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Efeméride

Opinião  »  2014-02-07  »  Graça Rodrigues

Daqui a nada, vai fazer um ano sobre a data em que comecei a escrever para este jornal, e não sei se é um facto para comemorar ou não. Estas crónicas foram sempre umas pequenas notas pessoais, desabafos e observações do quotidiano, cujo interesse para os torrejanos sempre questionei, habituada que estava a escrever para mim e para uns poucos amigos. Achei sempre que as minhas notas tinham muito pouco interesse para os outros, uma vez que não sei falar de política, nem de actualidades bombásticas, nem de temas pomposos, nem sou especialista de nada. Falar de mim e da vida, é a única coisa que sei.

E, não sendo egocêntrica ao ponto de achar que devo contar as minhas atribulações e conclusões a toda a gente, tentei extrapolar, a partir da minha própria vivência e observação atenta de realidades muito pessoais, alguns conhecimentos e conclusões, pensamentos, sentimentos e dúvidas, que são afinal comuns a toda a gente.

A partir desta janela onde me debruço para ver o mundo e de onde sou também observada, sinto-me como em casa e por isso escrevo para os torrejanos como se estivesse a falar para a minha família, porque esta é a minha terra, estas são as pessoas que estimo e que me interessam. Às vezes partilhamos experiências (sou também leitora, claro) já expus aqui as minhas dúvidas, já contei histórias e já reflecti, já dei conselhos e contei peripécias, já me afastei e depois voltei… uma amostra da vida num quadradinho de jornal.

Faz um ano, e isso o que significa? Significa que passaram tantos dias que já nos esquecemos dos acontecimentos deles, mesmo apesar de alguns terem sido tão dramáticos que achámos que jamais os iríamos esquecer. Um ano significa que assistimos a tantas mudanças que não as conseguimos enumerar, que em cada instante que passa estão a decorrer mutações únicas e irreversíveis na vida de cada um de nós. Se viver é apenas isso, ir mudando, talvez ser feliz seja aceitar a mudança como uma bênção. A transformação mais drástica que pode acontecer a um ser vivo é passar do estado de vivo a um outro patamar que existe para lá da vida. Morrer é a grande mudança, por isso não nos devemos esquecer, e fiquemos gratos por isso, que estar vivo é ter a oportunidade de existir.

Nem todos têm essa oportunidade. O ser humano tem uma média de vida de 25.550 dias. Parece pouco, não parece? É mesmo muito pouco, acredito que quando o quantificamos, tomamos a verdadeira consciência dos dias que temos para viver e percebemos quão poucos são e quão importante é não desperdiçarmos o nosso dia de hoje a pensar em coisas que não existem, como são o passado, que já lá vai, e o futuro, que também não existe nem sabemos se existirá. É urgente não sermos espectadores da nossa vida, aproveitá-la bem hoje, agarrá-la agora, saboreá-la, porque é aqui neste momento que existimos. O momento em que existimos é que é o centro da vida.

Por isso não há nada para comemorar, não é verdade? A não ser o facto de estarmos aqui hoje os dois, você, leitor, e eu, Graça. Tchim-tchim!

 

 

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