!”. Essa é a resposta que surge mais vezes de gente que nunca teve possibilidade de dar a sua opinião ou de contar um episódio da sua vida, só porque acha que isso não é importante, Toda a gente está inundada pelos canhenhos oficiais do que é importante para a nossa vida e depois dessa verdadeira lavagem ao cérebro é mais que óbvio que o que dizem que é importante está lá por cima a cagar sentenças por tudo e por nada. |
Três décadas a dar notícias - antónio gomes » 2024-09-23 » António Gomes Para lembrar o 30.º aniversário do renascimento do “Jornal Torrejano”, terei de começar, obrigatoriamente, lembrando aqui e homenageando com a devida humildade, o Joaquim da Silva Lopes, infelizmente já falecido. |
Numa floresta de lobos o Jornal Torrejano tem sido o seu Capuchinho Vermelho - antónio mário santos » 2024-09-23 » António Mário Santos Uma existência de trinta anos é um certificado de responsabilidade. Um jornal adulto. Com tarimba, memória, provas dadas. Nasceu como uma urgência local duma informação séria, transparente, num concelho em que a informação era controlada pelo conservadorismo católico e o centrismo municipal subsidiado da Rádio Local. |
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A dimensão intelectual da extrema-direita - jorge carreira maia » 2024-09-23 » Jorge Carreira Maia Quando se avalia o crescimento da extrema-direita, raramente se dá atenção à dimensão cultural. Esta é rasurada de imediato pois considera-se que quem apoia o populismo radical é, por natureza, inculto, crente em teorias da conspiração e se, por um acaso improvável, consegue distinguir o verdadeiro do falso, é para escolher o falso e escarnecer o verdadeiro. |
» 2024-11-14
» Maria Augusta Torcato
É um banco, talvez, feliz! - maria augusta torcato |
» 2024-11-14
» Jorge Carreira Maia
Mérito e inveja - jorge carreira maia |