Warning: file_get_contents(http://api.facebook.com/restserver.php?method=links.getStats&urls=jornaltorrejano.pt%2Fopiniao%2Fnoticia%2F%3Fn-4978232e): failed to open stream: HTTP request failed! HTTP/1.1 400 Bad Request in /htdocs/public/www/inc/inc_pagina_noticia.php on line 148
Jornal Torrejano
 • SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Terça, 15 Julho 2025    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Sex.
 27° / 15°
Períodos nublados
Qui.
 29° / 16°
Céu nublado
Qua.
 35° / 15°
Céu limpo
Torres Novas
Hoje  37° / 16°
Céu limpo
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

A razão e o desejo

Opinião  »  2014-09-12  »  Jorge Carreira Maia

Uma estimativa da população portuguesa para 2060 (faltam cerca de 45 anos) prevê que sejamos, nessa altura, seis milhões. Isto é, os dados apontam para que nos próximos 45 anos Portugal perca 40% da sua população, para além de um acentuado aumento da população idosa. Uma das formas de mascarar o verdadeiro cerne do problema reside na recorrente lamentação de que os políticos não criam condições para as pessoas terem filhos. Apesar de haver alguma verdade na afirmação, e de não existirem políticas eficazes de apoio às famílias, o problema encontra-se noutro lado.

Pode-se parafrasear Kant e dizer que a natureza teria andado muito mal se tivesse confiado à razão humana a propagação da espécie. Até há algumas décadas, a propagação da vida humana estava fundada não na escolha e decisão racional dos indivíduos, mas no desejo cego presente no impulso sexual. Desejo esse que sempre se mostrou eficaz para assegurar a continuidade da espécie humana. A descoberta da pílula permitiu a construção de dispositivos eficazes de planeamento familiar. O que significa isto? Significa que a propagação da espécie foi retirada do âmbito do desejo sexual e colocada sob uma decisão aparentemente racional dos indivíduos. Paulatinamente, as pessoas deixam de ter filhos porque optam por não tê-los. A geração de novos seres passou a depender da razão calculadora dos progenitores, que podem separar o prazer sexual da reprodução.

A introdução da razão no processo de procriação acabou por ter efeitos – se medidos pelo interesse racional dos indivíduos – contraditórios. As pessoas alegam não ter filhos por falta de condições para tal. Agem segundo o seu interesse particular. Mas há consequências destas decisões. A diminuição da população, devido ao planeamento racional dos nascimentos, acaba por ir contra os interesses futuros dos indivíduos, pois deixa de haver quem lhes possa assegurar uma velhice com um módico de dignidade. A introdução do planeamento familiar veio resolver importantes problemas sociais. A verdade, porém, é que criou outros, porventura bem mais graves.

O assunto é ainda mais crítico pois a razão que criou o problema parece impotente para o resolver. Os portugueses vão desaparecendo não porque um epidemia os leva, uma guerra de extermínio se abate sobre eles ou uma catástrofe natural os dizima. Vão desaparecer porque – como outros povos ocidentais – confiaram à razão aquilo – a propagação da vida – que sempre foi da jurisdição do cego desejo sexual. Tudo tem um preço.

www.kyrieeleison-jcm.blogspot.com

 

 

 Outras notícias - Opinião


O meu projecto eleitoral para a autarquia »  2025-07-08  »  António Mário Santos

Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias.
(ler mais...)


O MAJOR-GENERAL PATRONO DA GUERRA »  2025-07-08  »  José Alves Pereira

O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo.
(ler mais...)


Inteligência artificial »  2025-07-08  »  Acácio Gouveia

“Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre”

Leonardo da Vinci

 

Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz.
(ler mais...)


Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais »  2025-07-03  »  Jorge Carreira Maia

 

Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita.
(ler mais...)


Encontros »  2025-06-06  »  Jorge Carreira Maia

Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega.
(ler mais...)


Os fraudulentos - acácio gouveia »  2025-05-17  »  Acácio Gouveia

"Hire a clown, get a circus" *

Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades.
(ler mais...)


Um novo Papa - jorge carreira maia »  2025-05-17 

A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista.
(ler mais...)


Muito mais contrariedades tive... »  2025-05-12  »  Hélder Dias

Z?... »  2025-05-12  »  Hélder Dias

Trump... Papa?? »  2025-05-08  »  Hélder Dias
 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2025-07-03  »  Jorge Carreira Maia Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais
»  2025-07-08  »  António Mário Santos O meu projecto eleitoral para a autarquia
»  2025-07-08  »  José Alves Pereira O MAJOR-GENERAL PATRONO DA GUERRA
»  2025-07-08  »  Acácio Gouveia Inteligência artificial