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A crise dos transportes colectivos

Opinião  »  2009-09-10  »  Jorge Salgado Simões

As sociedades modernas assentaram o seu desenvolvimento, nestas últimas décadas, em varias ”alavancas”, isto é, sectores ou produtos que foram ou ainda são os ”motores” da economia e do desenvolvimento, gerando emprego e riqueza e arrastando consigo muitos outros (bens e serviços, pois a economia e as sociedades modernas funcionam numa perfeita ”teia”, maias ainda numa época de globalização).

Poderia citar vários, mas destaco o automóvel, um bem que se foi ”democratizando” e massificando (um pouco graças ao americano Henry Ford) e passou a ser acessível a uma cada vez mais larga camada da população ocidental, inimaginável há pouco mais de meio século atrás. Em torno do automóvel ”gira” um valor significativo da economia de um país, seja ele produtor directo ou não do ”produto” final (o veículo) ou apenas dos componentes do automóvel. Depois, a construção das ”vias para o automóvel” tiveram uma explosão (ainda não parou, pelo menos no nosso país), tão ”apostado” está o governo em ”inundar-nos” de auto estradas, mesmo que nalgumas zonas do país elas quase que se sobrepõem e seja até a população a manifestar-se contra a construção de mais uma, como aconteceu há tempos na povoação de Branca (Aveiro). Enfim, outros interesses poderão haver em torno desta política de ”obras públicas”, mas uma coisa é certa, parece um exagero, nuns pais em que os (bons) solos são escassos. Um dia destes, nem nabos poderemos cultivar, por falta de terras aráveis!

O automóvel é, assim, uma ”faca de dois gumes”, mas quem se habituou ao seu uso (por vezes até de ostentação) e aos seus benefícios, esquece os seus inconvenientes, pelo menos enquanto ele for ecologicamente sustentável e economicamente viável, por várias razões, sendo uma delas a poluição e a escassez de petróleo que se perfila no horizonte próximo. Perante este cenário futuro, estranha-se ainda mais que os nossos governantes continuem a ”apostar” no automóvel (construindo ainda mais vias – rápidas e ”lentas”), embora agora com uma forte aposta no ”automóvel eléctrico”, para combater a escassez de combustíveis fosseis e a poluição, na qual o automóvel, mas não só, tem um forte contributo. Esperemos que os resultados (nos carros eléctricos) sejam bons, porque sem automóvel (já) ”não sabemos viver”, tal é a ”independência” e a ”liberdade” (a nossa mobilidade só ”esbarra” nas filas de trânsito, porque aí nem o ”carrinho” nos salva) que ele nos permite, embora seja também o causador (o maior) de muitas mortes prematuras verificadas no nosso país, mas ele ”não mata sozinho” e, por isso, o comportamento do seu dono seja (muito) responsável por esse papel ”assassino” de um bem tão importante nas nossas vidas modernas.

Por causa e efeito, porque ”o automóvel é rei” (analisem-se os comportamentos das pessoas, quando no papel de condutores!), os investimentos nos transportes públicos não se têm sido insuficientes, pelo que para muita gente o uso individual do automóvel ainda é a melhor opção diária. Vive-se, assim, no dilema de ”causa e efeito”, isto é, má rede de transportes públicos (TP) leva as pessoas a usarem o carro e o uso massivo do automóvel acaba por fazer uma grande concorrência aos TP, dificultando a sua rentabilidade e, consequentemente, os investimentos (no transporte de mercadorias a situação é semelhante). Esta é uma das grandes lacunas das nossas infra-estruturas de transportes (colectivos, dado que nos individuais estamos muito bem), mas parece que a principal e única ”guerra” é o TGV (quem sou eu para o contestar, pelo menos na ligação a Espanha?) quando a final o país tem outras prioridades na melhoria e alargamentos das condições de ”mobilidade” dos cidadãos.

”Mais carros nas estradas e o comboio perde clientes” – in imprensa do dia 3 de Setembro. Direi que o ”comboio é o grande perdedor” em Portugal, porque longe vão os tempos em que era o principal meio de transporte, tal a cobertura de linhas e ramais que o país possuía, demorando, é facto, várias horas para se fazer um percurso que hoje se percorre, de automóvel, num terço de tempo. Hoje, as linhas-férreas são essencialmente litorais e suburbanas e pouco mais, pelo que o fecho de linhas foi uma morte anunciada, por ”causa e feito” (também do automóvel e dos autocarros) e que desertificou ainda mais o interior do país, tornando Portugal um país cada vez mais litoral. A ”radiografia” é grave e desequilibrada, pelo que é urgente que se faça algo que recoloque o papel vital dos transportes colectivos nas sociedades modernas, face ás condições ecológicas e energéticas que já vivemos, em que, por muito que afecte a nossa ”independência e liberdade de mobilidade”, o papel do automóvel terá que ser redimensionado. Mas este não é o problema único, porque a questão da (in) segurança nos transportes públicos de hoje, principalmente nos comboios e estações é muito grave e de acordo com os relatos de (por vezes) grande violência ou de medo que nos chegam, nomeadamente nas linhas suburbanas que servem as grandes cidades de Lisboa e Porto. É assustador e não já não basta um polícia por carruagem! Como é possível que se tenha chegado a este estado? Assim, só andará de comboio aquele que de todo não possa ou não tenha automóvel para se deslocar, mesmo no percurso de casa-emprego-casa, consequentemente, não admira que o comboio perca clientes, e embora sendo a violência, por vezes ”gratuita” ou de ”pequeno crime” um problema mais abrangente das sociedades ”modernas”, este tem que ser ”atacado”. O risco de usar os TPs deveria estar apenas relacionado com ele próprio e não acrescido com os riscos de ”perdas, danos e ofensas corporais”, por influência de ”estranhos”, por vezes inimputáveis. Como tenho saudade das ”longas” viagens (nocturnas ou diurnas) de Lisboa para o Porto, Viseu ou Bragança (hoje não existem estes dois percursos), etc., em que o maior risco era fazerem-se em pé ou deitado nos corredores das carruagens dos comboios!

Lusitano.ser@gmail.com

 

 

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