• SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Segunda, 09 Dezembro 2024    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Qui.
 14° / 2°
Períodos nublados
Qua.
 13° / 3°
Céu limpo
Ter.
 14° / 3°
Céu limpo
Torres Novas
Hoje  14° / 5°
Céu limpo
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Almonda Parque: um processo político administrativo de negligência grosseira

Opinião  »  2015-01-22  »  João Quaresma

Os dias vão passando e as novidades vão-se sucedendo. Para abalar a já frágil situação financeira da autarquia torrejana, surge agora o problema relacionado com a denúncia do contrato de concessão do Almonda Parque por parte da empresa concessionária. Diz-se em incómodas palavras que em causa poderá estar uma responsabilidade para a autarquia de cerca de três milhões de euros. Falso, diremos nós. A haver responsabilidade, estaremos perante uma responsabilidade bem maior para a autarquia. Bastará somar o valor gasto com a edificação do edifício, os custos financeiros suportados com encargos bancários (juros do empréstimo e encargos da garantia bancária apresentada), e um montante mínimo que seja por lucros cessantes ao longo dos anos em que vigorou o contrato.

Mas mais grave é perceber que a autarquia poderia ter minimizado a sua responsabilidade com simples vontade política e eficiente prática administrativa, bastando para tanto que regulamentasse o trânsito e o estacionamento na zona envolvente ao Almonda Parque. Não o fez, violando seriamente um dever de legalidade, um dever de lealdade institucional e de eficiência funcional. Eram conhecedores do contrato de concessão assinado e das responsabilidades ao mesmo inerente. Conheciam as responsabilidades que do incumprimento do mesmo poderiam advir. Detêm, ao longo dos anos, sucessivas maiorias absolutas, e têm para levar a efeito as suas escolhas políticas um quadro de excelentes funcionários / técnicos municipais. E nada fizeram para o evitar. A deslealdade institucional consubstanciou-se assim na inevitável quebra de confiança que se gerou entre as pessoas que gerem os destinos do município e os munícipes, na estrita medida em que o executivo não dedicou e não aplicou a devida prudência e cuidado no tratamento dos interesses que não lhes pertencem, mas em quem foram investidos poderes de administração.

Mas estaremos apenas e só perante uma má gestão e uma grosseira negligência dos governantes autárquicos? Esta é a verdadeira questão que há muito vem sendo debatida na opinião pública. Considerando-se haver indícios de forte negligência na gestão da coisa pública, o comportamento político só pode ser sancionado pelo voto, ou sendo graves os factos devem os políticos ser abrangidos pelas leis penais?

No caso concreto julgamos que dúvidas não existem dos contornos gravosos em que a autarquia torrejana foi colocada. Incompetência política deverá ter existido. Restará agora averiguar e apurar, tanto quanto possível todo o circunstancialismo objetivo e subjetivo que rodeou a prática que levou à concessão do Almonda Parque, conhecer os pareceres técnicos que estiveram subjacentes à decisão política de contratar, as contrapartidas negociadas, os motivos que levaram a que houvesse tamanhos incumprimentos; o grau de culpa de cada uma das partes outorgantes e as consequências desses mesmos factos.

Havendo conclusões de gestão danosa da coisa pública por parte do executivo torrejano, sabendo-se não existir consequências criminais de tais práticas, haja a consciência por parte dos munícipes de que tais políticos deveriam ser inibidos de voltar a ocupar o lugar. E que na falta de responsabilidade criminal resta a responsabilidade política, na qual a justiça poderá ser feita pela vontade popular.

 

 

 Outras notícias - Opinião


É um banco, talvez, feliz! - maria augusta torcato »  2024-11-14  »  Maria Augusta Torcato

É um banco, talvez, feliz!

Era uma vez um banco. Não. É um banco e um banco, talvez, feliz!

E não. Não é um banco dos que nos desassossegam pelo que nos custam e cobram, mas dos que nos permitem sossegar, descansar.
(ler mais...)


