O desafio à ordem liberal - jorge carreira maia
Assistimos, nos dias de hoje, ao maior desafio que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, foi colocado à cosmovisão liberal. Esta visão do mundo não diz respeito apenas à economia. Ela é, fundamentalmente, uma perspectiva assente nos direitos individuais e em regimes pluralistas. A ordem liberal é aquela em que a liberdade individual é o fundamento da vida em sociedade. Esta visão é uma coisa recente na história da humanidade. Foi-se estruturando, lentamente, na Europa e na América, a partir dos séculos XVII e XVIII. Enfrentou, no século XX, grandes desafios, entre eles as ideologias antiliberais do fascismo, do nazismo e do comunismo. A ordem liberal venceu as primeiras duas em 1945 (fim da Segunda Guerra Mundial) e a terceira em 1989 (queda do Muro de Berlim).
Como é que uma ordem internacional e uma visão do mundo triunfantes parecem decair de modo tão rápido? A Europa e a América liberais terão interiorizado a ideia de fim da história e pensado que o destino dos povos não livres seria o de acederem, com o tempo, a regimes assentes nos direitos indivíduos, na economia de mercado e em democracias representativas. Em 1979, a revolução iraniana fora um aviso que não foi lido no que tinha de anunciador. Foram precisos vinte anos e o ataque às Torres Gémeas para se começar a vislumbrar que a cosmovisão liberal estava sob ataque. A partir daí, foi nascendo uma coligação de potências pouco interessadas nos direitos individuais e na democracia representativa. Com uma novidade. A principal potência despótica não é a de uma economia atrasada, apenas preocupada com a dimensão militar. A China é uma grande potência económica e tecnológica, capaz de fazer frente ao mundo ocidental a todos os níveis.
Ao mesmo tempo que a coligação dos regimes despóticos enfrenta os regimes liberais na arena internacional, no interior das democracias, explorando a liberdade que aí reina, afirmam-se movimentos que, ideologicamente, estão muito mais próximas das potências despóticas do que da cosmovisão liberal. Esta está a ser desafiada não apenas na dimensão geopolítica, onde perde continuamente influência, mas também no interior dos países democráticos pelos partidos e movimentos populistas. A confusão em que parece que vivemos não é outra coisa senão a guerra de uma muito ampla coligação de potências e movimentos contra as liberdades individuais e a visão liberal do mundo e das relações sociais. O que está em jogo é a substituição de um modo de vida, o nosso, onde a liberdade é o bem supremo, por outro onde a liberdade de cada um tem escasso ou nulo valor.
O desafio à ordem liberal - jorge carreira maia
Assistimos, nos dias de hoje, ao maior desafio que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, foi colocado à cosmovisão liberal. Esta visão do mundo não diz respeito apenas à economia. Ela é, fundamentalmente, uma perspectiva assente nos direitos individuais e em regimes pluralistas. A ordem liberal é aquela em que a liberdade individual é o fundamento da vida em sociedade. Esta visão é uma coisa recente na história da humanidade. Foi-se estruturando, lentamente, na Europa e na América, a partir dos séculos XVII e XVIII. Enfrentou, no século XX, grandes desafios, entre eles as ideologias antiliberais do fascismo, do nazismo e do comunismo. A ordem liberal venceu as primeiras duas em 1945 (fim da Segunda Guerra Mundial) e a terceira em 1989 (queda do Muro de Berlim).
Como é que uma ordem internacional e uma visão do mundo triunfantes parecem decair de modo tão rápido? A Europa e a América liberais terão interiorizado a ideia de fim da história e pensado que o destino dos povos não livres seria o de acederem, com o tempo, a regimes assentes nos direitos indivíduos, na economia de mercado e em democracias representativas. Em 1979, a revolução iraniana fora um aviso que não foi lido no que tinha de anunciador. Foram precisos vinte anos e o ataque às Torres Gémeas para se começar a vislumbrar que a cosmovisão liberal estava sob ataque. A partir daí, foi nascendo uma coligação de potências pouco interessadas nos direitos individuais e na democracia representativa. Com uma novidade. A principal potência despótica não é a de uma economia atrasada, apenas preocupada com a dimensão militar. A China é uma grande potência económica e tecnológica, capaz de fazer frente ao mundo ocidental a todos os níveis.
Ao mesmo tempo que a coligação dos regimes despóticos enfrenta os regimes liberais na arena internacional, no interior das democracias, explorando a liberdade que aí reina, afirmam-se movimentos que, ideologicamente, estão muito mais próximas das potências despóticas do que da cosmovisão liberal. Esta está a ser desafiada não apenas na dimensão geopolítica, onde perde continuamente influência, mas também no interior dos países democráticos pelos partidos e movimentos populistas. A confusão em que parece que vivemos não é outra coisa senão a guerra de uma muito ampla coligação de potências e movimentos contra as liberdades individuais e a visão liberal do mundo e das relações sociais. O que está em jogo é a substituição de um modo de vida, o nosso, onde a liberdade é o bem supremo, por outro onde a liberdade de cada um tem escasso ou nulo valor.
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |
![]() Gisèle Pelicot vive e cresceu em França. Tem 71 anos. Casou-se aos 20 anos de idade com Dominique Pelicot, de 72 anos, hoje reformado. Teve dois filhos. Gisèle não sabia que a pessoa que escolheu para estar ao seu lado ao longo da vida a repudiava ao ponto de não suportar a ideia de não lhe fazer mal, tudo isto em segredo e com a ajuda de outros homens, que, como ele, viviam vidas aparentemente, parcialmente e eticamente comuns. |
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