Crónica de um tempo que ainda não aconteceu - jorge salgado simões
"Como chegariam à Chamusca os resíduos de amianto prometidos retirar de escolas e edifícios públicos de todo o país?"
Ainda bem que acabaram o IC3!
Vejam o que seriam os tempos de pandemia sem aquela via, prometida há anos como contrapartida da instalação do Eco Parque do Relvão. Hoje, é lá que se tratam muitos dos resíduos perigosos do país e mesmo de outros países, e entre eles os resíduos hospitalares. Sem o IC3/A13 concluído e se ainda contássemos só com a bonita ponte da Chamusca, como seria?
Toda esta carga de materiais continuaria a passar pelo interior das várias localidades atravessadas pela N118 e também pela Golegã e Riachos, com todos os riscos daí decorrentes: os problemas de poluição e de tráfego de pesados em áreas urbanas, entre pessoas, ciclistas e não raras vezes entre as próprias cargas do nosso melhor tomate, pimento ou melão.
Por outro lado, se não fosse a nova via tantas vezes reivindicada, como chegariam à Chamusca os resíduos de amianto prometidos retirar de escolas e edifícios públicos de todo o país?
Foi positivo ver a posição das autoridades a afirmar que a sua deposição no Eco Parque do Relvão é obrigatória, onde terão tratamento adequado. Se a estrada não tivesse sido feita, lá teríamos de nos cruzar com mais uns milhares de camiões com os restos de fibrocimento desse Portugal todo.
E também foi bom que tivessem feito a estrada mesmo que tantos anos depois do início do funcionamento daquela infraestrutura de interesse nacional, porque as pessoas estavam claramente a ficar desacreditadas dos políticos e das promessas de investimentos não executados.
PS. Infelizmente, a obra não foi feita e este é mesmo um texto de um tempo que ainda não aconteceu.
Crónica de um tempo que ainda não aconteceu - jorge salgado simões
Como chegariam à Chamusca os resíduos de amianto prometidos retirar de escolas e edifícios públicos de todo o país?
Ainda bem que acabaram o IC3!
Vejam o que seriam os tempos de pandemia sem aquela via, prometida há anos como contrapartida da instalação do Eco Parque do Relvão. Hoje, é lá que se tratam muitos dos resíduos perigosos do país e mesmo de outros países, e entre eles os resíduos hospitalares. Sem o IC3/A13 concluído e se ainda contássemos só com a bonita ponte da Chamusca, como seria?
Toda esta carga de materiais continuaria a passar pelo interior das várias localidades atravessadas pela N118 e também pela Golegã e Riachos, com todos os riscos daí decorrentes: os problemas de poluição e de tráfego de pesados em áreas urbanas, entre pessoas, ciclistas e não raras vezes entre as próprias cargas do nosso melhor tomate, pimento ou melão.
Por outro lado, se não fosse a nova via tantas vezes reivindicada, como chegariam à Chamusca os resíduos de amianto prometidos retirar de escolas e edifícios públicos de todo o país?
Foi positivo ver a posição das autoridades a afirmar que a sua deposição no Eco Parque do Relvão é obrigatória, onde terão tratamento adequado. Se a estrada não tivesse sido feita, lá teríamos de nos cruzar com mais uns milhares de camiões com os restos de fibrocimento desse Portugal todo.
E também foi bom que tivessem feito a estrada mesmo que tantos anos depois do início do funcionamento daquela infraestrutura de interesse nacional, porque as pessoas estavam claramente a ficar desacreditadas dos políticos e das promessas de investimentos não executados.
PS. Infelizmente, a obra não foi feita e este é mesmo um texto de um tempo que ainda não aconteceu.
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