Mérito e inveja - jorge carreira maia »  2024-11-14  »  Jorge Carreira Maia

O milagre – a eventual vitória de Kamala Harris nas eleições norte-americanas – esteve longe, muito longe, de acontecer. Os americanos escolheram em consciência e disseram claramente o que queriam. Não votaram enganados ou iludidos; escolheram o pior porque queriam o pior.
(ler mais...)


O vómito »  2024-10-26  »  Hélder Dias

30 anos: o JT e a política - joão carlos lopes »  2024-09-30  »  João Carlos Lopes

Dir-se-ia que três décadas passaram num ápice. No entanto, foram cerca de 11 mil dias iguais a outros 11 mil dias dos que passaram e dos que hão-de vir. Temos, felizmente, uma concepção e uma percepção emocional da história, como se o corpo vivo da sociedade tivesse os mesmos humores da biologia humana.
(ler mais...)


Não tenho nada para dizer - carlos tomé »  2024-09-23  »  Carlos Tomé

Quando se pergunta a alguém, que nunca teve os holofotes apontados para si, se quer ser entrevistado para um jornal local ou regional, ele diz logo “Entrevistado? Mas não tenho nada para dizer!”.

 Essa é a resposta que surge mais vezes de gente que nunca teve possibilidade de dar a sua opinião ou de contar um episódio da sua vida, só porque acha que isso não é importante,

 Toda a gente está inundada pelos canhenhos oficiais do que é importante para a nossa vida e depois dessa verdadeira lavagem ao cérebro é mais que óbvio que o que dizem que é importante está lá por cima a cagar sentenças por tudo e por nada.
(ler mais...)


Três décadas a dar notícias - antónio gomes »  2024-09-23  »  António Gomes

Para lembrar o 30.º aniversário do renascimento do “Jornal Torrejano”, terei de começar, obrigatoriamente, lembrando aqui e homenageando com a devida humildade, o Joaquim da Silva Lopes, infelizmente já falecido.
(ler mais...)


Numa floresta de lobos o Jornal Torrejano tem sido o seu Capuchinho Vermelho - antónio mário santos »  2024-09-23  »  António Mário Santos

Uma existência de trinta anos é um certificado de responsabilidade.

Um jornal adulto. Com tarimba, memória, provas dadas. Nasceu como uma urgência local duma informação séria, transparente, num concelho em que a informação era controlada pelo conservadorismo católico e o centrismo municipal subsidiado da Rádio Local.
(ler mais...)


Trente Glorieuses - carlos paiva »  2024-09-23  »  Carlos Paiva

Os gloriosos trinta, a expressão original onde me fui inspirar, tem pouco que ver com longevidade e muito com mudança, desenvolvimento, crescimento, progresso. Refere-se às três décadas pós segunda guerra mundial, em que a Europa galopou para se reconstruir, em mais dimensões que meramente a literal.
(ler mais...)


30 anos contra o silêncio - josé mota pereira »  2024-09-23  »  José Mota Pereira

Nos cerca de 900 anos de história, se dermos como assente que se esta se terá iniciado com as aventuras de D. Afonso Henriques nesta aba da Serra de Aire, os 30 anos de vida do “Jornal Torrejano”, são um tempo muito breve.
(ler mais...)


A dimensão intelectual da extrema-direita - jorge carreira maia »  2024-09-23  »  Jorge Carreira Maia

Quando se avalia o crescimento da extrema-direita, raramente se dá atenção à dimensão cultural. Esta é rasurada de imediato pois considera-se que quem apoia o populismo radical é, por natureza, inculto, crente em teorias da conspiração e se, por um acaso improvável, consegue distinguir o verdadeiro do falso, é para escolher o falso e escarnecer o verdadeiro.
(ler mais...)

 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2024-11-14  »  Maria Augusta Torcato É um banco, talvez, feliz! - maria augusta torcato
»  2024-11-14  »  Jorge Carreira Maia Mérito e inveja - jorge carreira maia