A crescente pobreza e a irresponsabilidade de alguns
Opinião » 2014-03-28 » João Quaresma
É só levantar o tapete e ver o lixo que esteve escondido durante o tempo das vacas gordas e que agora, pouco a pouco, vamos vendo evidenciado no dia a dia. Hoje em dia, com as dificuldades que as pessoas estão a passar, é quase ofensivo dizer que há um lado bom na crise. Mas sou daqueles que entende que sim, que há um lado positivo. Estamos todos mais sensíveis e atentos para a realidade social que nos rodeia. Atentos aos abusos, atentos aos casos de gestão danosa na gestão pública, atentos à demagogia de ação de alguns intérpretes da vida política portuguesa, que parecem por vezes ter artes de magia para conseguir superar com ligeireza o fosso em que nos encontramos.
Não é só pelo futebol que somos falados pela Europa e mundo fora. Também a nível do fosso em que estamos metidos, somos falados. O fosso entre pobres e ricos em Portugal é o maior no conjunto dos países da União Europeia.
Noticia alarmante. Não será tempo, de os responsáveis políticos máximos em Portugal, pararem para pensar e em conjunto com o contributo de individualidades independentes e de reconhecido mérito sufragarem um entendimento mútuo que determine um rumo que nos leve a crescer, que nos leve a eliminar a pobreza extrema?
Pensamos que seria este o caminho. Um caminho que ao invés de apenas subsidiar a pobreza (rendimento social de inserção), se preocupe efetivamente em criar condições de inserir e motivar quem necessita. Incrementar a coesão territorial com uma verdadeira estratégia política de eficiência coletiva que passe por uma maior articulação entre Governo e municípios para manutenção de todos os serviços nas áreas de baixa densidade como tribunais, serviços de finanças, segurança social, serviços de saúde e demais serviços públicos de proximidade, com o reforço das competências dos segundos na gestão dos respetivos equipamentos e recursos humanos. Definir políticas que visem a humanização dos territórios do interior, através do aproveitamento das suas riquezas, através do fomento estatal ao investimento privado nestas áreas. Substituição do rendimento social de inserção, pela criação de um sistema de incentivos fiscais, de base nacional, em sede de IRC e IRS que potenciem a implementação de empresas e a fixação de pessoas fora dos grandes aglomerados urbanos.
Ao invés, a responsabilidade politica, económica e social das elites da sociedade portuguesa, principalmente das elites políticas, aquelas que efetivamente tem poder legislativo, não é praticada e nem sequer é assumida com carácter e convicção neste sentido que aqui referimos. Não basta levantar o tapete e constatar que há lixo escondido. É preciso varrer e afastar dos cargos públicos quem não sabe gerir a coisa pública e quem não pensa com sentido de responsabilidade, por todos nós.
A crescente pobreza e a irresponsabilidade de alguns
Opinião » 2014-03-28 » João QuaresmaÉ só levantar o tapete e ver o lixo que esteve escondido durante o tempo das vacas gordas e que agora, pouco a pouco, vamos vendo evidenciado no dia a dia. Hoje em dia, com as dificuldades que as pessoas estão a passar, é quase ofensivo dizer que há um lado bom na crise. Mas sou daqueles que entende que sim, que há um lado positivo. Estamos todos mais sensíveis e atentos para a realidade social que nos rodeia. Atentos aos abusos, atentos aos casos de gestão danosa na gestão pública, atentos à demagogia de ação de alguns intérpretes da vida política portuguesa, que parecem por vezes ter artes de magia para conseguir superar com ligeireza o fosso em que nos encontramos.
Não é só pelo futebol que somos falados pela Europa e mundo fora. Também a nível do fosso em que estamos metidos, somos falados. O fosso entre pobres e ricos em Portugal é o maior no conjunto dos países da União Europeia.
Noticia alarmante. Não será tempo, de os responsáveis políticos máximos em Portugal, pararem para pensar e em conjunto com o contributo de individualidades independentes e de reconhecido mérito sufragarem um entendimento mútuo que determine um rumo que nos leve a crescer, que nos leve a eliminar a pobreza extrema?
Pensamos que seria este o caminho. Um caminho que ao invés de apenas subsidiar a pobreza (rendimento social de inserção), se preocupe efetivamente em criar condições de inserir e motivar quem necessita. Incrementar a coesão territorial com uma verdadeira estratégia política de eficiência coletiva que passe por uma maior articulação entre Governo e municípios para manutenção de todos os serviços nas áreas de baixa densidade como tribunais, serviços de finanças, segurança social, serviços de saúde e demais serviços públicos de proximidade, com o reforço das competências dos segundos na gestão dos respetivos equipamentos e recursos humanos. Definir políticas que visem a humanização dos territórios do interior, através do aproveitamento das suas riquezas, através do fomento estatal ao investimento privado nestas áreas. Substituição do rendimento social de inserção, pela criação de um sistema de incentivos fiscais, de base nacional, em sede de IRC e IRS que potenciem a implementação de empresas e a fixação de pessoas fora dos grandes aglomerados urbanos.
