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E assim se quer que a classe política seja respeitada…

Opinião  »  2015-11-18  »  João Quaresma

"Já não deixa de ser preocupante esta libertinagem de opinião, de força retórica politica que torna algumas pessoas em adeptos fundamentalistas que hoje uma coisa dizem, amanhã outra bem distinta daquela que se deixou dita, mas que em nome da Fé partidária se perdoa, mesmo que daí advenham prejuízos para Portugal e para os Portugueses."

Já vamos com tempo passado suficiente para podermos recordar que as eleições legislativas ocorreram no passado dia 04 de Outubro de 2015. Mais de um mês passou, em os que votaram escolheram o seu futuro.

Percorrida que foi toda uma legislatura, os portugueses chamados às urnas de voto, depois de todos os sacrifícios, depois de tão severa austeridade, depois de muitos dias, semanas e meses com dificuldades acrescidas por tão elevados cortes, expressaram a sua vontade pelo voto.

Não vou aqui dissertar sobre se as eleições se ganham pelo maior número de votos, ou se se ganham por somas aritméticas que em momento prévio às eleições jamais foram equacionadas e apresentadas a esses mesmos votos. Hoje relativizo, sem qualquer ligeireza este importante momento da nossa história política, comparando-o a um campeonato de futebol e às paixões clubísticas e “cegueira” como muitas vezes é defendida esta fé clubística.

Para benfiquistas, sportinguistas e portistas, o seu clube de coração é sempre o maior, sejam quais forem os resultados desportivos ou o comportamento dos seus jogadores. É como se fosse uma religião, uma jihad de fé clubística, o que no futebol até posso admitir em parte, uma vez que a paixão naturalmente se sobrepõe à razão.

Já não deixa de ser preocupante esta libertinagem de opinião, de força retórica politica que torna algumas pessoas em adeptos fundamentalistas que hoje uma coisa dizem, amanhã outra bem distinta daquela que se deixou dita, mas que em nome da Fé partidária se perdoa, mesmo que daí advenham prejuízos para Portugal e para os Portugueses.

Péssimos são os exemplos que se dão às gerações mais novas. A abstenção é cada vez maior, o alheamento das pessoas à política é cada vez mais alargado, o afastamento é cada vez mais evidente e aquilo que se faz transparecer é um mundo de inverdades. Na hora em que começa a disputa fica mais difícil distinguir a boa da má informação, mesmo porque “verdades” e “mentiras” não são absolutas, e vem quase sempre juntas e misturadas.
 Assim, é “verdade” que tal programa de governo alcançou tais resultados, mas é “mentira” que isto solucionou o problema. Pode ser “verdade” o diagnóstico feito pela oposição, mas “mentira” que a solução seja simples – e assim por diante. E assim se quer que a classe política seja respeitada.

Nos entretantos, muitos são os Portugueses (mas não só Portugueses) que continuam a trabalhar, que procuram fazer vingar as suas empresas. Pessoas que procuram evoluir e que fazem Portugal mexer, num esforço que pode ser deitado a perder em menos de nada.

Na política espera-se mais racionalidade e menos fé.

 

 

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