Os primeiros 100 dias do Governo, da austeridade e da mudança
Opinião » 2011-09-29 » Ana Trincão
Durão aumentou o IVA de 17 para 19%. Sócrates, aumentou para 21%. Ambos mentiram!
Na altura, eu dizia ”que estávamos a gastar aquilo que não era nosso e que mais tarde iríamos pagar a factura”, ou seja, ”os portugueses estavam a viver acima das suas posses, ou seja, gastando mais do que produzem!” E ”a culpa morre solteira, ou seja, ninguém é culpado e os pobres que paguem a crise”.
Este foi um pequeno retrato que fiz de Portugal, há 6 anos!
E, até, lembrava: desde 1985, foram 10 anos de oásis do cavaquismo, este que abandonou; foi rendido pelos 7 anos do pântano guterrista; seguiram-se 3 anos do governo da tanga, de Durão Barroso que entregou o poder, durante 239 dias, ao governo das trapalhadas, de Santana Lopes, a este, sucedendo-lhe, José Sócrates, no decurso das eleições antecipadas e que governou durante 6 anos.
São 26 anos de governação que correspondem ao tempo da integração na ”Europa Connosco”, a designação atribuída pelo chamado pai da democracia, Mário Soares que, tal como Jorge Sampaio, foi Presidente da República, durante 10 anos.
Cavaco, é PR, há mais de 6 anos; Barroso, foi promovido pela ”democracia europeia”, Guterres, é alto Comissário da ONU, Santana Lopes, após ”ter andado por aí”, agora é todo misericordioso, gerindo os poderosos negócios do jogo, na Misericórdia de Lisboa.
Em 21 de Junho de 2011, tomou posse de novo, o PSD, como líder do XIX Governo Constitucional, decorrente de novas eleições antecipadas, realizadas em 5 de Junho de 2011 e que completa os primeiros 100 dias em 28 de Setembro de 2011.
Foram 48 os cidadãos que tomaram posse, como 1º Ministro, Ministros e Secretários de Estado. Uns muito conhecidos da opinião pública, enquanto outros são completamente desconhecidos do mundo político.
O Governo é idêntico a um Conselho de Administração de uma qualquer empresa, ou a funcionar como um qualquer Conselho de Família.
O objectivo der qualquer governo é melhorar a situação dos governados – o povão – cumprindo, as suas promessas eleitorais.
É verdade que a acção governativa está condicionada pelos compromissos assumidos, antes das eleições, com o FMI e a UE, pelos quais Portugal continua a beneficiar de empréstimos internacionais.
A contestação ao Governo do PS e a José Sócrates, foi intensa e frenética, apesar de ter legitimidade para governar, quer por parte dos principais políticos que integram este Governo do PSD/CDS, quer por parte de certa comunicação social, coadjuvada por economistas e universitários que só agora reagiram contra a situação de endividamento de Portugal. Era necessário, a todo o custo haver eleições para, diziam, haver uma mudança de rumo na governação do país.
O que está a acontecer e o que está anunciado até 2012, vêm aí dias muito sombrios para os grupos e classes sociais mais desfavorecidos. E, curiosamente, parece que os ricos e abastados continuam a viver há fartasana!
Estes políticos que tomaram posse há 100 dias, quando aparecem em público é para anunciarem mais austeridade e mais miséria. Algum bem estar e qualidade de vida obtido por portugueses mais pobres estão a ser abolidos em cumprimento dos ditames que o capitalismo caduco, do mercado e selvagem nos impõe. Precisamos, sim, de mudar, mas de modelo económico e social. Com o actual modelo, será a nossa ruína!
Vou terminar, dizendo o mesmo que escrevi há 6 anos, sobre os primeiros 100 dias do Governo de Sócrates, ou seja, este governo de Passos Coelho ”não pode continuar (des)governar Portugal e o povão a assistir passivamente!”
Os primeiros 100 dias do Governo, da austeridade e da mudança
Opinião » 2011-09-29 » Ana TrincãoDurão aumentou o IVA de 17 para 19%. Sócrates, aumentou para 21%. Ambos mentiram!
Na altura, eu dizia ”que estávamos a gastar aquilo que não era nosso e que mais tarde iríamos pagar a factura”, ou seja, ”os portugueses estavam a viver acima das suas posses, ou seja, gastando mais do que produzem!” E ”a culpa morre solteira, ou seja, ninguém é culpado e os pobres que paguem a crise”.
Este foi um pequeno retrato que fiz de Portugal, há 6 anos!
E, até, lembrava: desde 1985, foram 10 anos de oásis do cavaquismo, este que abandonou; foi rendido pelos 7 anos do pântano guterrista; seguiram-se 3 anos do governo da tanga, de Durão Barroso que entregou o poder, durante 239 dias, ao governo das trapalhadas, de Santana Lopes, a este, sucedendo-lhe, José Sócrates, no decurso das eleições antecipadas e que governou durante 6 anos.
São 26 anos de governação que correspondem ao tempo da integração na ”Europa Connosco”, a designação atribuída pelo chamado pai da democracia, Mário Soares que, tal como Jorge Sampaio, foi Presidente da República, durante 10 anos.
Cavaco, é PR, há mais de 6 anos; Barroso, foi promovido pela ”democracia europeia”, Guterres, é alto Comissário da ONU, Santana Lopes, após ”ter andado por aí”, agora é todo misericordioso, gerindo os poderosos negócios do jogo, na Misericórdia de Lisboa.
Em 21 de Junho de 2011, tomou posse de novo, o PSD, como líder do XIX Governo Constitucional, decorrente de novas eleições antecipadas, realizadas em 5 de Junho de 2011 e que completa os primeiros 100 dias em 28 de Setembro de 2011.
Foram 48 os cidadãos que tomaram posse, como 1º Ministro, Ministros e Secretários de Estado. Uns muito conhecidos da opinião pública, enquanto outros são completamente desconhecidos do mundo político.
O Governo é idêntico a um Conselho de Administração de uma qualquer empresa, ou a funcionar como um qualquer Conselho de Família.
O objectivo der qualquer governo é melhorar a situação dos governados – o povão – cumprindo, as suas promessas eleitorais.
É verdade que a acção governativa está condicionada pelos compromissos assumidos, antes das eleições, com o FMI e a UE, pelos quais Portugal continua a beneficiar de empréstimos internacionais.
A contestação ao Governo do PS e a José Sócrates, foi intensa e frenética, apesar de ter legitimidade para governar, quer por parte dos principais políticos que integram este Governo do PSD/CDS, quer por parte de certa comunicação social, coadjuvada por economistas e universitários que só agora reagiram contra a situação de endividamento de Portugal. Era necessário, a todo o custo haver eleições para, diziam, haver uma mudança de rumo na governação do país.
O que está a acontecer e o que está anunciado até 2012, vêm aí dias muito sombrios para os grupos e classes sociais mais desfavorecidos. E, curiosamente, parece que os ricos e abastados continuam a viver há fartasana!
Estes políticos que tomaram posse há 100 dias, quando aparecem em público é para anunciarem mais austeridade e mais miséria. Algum bem estar e qualidade de vida obtido por portugueses mais pobres estão a ser abolidos em cumprimento dos ditames que o capitalismo caduco, do mercado e selvagem nos impõe. Precisamos, sim, de mudar, mas de modelo económico e social. Com o actual modelo, será a nossa ruína!
Vou terminar, dizendo o mesmo que escrevi há 6 anos, sobre os primeiros 100 dias do Governo de Sócrates, ou seja, este governo de Passos Coelho ”não pode continuar (des)governar Portugal e o povão a assistir passivamente!”
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
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