A gestão da empresa Águas do Ribatejo
Tem sido muita a discussão à volta do tema da contratualização da gestão e exploração dos sistemas municipais de abastecimento de águas para consumo público e de saneamento de águas residuais do município de Torres Novas, concessionada à Águas do Ribatejo, e mais em concreto do último aumento de tarifário. Não constitui nossa intenção discutir as percentagens de aumento das tarifas que estão a ser debitadas a cada consumidor. Quero sim levar a discussão aquilo que deveria ser o exercício político de gestão da participação que o município de Torres Novas tem nesta empresa. A Águas do Ribatejo, como sabemos, é constituída apenas com capitais públicos das autarquias que intervêm no âmbito dos sistemas intermunicipais de abastecimento de água e de saneamento da lezíria do Tejo e do Almonda, a saber: Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas. Trata-se, então, de propriedade pública e de uma gestão pública dos serviços de abastecimento de água e saneamento.
Empresa pública cujo objeto social é exercido de uma forma monopolista, pois nenhuma outra empresa tem a fazer-lhe concorrência na sua atividade. O município de Torres Novas poderia, a exemplo do que aconteceu em Santarém, criar uma empresa detida no seu capital social exclusivamente por si. Porém, ao longo de mais de uma dezena de anos, a gestão camarária passou por direcionar os proveitos resultantes da gestão e exploração do sistema municipal de abastecimento de águas para consumo público e de saneamento de águas residuais para outros projetos e comparticipações municipais. Foi assim ao longo de anos, apesar de tantas vezes terem sido alertados aquando da discussão dos planos de atividades. O caminho politico seguido foi o de esgotar os proveitos, não cuidando de prever investimento suficiente para acautelar a sustentabilidade deste sector da gestão camarária, tendo conduzido o município ao estado de necessidade de ter de recorrer a uma solução diferente que possibilitasse a realização do investimento que há muito merecia cuidados. Hoje, resta ao município de Torres Novas, atenta a sua participação social na empresa Águas do Ribatejo e querendo defender os interesses dos munícipes torrejanos, contribuir para a definição de uma adequada política de financiamento global dessa empresa, que tenha em conta não só o custo dos investimentos e os encargos de exploração e manutenção dos sistemas já existentes, mas também a necessidade da sua expansão e reabilitação, e que explicite de forma clara e concreta qual a parcela do financiamento global que deve ser obtida com recurso às tarifa, bem como a definição de uma política tarifária que não pode deixar de ter em conta nem a necessidade de geração dos fundos indispensáveis à garantia da qualidade do serviço a prestar, nem a dimensão social dos serviços prestados. Baixar os tarifários passa pela ação política dos acionistas da Águas do Ribatejo, que devem ter a capacidade de definir uma estratégia comercial e de investimento da empresa que deixe de repercutir todos os custos no consumidor, dividindo os custos de investimento de obras ainda não em execução em orçamentos futuros.
A curiosidade maior é perceber que os acionistas em causa são municípios geridos à ”esquerda”.
A gestão da empresa Águas do Ribatejo
Tem sido muita a discussão à volta do tema da contratualização da gestão e exploração dos sistemas municipais de abastecimento de águas para consumo público e de saneamento de águas residuais do município de Torres Novas, concessionada à Águas do Ribatejo, e mais em concreto do último aumento de tarifário. Não constitui nossa intenção discutir as percentagens de aumento das tarifas que estão a ser debitadas a cada consumidor. Quero sim levar a discussão aquilo que deveria ser o exercício político de gestão da participação que o município de Torres Novas tem nesta empresa. A Águas do Ribatejo, como sabemos, é constituída apenas com capitais públicos das autarquias que intervêm no âmbito dos sistemas intermunicipais de abastecimento de água e de saneamento da lezíria do Tejo e do Almonda, a saber: Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas. Trata-se, então, de propriedade pública e de uma gestão pública dos serviços de abastecimento de água e saneamento.
Empresa pública cujo objeto social é exercido de uma forma monopolista, pois nenhuma outra empresa tem a fazer-lhe concorrência na sua atividade. O município de Torres Novas poderia, a exemplo do que aconteceu em Santarém, criar uma empresa detida no seu capital social exclusivamente por si. Porém, ao longo de mais de uma dezena de anos, a gestão camarária passou por direcionar os proveitos resultantes da gestão e exploração do sistema municipal de abastecimento de águas para consumo público e de saneamento de águas residuais para outros projetos e comparticipações municipais. Foi assim ao longo de anos, apesar de tantas vezes terem sido alertados aquando da discussão dos planos de atividades. O caminho politico seguido foi o de esgotar os proveitos, não cuidando de prever investimento suficiente para acautelar a sustentabilidade deste sector da gestão camarária, tendo conduzido o município ao estado de necessidade de ter de recorrer a uma solução diferente que possibilitasse a realização do investimento que há muito merecia cuidados. Hoje, resta ao município de Torres Novas, atenta a sua participação social na empresa Águas do Ribatejo e querendo defender os interesses dos munícipes torrejanos, contribuir para a definição de uma adequada política de financiamento global dessa empresa, que tenha em conta não só o custo dos investimentos e os encargos de exploração e manutenção dos sistemas já existentes, mas também a necessidade da sua expansão e reabilitação, e que explicite de forma clara e concreta qual a parcela do financiamento global que deve ser obtida com recurso às tarifa, bem como a definição de uma política tarifária que não pode deixar de ter em conta nem a necessidade de geração dos fundos indispensáveis à garantia da qualidade do serviço a prestar, nem a dimensão social dos serviços prestados. Baixar os tarifários passa pela ação política dos acionistas da Águas do Ribatejo, que devem ter a capacidade de definir uma estratégia comercial e de investimento da empresa que deixe de repercutir todos os custos no consumidor, dividindo os custos de investimento de obras ainda não em execução em orçamentos futuros.
A curiosidade maior é perceber que os acionistas em causa são municípios geridos à ”esquerda”.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |