Orçamento Municipal 2015: das restrições orçamentais à crise política
Opinião » 2014-11-21 » João Quaresma
Alega o Partido Socialista que, ao longo dos últimos anos de gestão camarária, fruto da orientação estratégica que assentou nos programas de apoio financeiro postos à disposição dos municípios portugueses de 1994 até 2013, o município de Torres Novas tirou o maior partido dos mesmos e dotou o concelho de infraestruturas de relevante importância para a consolidação de uma política de dinamização educacional e cultural, de bem-estar físico, reforçando uma economia geradora de emprego. Esta afirmação é, logo à partida, muito subjetiva. Na verdade, foram tempos de recurso sistemático ao crédito bancário para fazer face às comparticipações dos fundos colocados à disposição. Foram inaugurações, mais obras e mais inaugurações. Foram as declarações de peito feito, falando alto e em bom som: nós fazemos. Por amor a Torres Novas. Foram anos de eleições autárquicas com revistas de propaganda com as obras do ”regime”.
Nesses tempos de grande impulsividade empreendedora, o atual presidente da câmara integrou todos os executivos, sempre com a responsabilidade inerente à vice-presidência da câmara. Assim, o atual presidente da câmara sabia bem os constrangimentos com que teria de lidar nos anos vindouros a tantos investimentos. O prazer que adviu de consumir e gastar tanto no passado implicava necessariamente uma restrição nos consumos futuros. Em consciência, teria de saber disto. A aposta nos investimentos que o executivo do Partido Socialista tanto gosta de enumerar, gerou no entanto uma dívida de médio e longo prazo junto de entidades bancárias e fornecedores que justificaram três operações de reequilíbrio financeiro num curto período de três anos, tudo num total de 18 milhões de euros de financiamento. Foi uma cultura política de irresponsabilidade. Um exercício de poder que onerou o município de Torres Novas para os anos vindouros. Um exercício de poder que roçou o despotismo, tal era a superioridade ou a força na forma como se lidava com a oposição, com os meios de comunicação social que não retratavam a verdade que o ”governo” com poder absoluto queria que fosse a verdade universal, com qualquer pessoa que afrontasse essa verdade.
O Sr. presidente da câmara (o atual) sabe bem como funcionava porque esteve desse lado da barricada anos seguidos. Não consigo assim imaginar o incómodo que sentiu com a eloquente humilhação que lhe foi dirigida por uma pessoa por quem deu o ”peito às balas” durante tantos anos de política ativa. O que é estranho é que são pessoas eleitas pela mesma força partidária a evidenciar propósitos e entendimentos diferentes em questões de muita importância para o concelho de Torres Novas. Desentendimentos e faltas de solidariedade que começam a repetir-se (já assim tinha sido com a internalização dos serviços da Turrisespaços) em curtos ciclos temporais.
Perante a falta de solidariedade da sua própria bancada na assembleia municipal, resta ao executivo do PS, atentos os eloquentes e inflamados discursos daqueles que são dos seus, apurar a arte de uma boa brega.
Orçamento Municipal 2015: das restrições orçamentais à crise política
Opinião » 2014-11-21 » João QuaresmaAlega o Partido Socialista que, ao longo dos últimos anos de gestão camarária, fruto da orientação estratégica que assentou nos programas de apoio financeiro postos à disposição dos municípios portugueses de 1994 até 2013, o município de Torres Novas tirou o maior partido dos mesmos e dotou o concelho de infraestruturas de relevante importância para a consolidação de uma política de dinamização educacional e cultural, de bem-estar físico, reforçando uma economia geradora de emprego. Esta afirmação é, logo à partida, muito subjetiva. Na verdade, foram tempos de recurso sistemático ao crédito bancário para fazer face às comparticipações dos fundos colocados à disposição. Foram inaugurações, mais obras e mais inaugurações. Foram as declarações de peito feito, falando alto e em bom som: nós fazemos. Por amor a Torres Novas. Foram anos de eleições autárquicas com revistas de propaganda com as obras do ”regime”.
