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A bancarrota

Opinião  »  2011-04-29  »  Rosa Amora

Depois de ouvir todos os entendidos em matéria de ”deficit”, dívida soberana, juros, ”default”e outras tretas, nos mais variados canais de tv e rádio, como acontecia com o Tony Silva da rádio, tv e disco, que o Herman inventou num dos seus bons trabalhos de tv, dizia eu que depois de os ouvir, os mesmos do costume, todos aqueles economistas, politólogos, escrevinhadores e pensadores que ao longo de trinta e sete anos se amanharam e nos amanharam, fui esta manhã surpreeendido com mais uma pérola, que me fez lembrar os jovens de há meia dúzia de anos com o ”não pagamos, não pagamos!”

Dizia o ”expert” que uma boa solução seria o re-escalonamento da dívida com prazos a perder de vista, bem como o perdão de uma parte, o que daria uma imagem do país mais ou menos zimbabueana, de um Estado que andou a pedir emprestado e agora se queria recusar a pagar a quem deve... e o Estado somos todos nós, que aceitamos eleger durante todos estes anos indivíduos que nem a casa deles sabem governar. Neste país de quase 900 anos, existia o hábito de as pessoas não se meterem em ”camisas de onze varas”, havendo até um ditado popular que dizia ao sapateiro para não ir além da chinela, mas ninguém, dos que sempre (se) governaram, quis saber de nada, levando o país a uma situação que nos envergonha.

Há cerca de 40 anos, Portugal tinha uma auto-estrada entre Lisboa e Vila Franca, bem como igual via entre os Carvalhos e o Porto, o que de certa forma dava uma ideia da pequenez de um regime que antes queria comprar ouro para guardar no Banco de Portugal do que construir infra-estruturas que possibilitassem o desenvolvimento económico e social do país. Com a democracia aconteceu o oposto e se não estou em erro, já ouvi falar na A42, ou seja, já foram construídas quarenta e duas auto-estradas em Portugal, a uma média superior a uma por ano, tornando-nos o país líder europeu e talvez mundial de quilómetros de auto-estrada por habitante.

Gostava de ver a cara dos enviados do FMI a ouvir do ministro das finanças, os aspectos mais caricatos dos portugueses, que vão todos os dias ao café onde normalmente tomam o pequeno almoço, almoçam fora porque é chato levar a marmita, vão de carro para o emprego que está ali a dois quilómetros de casa, têm carro novo ou se não têm pensam nisso todos os dias, casa, férias de um mês inteirinho ou mais, telemóvel topo de gama que só sabem utilizar para receber e fazer chamadas, computadores, sim, porque têm de ter o portátil e o fixo lá em casa a ganhar pó, o que nem é coisa cara, valha-nos isso, mas as mensalidades, para além das diversas prestações mensais, ajudam ao deficit caseiro.

Ao longo destes dias têm sido desenterrados tantos e tantos economistas, ex-ministros das finanças e presidentes disto e daquilo que até estranhei não terem pedido uma opiniãozinha ao Salazar, sim, sim, ele está morto e bem morto, mas como há por aí tantos cadáveres a governar... era mais um. Não sou nem nunca fui adepto do ”pobrezinhos mas honradinhos”, mas também não sou fã desses ”novos ricos” que levaram o país a uma situação que nos envergonha, se é que posso falar pelos outros milhões de cidadãos. Talvez alguma sobriedade social, talvez menos gastos com festas e arraiais, menos futebol e mais investigação, menos carros novos e mais, melhores e mais baratos transportes públicos... talvez menos organismos públicos, juntas de freguesia, câmaras, governos civis, organismos regionais, centrais e outros que tais.

 

 

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