A Cruz, o Crato e os corninhos do Pinho
Olhemos para estes últimos meses da governação de Portugal. Nenhum ministro perdeu as estribeiras e fez corninhos para a oposição. Mas a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e o ministro da Educação, Nuno Crato, são responsáveis por dois inenarráveis processos de desarticulação da Justiça e da Educação em Portugal. Processos judiciais parados, confusão nos tribunais, pessoas com a vida suspensa a aguardar que o sistema volte à normalidade. Alunos sem professores, professores colocados e despedidos, professores deslocados para um lado e depois para o outro, escolas fechadas. Um pandemónio. Tanto Teixeira da Cruz como Nuno Crato são responsáveis políticos directos por transtornos inimagináveis na vida de muita gente. Isso parece ser muito menos grave que os corninhos de Manuel Pinho.
Não digo que a demissão de Manuel Pinho, motivada pelo seu gesto, foi excessiva. Aquilo que ele fez, e o levou à demissão, em nada prejudicou os portugueses, enquanto as decisões e a gestão de Teixeira da Cruz e de Nuno Crato causaram sérios prejuízos às instituições, à sociedade e a muitos cidadãos. Demitiram-se? Foram demitidos? Não, no momento em que escrevo este artigo, leio que o primeiro-ministro afasta a demissão de Crato. Em Portugal, um ministro pode ser demitido por uma pilhéria de mau gosto, mas se afecta os cidadãos com os seus erros parece que deve ser protegido, senão mesmo louvado.
Estes episódios mostram duas coisas. Em primeiro lugar, que há muito mais tolerância para ministros de direita do que para ministros de esquerda, mesmo que seja de uma esquerda que quase não se distingue da direita. Em segundo lugar, e o mais importante, é que erros ministeriais (não digo políticas, digo erros) – fundamentalmente, se vieram da direita – que afectem ou destruam a vida das pessoas não têm qualquer sanção. Fica claro o valor que os cidadãos têm aos olhos do governo. Nenhum! Afecta-se a vida da população, paciência. O ministro pede desculpa e amanhã é outro dia. Grave, grave é se um ministro faz uns corninhos. Aí a pátria vai abaixo.
www.kyrieeleison-jcm.blogspot.com
A Cruz, o Crato e os corninhos do Pinho
Olhemos para estes últimos meses da governação de Portugal. Nenhum ministro perdeu as estribeiras e fez corninhos para a oposição. Mas a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e o ministro da Educação, Nuno Crato, são responsáveis por dois inenarráveis processos de desarticulação da Justiça e da Educação em Portugal. Processos judiciais parados, confusão nos tribunais, pessoas com a vida suspensa a aguardar que o sistema volte à normalidade. Alunos sem professores, professores colocados e despedidos, professores deslocados para um lado e depois para o outro, escolas fechadas. Um pandemónio. Tanto Teixeira da Cruz como Nuno Crato são responsáveis políticos directos por transtornos inimagináveis na vida de muita gente. Isso parece ser muito menos grave que os corninhos de Manuel Pinho.
Não digo que a demissão de Manuel Pinho, motivada pelo seu gesto, foi excessiva. Aquilo que ele fez, e o levou à demissão, em nada prejudicou os portugueses, enquanto as decisões e a gestão de Teixeira da Cruz e de Nuno Crato causaram sérios prejuízos às instituições, à sociedade e a muitos cidadãos. Demitiram-se? Foram demitidos? Não, no momento em que escrevo este artigo, leio que o primeiro-ministro afasta a demissão de Crato. Em Portugal, um ministro pode ser demitido por uma pilhéria de mau gosto, mas se afecta os cidadãos com os seus erros parece que deve ser protegido, senão mesmo louvado.
Estes episódios mostram duas coisas. Em primeiro lugar, que há muito mais tolerância para ministros de direita do que para ministros de esquerda, mesmo que seja de uma esquerda que quase não se distingue da direita. Em segundo lugar, e o mais importante, é que erros ministeriais (não digo políticas, digo erros) – fundamentalmente, se vieram da direita – que afectem ou destruam a vida das pessoas não têm qualquer sanção. Fica claro o valor que os cidadãos têm aos olhos do governo. Nenhum! Afecta-se a vida da população, paciência. O ministro pede desculpa e amanhã é outro dia. Grave, grave é se um ministro faz uns corninhos. Aí a pátria vai abaixo.
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![]() Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias. |
![]() O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo. |
![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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