Terminal 3 em Tancos? Sim, era mesmo isto.
"A solução do Montijo, como aeroporto complementar à Portela, tem os problemas já conhecidos"
Portugal precisa de uma solução aeroportuária para Lisboa. O aeroporto Humberto Delgado está saturado, a sofrer obras que vão permitir aumentar ainda mais o tráfego aéreo na capital e que dão muito jeito à concessionária da ANA, mas que não resolvem o problema de base: aquela localização, no centro da cidade, não tem futuro, não tem capacidade, não é aceitável do ponto de vista da segurança ou da qualidade de vida dos milhares de residentes próximos.
A solução do Montijo, como aeroporto complementar à Portela, tem os problemas já conhecidos: condicionantes técnicas da pista, tempo de vida útil demasiado pequeno, constrangimentos ambientais a sobrar, populações contra, necessidade de acessos, etc. Tem sobretudo a inexistência da avaliação ambiental estratégica legalmente obrigatória que permite a comparação de cenários e uma melhor fundamentação do investimento. Mais à frente ainda pagaremos por isto.
Havia a possibilidade de construção de um novo aeroporto em Alcochete, que chegou a reunir grande consenso. Tinha avaliação de impacte ambiental emitida, mas um equipamento com estas características, que o próprio António Costa defendia para retirar a Portela de Lisboa e dar um novo parque verde à capital, foi considerado demasiado caro para as contas públicas do país em 2007/2008.
É neste contexto que surge a possibilidade de Tancos como Terminal 3 do Aeroporto Humberto Delgado (foi assim que há cerca de dois anos o PSD distrital abordou o tema), que resulta do debate com pilotos, controladores aéreos, ambientalistas e outros especialistas, e que parece ser claramente uma solução intermédia, rápida, barata, permitindo ao país ganhar tempo nesta questão.
A discussão não é a mesma que Monte Real ou Coimbra, já para não falar de Beja. Em Tancos, podemos ter o que existe noutros países, um aeroporto complementar a uma hora de distância do centro da cidade. E se o Terminal 2 foi feito na Portela em muito pouco tempo com cerca de 40 milhões de euros, o mesmo pode aqui ser feito. A infraestrutura existe, precisa de uns ajustes, mas tem o comboio perto e autoestrada à porta. E facilmente se arranjariam ligações em concessão entre Lisboa e o Terminal 3, em modelos similares aos que encontramos há muito tempo quando voamos para Londres (Luton), Bruxelas (Charleroi) ou Milão (Bergamo), por exemplo.
Tancos pode muito bem ser isto: HDL/LIS Terminal 3, com muitas outras vantagens para a nossa região e para todo o interior do país. É a solução definitiva para o problema da circulação aeroportuária de Lisboa? Não. Mas tentem lá arranjar outra com iguais potencialidades.
NR: Na edição em papel, e devido a uma troca de ficheiros de imagem, este texto aparece em nome de Jorge Cordeiro Simões. Fica o nosso pedido de desculpas ao Jorge Salgado Simões e ao Jorge Cordeiro Simões.
Terminal 3 em Tancos? Sim, era mesmo isto.
A solução do Montijo, como aeroporto complementar à Portela, tem os problemas já conhecidos
Portugal precisa de uma solução aeroportuária para Lisboa. O aeroporto Humberto Delgado está saturado, a sofrer obras que vão permitir aumentar ainda mais o tráfego aéreo na capital e que dão muito jeito à concessionária da ANA, mas que não resolvem o problema de base: aquela localização, no centro da cidade, não tem futuro, não tem capacidade, não é aceitável do ponto de vista da segurança ou da qualidade de vida dos milhares de residentes próximos.
A solução do Montijo, como aeroporto complementar à Portela, tem os problemas já conhecidos: condicionantes técnicas da pista, tempo de vida útil demasiado pequeno, constrangimentos ambientais a sobrar, populações contra, necessidade de acessos, etc. Tem sobretudo a inexistência da avaliação ambiental estratégica legalmente obrigatória que permite a comparação de cenários e uma melhor fundamentação do investimento. Mais à frente ainda pagaremos por isto.
Havia a possibilidade de construção de um novo aeroporto em Alcochete, que chegou a reunir grande consenso. Tinha avaliação de impacte ambiental emitida, mas um equipamento com estas características, que o próprio António Costa defendia para retirar a Portela de Lisboa e dar um novo parque verde à capital, foi considerado demasiado caro para as contas públicas do país em 2007/2008.
É neste contexto que surge a possibilidade de Tancos como Terminal 3 do Aeroporto Humberto Delgado (foi assim que há cerca de dois anos o PSD distrital abordou o tema), que resulta do debate com pilotos, controladores aéreos, ambientalistas e outros especialistas, e que parece ser claramente uma solução intermédia, rápida, barata, permitindo ao país ganhar tempo nesta questão.
A discussão não é a mesma que Monte Real ou Coimbra, já para não falar de Beja. Em Tancos, podemos ter o que existe noutros países, um aeroporto complementar a uma hora de distância do centro da cidade. E se o Terminal 2 foi feito na Portela em muito pouco tempo com cerca de 40 milhões de euros, o mesmo pode aqui ser feito. A infraestrutura existe, precisa de uns ajustes, mas tem o comboio perto e autoestrada à porta. E facilmente se arranjariam ligações em concessão entre Lisboa e o Terminal 3, em modelos similares aos que encontramos há muito tempo quando voamos para Londres (Luton), Bruxelas (Charleroi) ou Milão (Bergamo), por exemplo.
Tancos pode muito bem ser isto: HDL/LIS Terminal 3, com muitas outras vantagens para a nossa região e para todo o interior do país. É a solução definitiva para o problema da circulação aeroportuária de Lisboa? Não. Mas tentem lá arranjar outra com iguais potencialidades.
NR: Na edição em papel, e devido a uma troca de ficheiros de imagem, este texto aparece em nome de Jorge Cordeiro Simões. Fica o nosso pedido de desculpas ao Jorge Salgado Simões e ao Jorge Cordeiro Simões.
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