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Por favor não contes a ninguém

Opinião  »  2013-07-12  »  Graça Rodrigues

As mulheres não conseguem manter um segredo mais do que trinta e dois minutos.

Segundo um estudo publicado em alguns jornais britânicos, após analisar as respostas de três mil mulheres entre os dezoito e os sessenta e cinco anos, parece que oitenta e cinco por cento delas gostam de ouvir segredos. No entanto, e mesmo sendo um segredo algo que contamos a alguém e pedimos para não ser divulgado, quase metade das confidentes do sexo feminino explica que não resiste a contar. O parceiro, a melhor amiga e a mãe são os destinatários preferidos.

Os assuntos íntimos, o custo verdadeiro de algumas compras e as relações amorosas encontram-se nos primeiros lugares da lista de segredos em termos de prioridade. Cerca de metade das mulheres disse que sente o frenesim de contar os segredos a alguém logo após receber a novidade, mas algumas conseguem segurar o impulso durante mais algum tempo, pois segundo o mesmo estudo, o segredo é, em média, revelado a outrem até às quarenta e sete horas seguintes. Não importa se a notícia é pessoal ou confidencial, se o assunto é do foro privado ou público - quanto mais sigilosa a notícia, mais a mulher tem vontade de contar. Mais de dez por cento afirmou que o faz com o intuito de espalhar a informação, prestando serviço público à comunidade. Não resistem à sua divulgação, mas fazem-no convencidas de que não faz mal se contarem só a uma pessoa.

Ora, sendo eu mulher e tendo já contado inúmeros segredos a uma ou outra amiga, pergunto-me agora se metade da população do distrito de Santarém não estará a pensar que aquela mala castanha com uma mola azul que eu usei todo o inverno foi mesmo uma pechincha. Imagino todas as ribatejanas roídas de inveja por ter sido eu a descobri-la.

Também me questiono se as lágrimas solidárias que aquela amiga do peito verteu quando lhe contei o meu mais tenebroso segredo, não foram trocadas, antes da meia hora passada, por um megafone em bom estado. Ou se algumas confidências de alcova não se tornaram sátira tertuliana, a minha melhor amiga a fazer um brilharete com a descrição das minhas posições preferidas e outras apetências secretas. Ou quantos dos meus percalços e atrapalhações não se transformaram em assunto anedótico, ou inquietações em debate metafísico.

Já não sei que histórias tenho guardadas. Mas se a pessoa não resistiu a contar o meu segredo… é porque ele era mesmo bom!

Por outro lado, peço por favor que não me contem nada que não possa ser publicado neste jornal. Só tenho dois dias para guardar a história só para mim, depois desculpem-me mas não garanto o sigilo. Não posso ir contra a minha natureza…

 

 

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