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Encaixar

Opinião  »  2011-02-10  »  Rosa Amora

Encaixar: ajustar, meter à força, proporcionar situação, emprego, penetrar, entrar sem custo... o que vale é que temos sempre à mão o grande diccionário da língua portuguesa, o tal que nos tira todas as dúvidas, mas sempre em vias de desactualização porque a vida é composta de mudança e o papel impresso tem essa desvantagem. Tudo isto porque ”encaixar”, diz o diccionário, é sinónimo disso tudo que descrevi atrás, mas não o é de ”meter na Caixa... Geral de Depósitos” e nos tempos que passam a malta lembra-se logo dos vinte seis membros de governo e deputados que, depois do sacrifício na causa pública, foram encaixados na Caixa Geral de Depósitos desde o 25 de Abril até aos dias de hoje.

Depois de termos encaixotado todos aqueles mamíferos que ao tempo da ”revolução dos cravos” se abotoavam com esses cargos nas grandes empresas privadas e, sublinho, privadas, tivemos a feliz ideia de nacionalizar e distribuir pelos filhos e netos da democracia os lugares onde se manda e com responsabilidade diluída pelos porteiros e recepcionistas.

Quando olhamos para trás e nos lembramos que eles não queriam nada com monopólios, com qualquer tipo de ditadura, com os ricos especuladores, com os jogos baixos e sujos e hoje estão todos ”encaixados” na Caixa, ou ”emGALpados”, ou ”EDPados”, ou ”TAPados”, ou ”emBANCAdos”... começamos a pensar que já não há solução.

Encaixar é o que está a dar e o problema não é o facto de já estarem uma centena ou duas encaixados, o verdadeiro problema é que daqui por uns anos não há empresas que cheguem para encaixar tanta gente que vai saindo do governo e da assembleia, embora saibamos que têm sido criadas muitas empresas públicas e municipais. O mais grave disto tudo é que existem ainda cerca de 9 milhões e tal de portugueses com a ilusão de que ainda vai sobrar para eles um lugarzinho nessas administrações e entretanto vão votando naqueles que provavelmente não vão acabar com a mama nos próximos cem anos, iludidos com umas boas acções a 140% ao ano, umas casinhas no Algarve com vizinhos tão bem estabelecidos como o Oliveira e Costa ou o Dias Loureiro ou umas reformas para compensar o facto de terem nascido.

Esta chatice da ”Constituição” obrigar um mísero presidente da República a só poder estar no poleiro dez anos é uma afronta à liberdade dos cidadãos, até porque se não houvesse limites de mandatos, como o sr. Jardim, estou convencido que o Kadahfi e o Ben Ali eram uns aprendizes de democratas, com os seus 40 anos de poleiro... nós tínhamos quem fizesse melhor, até porque o sr. Silva disse várias vezes que neste lugar é necessário ter muita experiência... como o democrata do Zimbabué, talvez... Eu sinto este espírito republicano dentro de mim, sei lá... mas acho que esta brincadeira da República está a deixar-nos no fundo, uma vez que se antes tínhamos de sustentar um rei, agora já estamos a sustentar quatro presidentes e ainda bem que são dez anos a cada um, porque já podíamos estar neste momento a sustentar oito... tudo isto porque no íntimo de cada um dos dez milhões de portugueses continua acesa a esperança de que algum dia lhes toque a eles, ou aos filhos ou netos, uma presidênciazinha.

 

 

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