Ao invés, a responsabilidade politica, económica e social das elites da sociedade portuguesa, principalmente das elites políticas, aquelas que efetivamente tem poder legislativo, não é praticada e nem sequer é assumida com carácter e convicção neste sentido que aqui referimos. Não basta levantar o tapete e constatar que há lixo escondido. É preciso varrer e afastar dos cargos públicos quem não sabe gerir a coisa pública e quem não pensa com sentido de responsabilidade, por todos nós.
É um banco, talvez, feliz! - maria augusta torcato » 2024-11-14 » Maria Augusta Torcato É um banco, talvez, feliz! Era uma vez um banco. Não. É um banco e um banco, talvez, feliz! E não. Não é um banco dos que nos desassossegam pelo que nos custam e cobram, mas dos que nos permitem sossegar, descansar. |
Mérito e inveja - jorge carreira maia » 2024-11-14 » Jorge Carreira Maia O milagre – a eventual vitória de Kamala Harris nas eleições norte-americanas – esteve longe, muito longe, de acontecer. Os americanos escolheram em consciência e disseram claramente o que queriam. Não votaram enganados ou iludidos; escolheram o pior porque queriam o pior. |
O vómito » 2024-10-26 » Hélder Dias |
30 anos: o JT e a política - joão carlos lopes » 2024-09-30 » João Carlos Lopes Dir-se-ia que três décadas passaram num ápice. No entanto, foram cerca de 11 mil dias iguais a outros 11 mil dias dos que passaram e dos que hão-de vir. Temos, felizmente, uma concepção e uma percepção emocional da história, como se o corpo vivo da sociedade tivesse os mesmos humores da biologia humana. |
Não tenho nada para dizer - carlos tomé » 2024-09-23 » Carlos Tomé Quando se pergunta a alguém, que nunca teve os holofotes apontados para si, se quer ser entrevistado para um jornal local ou regional, ele diz logo “Entrevistado? Mas não tenho nada para dizer!”. Essa é a resposta que surge mais vezes de gente que nunca teve possibilidade de dar a sua opinião ou de contar um episódio da sua vida, só porque acha que isso não é importante, Toda a gente está inundada pelos canhenhos oficiais do que é importante para a nossa vida e depois dessa verdadeira lavagem ao cérebro é mais que óbvio que o que dizem que é importante está lá por cima a cagar sentenças por tudo e por nada. |
Três décadas a dar notícias - antónio gomes » 2024-09-23 » António Gomes Para lembrar o 30.º aniversário do renascimento do “Jornal Torrejano”, terei de começar, obrigatoriamente, lembrando aqui e homenageando com a devida humildade, o Joaquim da Silva Lopes, infelizmente já falecido. |
Numa floresta de lobos o Jornal Torrejano tem sido o seu Capuchinho Vermelho - antónio mário santos » 2024-09-23 » António Mário Santos Uma existência de trinta anos é um certificado de responsabilidade. Um jornal adulto. Com tarimba, memória, provas dadas. Nasceu como uma urgência local duma informação séria, transparente, num concelho em que a informação era controlada pelo conservadorismo católico e o centrismo municipal subsidiado da Rádio Local. |
Trente Glorieuses - carlos paiva » 2024-09-23 » Carlos Paiva Os gloriosos trinta, a expressão original onde me fui inspirar, tem pouco que ver com longevidade e muito com mudança, desenvolvimento, crescimento, progresso. Refere-se às três décadas pós segunda guerra mundial, em que a Europa galopou para se reconstruir, em mais dimensões que meramente a literal. |
30 anos contra o silêncio - josé mota pereira » 2024-09-23 » José Mota Pereira Nos cerca de 900 anos de história, se dermos como assente que se esta se terá iniciado com as aventuras de D. Afonso Henriques nesta aba da Serra de Aire, os 30 anos de vida do “Jornal Torrejano”, são um tempo muito breve. |
A dimensão intelectual da extrema-direita - jorge carreira maia » 2024-09-23 » Jorge Carreira Maia Quando se avalia o crescimento da extrema-direita, raramente se dá atenção à dimensão cultural. Esta é rasurada de imediato pois considera-se que quem apoia o populismo radical é, por natureza, inculto, crente em teorias da conspiração e se, por um acaso improvável, consegue distinguir o verdadeiro do falso, é para escolher o falso e escarnecer o verdadeiro. |
» 2024-11-14
» Maria Augusta Torcato
É um banco, talvez, feliz! - maria augusta torcato |
» 2024-11-14
» Jorge Carreira Maia
Mérito e inveja - jorge carreira maia |