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Pondo o dedo na ferida

Opinião  »  2012-04-20  »  Jorge Cordeiro Simões

Não basta denunciar nos jornais o estado de abandono e ruína parcial em que se encontra o designado centro histórico da bonita cidade que é Torres Novas. É preciso ir mais além da crítica inconsequente que insiste em deitar todas as responsabilidades pela triste situação sobre a autarquia, quando, manda a verdade que se diga, esta tem feito e até em alguns aspectos com muito mérito, o que lhe competia, no que se refere à conservação, embelezamento, valorização patrimonial e melhoramento dos espaços públicos e demais condições gerais para se viver bem no centro da cidade.

É necessário ir-se para além da crítica: por exemplo, vir viver para cá e/ou gastar parte importante do nosso dinheiro no comércio e serviços aqui existentes.

Porque o problema é, do meu ponto de vista, o resultado dos torrejanos em geral - incluindo muitos que criticam a situação - terem virado costas ao que a cidade ainda tem de mais belo, saindo de cá para ir viver para os ”galinheiros” da periferia, ou para os ”matos” e figueirais dos arredores.

Já há muito que concluí que muitos torrejanos, pelo muito amor que têm à sua cidade, tudo fazem, nada fazendo, para tentar garantir que a mesma permaneça como a conheceram na sua infância, com seus casario e ruelas inalterados. Para não estragar o que recordam, não podem aqui viver, pois tal implicaria a necessidade de executar obras trabalhosas, complicadas e dispendiosas, que alterariam as saudosas imagens que retêm.

E para muitos donos de casas e ruínas, terá parecido mais conveniente manter a sua posse como se de um tesouro se tratasse, esperando que a especulação imobiliária lhes trouxesse ganhos sempre acrescidos. Até porque o IMI que pagam sobre este tipo de imóveis tem um valor demasiado reduzido. Caso o IMI tivesse por base valores parecidos com o que se pede para a sua venda, estou certo de que haveria por aqui muito menos ruínas, mais gente a viver e, em consequência, mais vida e actividade de comércio e de serviços.

Cansado de criticas inconsequentes, e porque apenas carpir ”lágrimas de crocodilo” nada resolve, dou mais as seguintes sugestões aos poderes públicos como mais um contributo para inverter o actual estado das coisas:

– Penalizar, no IMI, a posse de casas desabitadas e em mau estado de conservação, obtendo mais receitas para fazer mais melhoramentos.

– Incentivar, de vários modos, a recuperação dos imóveis, por exemplo pela redução ou isenção de algumas taxas e pela agilização e disponibilização de apoio técnico à execução de projectos que sejam técnica e economicamente viáveis, para recuperação ou reconstrução de imóveis, em condições que sejam atractivas para a fixação de residentes. Em relação a este ponto, seria indispensável dar algumas ”injecções de criatividade” aos nossos arquitectos e urbanistas.

– Apoiar, discriminando positivamente, a actividade económica aqui localizada.

 

 

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