40 anos depois das primeiras eleições livres
Opinião » 2015-04-24 » António Gomes
Estas eleições foram as mais participadas de sempre – 91% dos cidadãos e cidadãs recenseados foram às urnas, colocaram o seu voto no partido que consideraram corresponder aos seus anseios, e, tal como agora, também foram muitos os partidos que se apresentaram a eleições.
A Assembleia Constituinte aprovou o documento base da nossa democracia – a Constituição da República de 1976. A geração do 25 de abril, hoje a ”geração grisalha”, lutou muito, conquistou direitos, impôs derrotas aos inimigos da liberdade e da democracia. A Constituição é, ela própria, fruto do que se passava dentro e fora do Parlamento.
A luta era feita para o presente – direitos laborais, direito à greve, Serviço Nacional de Saúde, Escola Pública, salário mínimo, mas também a pensar nas gerações vindouras, por uma vida melhor para os nossos filhos e filhas.
Hoje, sabemos que existe uma geração que vive pior que os seus pais. É o inverso da esperança do 25 de Abril. A teoria de que ”não são necessários tantos direitos”, de que ”vivemos acima das nossas possibilidades” e a defesa do sacrossanto mercado, fez o seu caminho e o resultado está à vista: empobrecimento, retrocesso nos direitos e Abril cada vez mais longe. Os bancos foram protegidos e agora todos sabemos como foram geridos e os prejuízos que causaram, pagos por todos os cidadãos e cidadãs
A democracia estava consolidada, afinal essa coisa da luta de classes tinha chegado ao fim e os explorados e exploradores era conversa do passado, apregoada por uns saudosistas… agora somos todos empresários de sucesso ou colaboradores empenhados. O resultado está à vista mais uma vez – as privatizações e as PPP fizeram o seu caminho, destruindo empresas e entregando aos privados tudo o que dá lucro, destruindo serviços públicos essenciais como é o caso das telecomunicações, energia e transportes.
Comemorar o 25 de Abril, em 2015, tem que passar por tirar lições do passado.
No final do ano vamos às urnas, como há 40 anos, e todos os votos têm o mesmo valor. É urgente voltar a votar para reparar o presente e construir o futuro.
Viva Abril todos os dias.
40 anos depois das primeiras eleições livres
Opinião » 2015-04-24 » António GomesEstas eleições foram as mais participadas de sempre – 91% dos cidadãos e cidadãs recenseados foram às urnas, colocaram o seu voto no partido que consideraram corresponder aos seus anseios, e, tal como agora, também foram muitos os partidos que se apresentaram a eleições.
A Assembleia Constituinte aprovou o documento base da nossa democracia – a Constituição da República de 1976. A geração do 25 de abril, hoje a ”geração grisalha”, lutou muito, conquistou direitos, impôs derrotas aos inimigos da liberdade e da democracia. A Constituição é, ela própria, fruto do que se passava dentro e fora do Parlamento.
A luta era feita para o presente – direitos laborais, direito à greve, Serviço Nacional de Saúde, Escola Pública, salário mínimo, mas também a pensar nas gerações vindouras, por uma vida melhor para os nossos filhos e filhas.
Hoje, sabemos que existe uma geração que vive pior que os seus pais. É o inverso da esperança do 25 de Abril. A teoria de que ”não são necessários tantos direitos”, de que ”vivemos acima das nossas possibilidades” e a defesa do sacrossanto mercado, fez o seu caminho e o resultado está à vista: empobrecimento, retrocesso nos direitos e Abril cada vez mais longe. Os bancos foram protegidos e agora todos sabemos como foram geridos e os prejuízos que causaram, pagos por todos os cidadãos e cidadãs
A democracia estava consolidada, afinal essa coisa da luta de classes tinha chegado ao fim e os explorados e exploradores era conversa do passado, apregoada por uns saudosistas… agora somos todos empresários de sucesso ou colaboradores empenhados. O resultado está à vista mais uma vez – as privatizações e as PPP fizeram o seu caminho, destruindo empresas e entregando aos privados tudo o que dá lucro, destruindo serviços públicos essenciais como é o caso das telecomunicações, energia e transportes.
Comemorar o 25 de Abril, em 2015, tem que passar por tirar lições do passado.
No final do ano vamos às urnas, como há 40 anos, e todos os votos têm o mesmo valor. É urgente voltar a votar para reparar o presente e construir o futuro.
Viva Abril todos os dias.
O miúdo vai à frente » 2024-04-25 » Hélder Dias |
Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia » 2024-04-24 » Jorge Carreira Maia A publicação do livro Identidade e Família – Entre a Consistência da Tradição e os Desafios da Modernidade, apresentado por Passos Coelho, gerou uma inusitada efervescência, o que foi uma vitória para os organizadores desta obra colectiva. |
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
» 2024-04-22
» Maria Augusta Torcato
Caminho de Abril - maria augusta torcato |
» 2024-04-24
» Jorge Carreira Maia
Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia |
» 2024-04-25
» Hélder Dias
O miúdo vai à frente |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia |