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Nobre povo

Opinião  »  2014-06-13  »  João Quaresma

Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.

Eça de Queiroz, in ‘Distrito de Évora (1867)

 

10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, o dia do Santo Anjo da Guarda de Portugal. Durante o Estado Novo, de 1933 até à revolução de 25 de abril de 1974, era celebrado como o dia da raça: a raça portuguesa ou os portugueses. Assisto às comemorações do dia 10 de Junho na Guarda. O Presidente da Republica inicia o seu discurso e algumas das pessoas presentes iniciam de imediato uma ação de protesto. Vejo algumas caras conhecidas, velhas conhecidas deste tipo de protestos. Comemora-se o dia de Portugal e alguns portugueses apenas se preocupam em protestar. Nobre o povo que se comporta sempre assim, nação valente… aquela que não consegue século após século ser uma nação maior. Entendo e respeito o direito à manifestação, o direito ao protesto. Mas os que se manifestam deveriam também respeitar as instituições. Quem se manifesta sem qualquer respeito pelas instituições, não merece respeito.

Portugal e os portugueses assim, são ingovernáveis.

Tudo isto porque as pessoas se sentem desmotivadas com o atual rumo de Portugal. As pessoas não conseguem entender os sacrifícios que estão a ser impostos. O que em parte se compreende, pois ninguém gosta de perder rendimento. Entendo, porém, que mais do que problemas de comunicação, existe um grave problema de formação dos portugueses. Seja este governo ou outro qualquer, nos próximos anos, Portugal terá de escolher um rumo que nos leve definitivamente para caminhos de excelência e de sucesso, que permita às gerações vindouras um futuro sem resgates. Convém saber que em 40 de democracia, Portugal foi já resgatado por três vezes. Portugal em 40 anos de democracia já teve necessidade de recorrer a ajuda externa por três vezes. E hoje, nas discussões a que vamos assistindo, constatamos que os problemas são iguais. Como é o caso do grande peso dos encargos do Estado, ou a grande dificuldade em colocar um ponto final nos muitos privilégios criados por este, insustentáveis no presente e no futuro, exemplos, entre muitos outros que carecem de muita determinação política para que Portugal evolua positivamente.

 

 

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