Nesses tempos de grande impulsividade empreendedora, o atual presidente da câmara integrou todos os executivos, sempre com a responsabilidade inerente à vice-presidência da câmara. Assim, o atual presidente da câmara sabia bem os constrangimentos com que teria de lidar nos anos vindouros a tantos investimentos. O prazer que adviu de consumir e gastar tanto no passado implicava necessariamente uma restrição nos consumos futuros. Em consciência, teria de saber disto. A aposta nos investimentos que o executivo do Partido Socialista tanto gosta de enumerar, gerou no entanto uma dívida de médio e longo prazo junto de entidades bancárias e fornecedores que justificaram três operações de reequilíbrio financeiro num curto período de três anos, tudo num total de 18 milhões de euros de financiamento. Foi uma cultura política de irresponsabilidade. Um exercício de poder que onerou o município de Torres Novas para os anos vindouros. Um exercício de poder que roçou o despotismo, tal era a superioridade ou a força na forma como se lidava com a oposição, com os meios de comunicação social que não retratavam a verdade que o ”governo” com poder absoluto queria que fosse a verdade universal, com qualquer pessoa que afrontasse essa verdade.
O Sr. presidente da câmara (o atual) sabe bem como funcionava porque esteve desse lado da barricada anos seguidos. Não consigo assim imaginar o incómodo que sentiu com a eloquente humilhação que lhe foi dirigida por uma pessoa por quem deu o ”peito às balas” durante tantos anos de política ativa. O que é estranho é que são pessoas eleitas pela mesma força partidária a evidenciar propósitos e entendimentos diferentes em questões de muita importância para o concelho de Torres Novas. Desentendimentos e faltas de solidariedade que começam a repetir-se (já assim tinha sido com a internalização dos serviços da Turrisespaços) em curtos ciclos temporais.
Perante a falta de solidariedade da sua própria bancada na assembleia municipal, resta ao executivo do PS, atentos os eloquentes e inflamados discursos daqueles que são dos seus, apurar a arte de uma boa brega.
É um banco, talvez, feliz! - maria augusta torcato » 2024-11-14 » Maria Augusta Torcato É um banco, talvez, feliz! Era uma vez um banco. Não. É um banco e um banco, talvez, feliz! E não. Não é um banco dos que nos desassossegam pelo que nos custam e cobram, mas dos que nos permitem sossegar, descansar. |
Mérito e inveja - jorge carreira maia » 2024-11-14 » Jorge Carreira Maia O milagre – a eventual vitória de Kamala Harris nas eleições norte-americanas – esteve longe, muito longe, de acontecer. Os americanos escolheram em consciência e disseram claramente o que queriam. Não votaram enganados ou iludidos; escolheram o pior porque queriam o pior. |
O vómito » 2024-10-26 » Hélder Dias |
30 anos: o JT e a política - joão carlos lopes » 2024-09-30 » João Carlos Lopes Dir-se-ia que três décadas passaram num ápice. No entanto, foram cerca de 11 mil dias iguais a outros 11 mil dias dos que passaram e dos que hão-de vir. Temos, felizmente, uma concepção e uma percepção emocional da história, como se o corpo vivo da sociedade tivesse os mesmos humores da biologia humana. |
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A dimensão intelectual da extrema-direita - jorge carreira maia » 2024-09-23 » Jorge Carreira Maia Quando se avalia o crescimento da extrema-direita, raramente se dá atenção à dimensão cultural. Esta é rasurada de imediato pois considera-se que quem apoia o populismo radical é, por natureza, inculto, crente em teorias da conspiração e se, por um acaso improvável, consegue distinguir o verdadeiro do falso, é para escolher o falso e escarnecer o verdadeiro. |
» 2024-11-14
» Maria Augusta Torcato
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» 2024-11-14
» Jorge Carreira Maia
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